Indicação de livros safados, românticos e divertidos

Peripécias de uma garota em São Paulo + Bienal Internacional do Livro

Enfim cheguei! Parece que eu passei uma eternidade longe do blog, mesmo que tenham sido apenas três dias, mesmo assim senti uma falta imensa de conversar com vocês. Ainda estou me estabelecendo da viagem (que foi uma loucura e tanto, daria um ótimo livro!) mas acho que dá pra contar como que foi tudo. 
Preparem a pipoca porque lá vem história!

Primeiro vamos começar com a mala e a viagem de ida, que eu simplesmente esqueci de conferir o tempo de São Paulo e resolvi colocar só roupa curta e folgada, já que aqui em Brasília está quente e seco. Então qual foi minha surpresa descobrir que São Paulo não somente estava frio como também chovendo, e eu só tinha levado uma blusa e uma calça de frio! Além disso, como boa e lerda iniciante de viagem sozinha, eu enchi a mala de coisas e roupas na ida, e quando comprei os livros não tinha mais espaço nenhum pra volta! Vocês nem sabem o que eu tive que fazer…
Tá, passando o sufoco do tempo, eu peguei um Uber e o MAIOR TRÂNSITO DA HISTÓRIA! Gente, SP tem um trânsito detestável, fiquei mais de 50 min pra chegar no lugar que eu ia ficar (Bom Retiro). Mas assim que cheguei no bairro, descobri que ele não ficava tão perto do Parque Anhembi como eu imaginava, então lá vai eu pegar mais um Uber pra conseguir chegar lá. (Boto fé que eu gastei quase R$300 de Uber).
No primeiro dia, eu praticamente despiroquei, claro. Como nunca tinha ido e era minha primeira vez em SP, assim que cheguei na Bienal quase morri de tanta informação. São muitas luzes e meu jeito míope de ser não conseguia assimilar tudo. Parei no primeiro Sebo e saí de lá com 7 livros! Isso porque foi a primeira loja que eu fui rsrs
Andei um pouquinho, vi alguns stands e já estava com vários livros na mão. Sem contar que o clima continuava péssimo, tava chovendo horrores na sexta. Como eu havia ganhado mais um dinheirinho extra, resolvi ir WE, uma casa de câmbio, pra conseguir pegar a grana, mas pra isso teria que voltar no hotel que fiquei e deixar os livros lá. A minha sorte que tinha uma loja da WE lá perto, então deixei tudo no quarto e fui turistar. Depois de uns bons minutos andando e praticamente perdida na chuva, consegui comprar um guarda-chuva, e assim que cheguei na loja descobri que estava fechada. Se não bastasse isso, não sabia como voltar pro hotel porque tinha andado muito e tinha deixado o celular carregando no quarto (porque a bateria do Iphone é uma completa merda, acreditem!).
Entrei numa cafeteria toda chique pra pedir informação e fui recebida com uns cinquenta pares de olhos coreanos! Fiquei morrendo de vergonha e acabei indo parar numa delegacia de polícia que tinha perto que me indicou o caminho de volta.
Procurei no Google uma outra loja da WE mais perto e encontrei uma na Rua Augusta, no Centro. Demorei anos pra chegar lá porque o trânsito estava terrível outra vez, e pra voltar pra Bienal depois? Uma viagem que daria 20 min, eu fiquei mais de 50, a cada esquina tinha um semáforo que sempre fechava, e o fluxo de carro estava impossível. Como vocês conseguem morar aí??
Mesmo assim consegui chegar lá, até porque eu não tinha mais nada para fazer mesmo, e terminei o primeiro dia em SP com uma péssima impressão da cidade. Mas, tínhamos sábado e domingo ainda, e eu não queria perder as esperanças.
Sábado amanheceu nublado, mas sem chuva, graças a Deus. Acordei bem cedinho mas só fui aparecer lá na Bienal depois das 13h, e estava completamente lotado, quase impossível de transitar por ali. Comi uns sanduíches que tinham dentro do evento que cobravam um absurdo, mas tinha ido mais preparada, tinha comprado uma blusa de frio e uma touca em uma loja pertinho de onde eu estava. Agora estava mais protegida, mas a porcaria do celular vivia descarregando e como eu precisava de Uber pra viver, passei boa parte do tempo no banheiro.
Pra minha sorte eu acabei encontrando a Mari (do Galáxia dos Desejos) e a Bibs e a Denise (do Queria estar lendo), que são umas fofas! Vi até a Mari Scotti também, até ganhei uns marcadores dela. Depois do encontro, resolvi encerrar a noite e me arrisquei ao pegar o tal do metrô. Não adiantou nada porque eu ainda tive que pegar Uber pra chegar em casa, então só gastei dinheiro a toa. 
