
Mansão Gallant – V. E. Schwab
Olívia Prior foi deixada em Marilance, uma Escola para Garotas Independentes, quando era só um bebê. Tanto que ela não conhece outro lugar que não seja lá.
Sem parente algum, tudo o que lhe resta é um diário pessoal escrito por sua mãe. O objetivo, inestimado para a jovem, contém relatos e conversas com alguém que Olivia acredita ser o seu pai.
Mas após 14 anos de silêncio, Olivia recebe uma carta que pode mudar todo o seu destino, e talvez responder algumas perguntas sobre quem ela é. Um homem que alega ser um tio distante, a convida para visitar a Mansão Gallant, lar da família Prior.
Animada para conhecer algum parente, Olivia é rapidamente enviada para o tal lugar. Mas sem esquecer que uma das principais informações que sua mãe lhe deixou é justamente a respeito de Gallant.
Mas o que será que essa casa esconde?

Eu estava muito curiosa para conhecer toda a história envolvendo Mansão Gallant, e apesar de algumas ressalvas, foi uma história que me prendeu do início ao fim.
Olivia é uma protagonista bastante carismática e uma das coisas que Victoria com certeza focou foi em conseguir passar toda a genialidade da jovem através de sua narrativa. Isso porque Olivia é muda, e ela se expressa mais por suas atitudes do que por falar em si.
O que trouxe uma peculiaridade para a protagonista, também trouxe uma certa dificuldade na leitura. Isso porque o livro fica muito descritivo e com poucos diálogos, o que pode ser incômodo para alguns leitores. Eu não tive problemas com isso, mas senti sim que a leitura ficou lenta em alguns momentos, ainda mais quando ficávamos tão presos no dia-a-dia sem graça de Olívia.
Acho que uma das coisas que mais senti falta foi de explorar mais o mistério envolvendo Gallant. Até o meio da história, ficamos no escuro a respeito do lugar, e muita coisa é revelada no final. O que ainda me deixou repleta de dúvidas a respeito do que seria esse “outro mundo”.
E esse livro me lembrou uma vibe Cidade dos Fantasmas, mas confesso que gostei mais desse do que Gallant. Então se você curtiu muito esse outro livro, não sei se vale a pena dar uma chance pra esse. Sinceramente, é um dos livros mais fracos da Victoria e me lembrou Tithe da Holly Black por ser mais juvenil e ainda assim, devagar. De toda forma, aproveitei bastante a leitura!