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[Resenha] Ame o que é seu, de Emily Giffin @Novo Conceito

Título: Ame o que é seu
Autor: Emily Giffin
Lançamento: 2012
Páginas: 312
Gênero: Romance
Editora: Novo Conceito
Sinopse: Esta é uma história para quem algum dia já se perguntou: Como amar de verdade a pessoa que está comigo, se não consigo esquecer alguém que ficou no passado? 

O casamento de Ellen e Andy não parece perfeito, ele é perfeito. São inegáveis a profundidade da devoção mutua e o quanto um desperta o melhor no outro. Mas por obra do destino, certa tarde, Ellen revê Leo pela primeira vez em oito anos. Leo, o que revelou o pior nela. Leo, o que partiu seu coração sem se explicar. Leo, o que ela não conseguiu esquecer. Quando o reaparecimento dele desperta sentimentos há muito adormecidos, Ellen se põe a questionar se sua vida atual é de fato como ela queria que fosse. 

O ENREDO
Ellen tem tudo aquilo que toda mulher sonha em um casamento – um marido confiável, atencioso e carinhoso -, sogra que a aceita na família como sua filha e uma melhor amiga que também é irmã de seu marido. O casamento dela é simplesmente perfeito. Mas tudo parece mudar quando ela encontra casualmente um ex-namorado, um antigo amor que não vê há 8 anos e que acabou de maneira devastadora. Leo é o nome dele e ele quer voltar a amizade com Ellen. 
Procurando respostas e muito confusa com a situação, Ellen acaba se deixando levar pelos sentimentos antigos e adormecidos  e embarca na aventura de se ter um ex-amor como amigo. Porém, com o passar do tempo, ela percebe que seu casamento está deixando de ser tão perfeito assim e uma possível mudança para outra cidade tem tirado seu sono. Será que ela fez a escolha errada ao casar-se com Andy? Será que ela deveria contar a ele que vem falando com Leo? O que ela realmente sentia pelo ex-namorado?
PRIMEIRAS IMPRESSÕES DA OBRA
Eu já havia abandonado esse livro uma vez mas resolvi terminar de uma vez, como se fosse uma sentença a cumprir. Emily Giffin é uma das minhas autoras preferidas por trazer assuntos tão complicados e delicados do dia-a-dia em suas narrativas. Li o livro dela Laços Inseparáveis e amei todo os personagens e a maré de coisas que ela trazia ao assunto. Nesse caso, não foi diferente. Emily busca um dos temas mais envolventes: o casamento. O problema para mim mesmo foi que apesar do livro ter sido muito bom e eu ter adorado, acabei detestando alguns personagens, não por culpa da autora, mas pelo personagem em si mesmo. Acho que existe aquele tipo que você simplesmente não consegue ignorar a antipatia que sente por ele.
A história começa sendo narrada quando Ellen vê seu antigo namorado Leo atravessando uma faixa de pedestres. Ela não pode acreditar que seria ele, mas as suspeitas se confirmam e ele pede que dê uma chance para que ambos sejam amigos. Em dúvidas se devia aceitar ou não, afinal, ela estava casada e Leo a tinha magoado muito, ela resolve arriscar e aceita retornar a amizade. Deixa logo claro que está casada com Andy, o irmão de Margot, sua melhor amiga, a mesma que Leo pouco gostava. Mas com o passar do tempo, Ellen descobre que ainda sente algo por Leo e não sabe o que fazer em relação a isso porque sabe que ama seu marido também e o livro inteiro narra Ellen analisando os pós e os contras de voltar com um antigo amor.

“Foi como ter visto um fantasma, pensei eu, uma daquelas expressões que já tinha ouvido um milhão de vezes, mas que jamais havia entendido o seu real significado, até aquele momento.”

Eu juro que tentei muito entender os motivos da Ellen e gostar dela, mas ela simplesmente não me convenceu. Era uma pessoa completamente insegura, sem saber o que realmente queria e infelizmente ela só decide o que quer já no final do livro. Fiquei decepcionada com a constância de vezes que ela pensava no Leo. O casamento dela que até então era perfeito, passa a ser analisado por ela com um olhar muito crítico porque ela fica toda hora comparando Andy e Leo, coisa que achei muito ruim porque ela ficava sempre desmerecendo o marido. Além de tudo, ela procurava desculpas esfarrapas – como o fato de ter brigado com o Andy – para voltar a procurar Leo sempre que podia, acabando dando mais crédito a ele que ao homem que era casada.
O que mais me irritou na personagem foi que em relação a mudança de cidade, ela poderia ter simplesmente dado a sua opinião para Andy de que não queria se mudar, mas acabou ficando calada e isso intensificou ainda mais os sentimentos controversos que ela tinha em relação ao casamento. Não tenho muito a dizer sobre relacionamentos duradouros, mas acredito que uma conversa entre os dois resolveriam todos os seus problemas, mas Ellen acabou se mostrando uma mulher extremamente covarde e que ficava adiando o inevitável. Outros personagem que me incomodou um pouco foi o Andy e sua passividade em relação a família pelo fato dele não gostar de discutir. Acho que uma discussão seria bom para um casal colocar em questão seus argumentos prós e contras, mas ele não fazia isso. Fora essa pequena questão, eu gostei muito dele pois era tudo aquilo que uma mulher deseja para um marido. Confesso que torci por ele o livro inteiro e fiquei muito triste quando Ellen ficava comparando Leo com ele, sendo que os motivos dela não tinham sequer fundamento.

“— Então, seu celular continua o mesmo — comentou ele. Depois de um silêncio considerável, e que eu me recusei teimosamente a quebrar, ele acrescentou:— Acho que algumas coisas nunca mudam.— Sim — respondi outra vez.Pois, por mais que eu detestasse admitir, ele estava certo.”

CONCLUSÕES E CRÍTICAS
Eu adorei a história, o enrendo e a escrita da autora. A diagramação está perfeita e a capa também, apesar deu tê-la lido em outra edição. É um livro que chama atenção pelo tema e por isso me envolvi, louca para terminar de ler, para saber onde tudo isso iria dar. Meu problema central foi não gostar da personagem principal, porque acredito que algumas coisas que ela fez vão de desencontro aos meus valores morais e eu acabei não concordando com várias de suas opiniões. Sei que a autora quis criar uma personagem desse tipo, insegura e indecisa, mas ela me passou o ar de um tanto imatura e ás vezes obcecada pelo ex-namorado.
Como uma romântica incurável que sou, na minha opinião, quando você se compromete com alguma pessoa, você acaba fazendo votos que fazem com que a pessoa em questão espere algo de você, no mínimo, que você os cumpra os votos que prometeu. Se não está bom, simplesmente peça o divórcio e vá embora. A Ellen acabou me decepcionando por nunca pensar nos sentimentos do marido e pensar somente nela mesmo em alguns momentos. A postura dela em relação a aceitar tudo o que ele dizia como uma forma de tirar a culpa que ela sentia e se redimir foi extremamente errada, porque acaba que ele nem sabia o que realmente estava acontecendo e ela continuava seu vai e vem com Leo, até chegar a ultrapassar os limites, coisa que me deixou muito triste com ela.
Fora tudo isso que me irritou muito na narrativa, eu amei de fato o livro e por isso indico a todos vocês que também enfrentam esse dilema: presente X passado. É importante deixar claro que o livro nos ensina que você deve aceitar as coisas como ela são e parar de pensar no “E se” e viver o “Agora”. É uma narrativa muito bem desenvolvida e que me fez amar mais ainda a autora, apesar dos probleminhas já citados acima.
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6 comments on “[Resenha] Ame o que é seu, de Emily Giffin @Novo Conceito

  1. Oláá! Olha quando vejo no enredo do livro um possível triângulo, eu já fico o pé atrás. Pois de todas as coisas que não suporto, são mulheres ou homens que se veem confusos com a sua relação atual quando encontram pessoas que a feriram ou que a abandonaram no passado. Mesmo que sua resenha e sua opinião tenha me dito que a premissa é boa, eu Larissa não conseguiria ler de maneira alguma. Adorei sua nova maneira de fazer resenha Mika!! 😀

    Beijão da Lari!
    Brilliant Diamond |Fan Page

  2. Oi, Lari. Nessa questão, estamos de acordo. Eu detesto livros que tem triângulos amorosos, porque sempre alguém acaba magoado e isso me deixa extremamente chateada. Eu li o livro mais por obrigação, já que tinha abandonado haha, mas obrigada. Acho que as resenhas ficam bem melhor assim, mais limpas e mais fáceis de entender.
    Beijos!

  3. Acabei de finalizar o livro, embora tenha gostado muito, eu esperava um pouco mais do final. Ela optou pelo agora, mas no ar ficou um desejo do passado ainda. Eu fui lendo ansiosa demais esse livro, acho q por isso esperei ainda mais pelo final. Acho que não respondeu muito a pergunta da capa: como seria a vida se tivéssemos feito outras escolhas.

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