Domingo! O último dia… e o pior de todos!
Como eu tinha que sair 12h do apartamento, arrumei todas as malas e até as sacolas com os livros que tinha comprado, e foram muitos, pra poder aproveitar meu último dia em SP. O problema é que a mala estava muito pesada e a ecobag que eu estava usando pra guardar outros livros acabou quebrando. Cheguei lá no pavilhão quase morrendo com tanto peso nas costas e nos braços. Encontrei a Alê (do Estante da Alê) que foi muito simpática comigo e depois conheci minha gêmea Mi (do O que tem na nossa estante) e super adorei a mãe dela e o amigo Gustavo! Fiquei muito feliz de enfim poder conhecer uma galera do blog e sempre vou guardar esse dia com carinho.
Os problemas começaram quando resolvi comer. Primeiro que a outra alça da sacola rasgou e eu tive que comprar uma ecobag de pano pra tentar ajudar a guardar os livros. Soquei vários outros na minha mochila, mas estava tão sem espaço que eu tive que jogar fora minha toalha, MINHA TOALHA, pra não pesar tanto. Além disso esperei mais de 1h pro meu pedido sair e perdi uns 5 lugares pra sentar porque sempre alguém acabava conseguindo entrar na minha frente.
Enfim estava chegando o horário dos autógrafos da Lauren Blakely, que seria as 18h30. Mas aí eu descobri que ela ainda faria um bate-papo e que os autógrafos iriam sair só 1h depois. Vejamos… meu voo era as 21h30, qual a chance de eu conseguir pegar o autógrafo dela, sair a tempo pra chegar no aeroporto e embarcar? Nenhuma! Mesmo assim fui burra ao ponto de continuar na fila e saí do pavilhão já era as 20h20.
Enquanto eu estava correndo que nem louca pra pegar um uber do lado de fora, a rodinha da mala ainda quebrou, só pra jogar meu azar na minha cara. Implorei pro motorista ir correndo mas é claro que o maldito trânsito não ia facilitar. Como que domingo as 20h30 da noite tem trânsito, meu Deus? Lógico que iria ter mas eu não pensei nisso. Cheguei no aeroporto pra fazer o check-in já era 21h10. E obviamente o check-in já tinha sido encerrado e eu perdi o voo.
Aí foi um chororô danado. O preço pra remarcar a passagem era o mesmo preço de uma nova, basicamente. Eu não conhecia ninguém, não queria ficar no aeroporto sozinha e tentei de tudo comprar uma nova. O problema é que eu não tinha mais dinheiro e nenhum cartão de crédito com limites, e o único que eu tinha não estava passando. Foi um desespero total! Liguei pra casa, chorei muito pra minha irmã e minhas tias que depois de um tempo conseguiram comprar a passagem pra mim. Gastei R$989 numa passagem nova porque eu queria um maldito autógrafo! Será que valeu a pena? Tenho certeza que não.
Assim que consegui a passagem sai correndo pra fazer check-in, o voo ia sair as 23h15 e já era 22h30. Meu maior medo era o peso da mala porque estava lotada de livros, mas só deu 12kg, ufa! Conseguindo despachar sai correndo pra sala de embarque e depois com o nariz todo escorrendo por causa do choro, ainda consegui contar minhas peripécias pra um carinha que estava ali esperando o voo comigo.
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No fim, o avião ainda atrasou mais 30 min e meu ouvido ainda está zunindo por causa da pressão, mas estou sã e salva em casa! Agora só preciso encontrar um lugar pra tanto livro, pagar a passagem e tentar um jeito de concertar a mala, mas ao menos terei uma história bem louca para contar. Agora tenho certeza que nunca mais irei chegar com pouco tempo de folga em um aeroporto, ainda mais na cidade de São Paulo que tem um trânsito horrível.
Mas tirando tudo isso, eu gostei muito da experiência que vivi na Bienal, e espero poder ir em mais outras, mas bem mais planejadas. 
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14 comments on “Peripécias de uma garota em São Paulo + Bienal Internacional do Livro

  1. Oiii Mika

    Meu Deus, juro que me deu vontad ede te dar uma abraço apertado e dizer que valeu a experiência. Te nome é valente sabia? Meu, quando tu falou do Uber, nossa eu sou tão paranóica que quando o motorista começasse a demorar demais acho que ja entraria em desespero achando que havia algo errado (CSI e Law and Order em excesso). Eu jamais viajaria sozinha pra cidades gigantescas como SP. Sou bem medrosa e não me vejo encarando uma aventura dessas nem nessa vida e nem em nenhuma outra….rsrs. Valeu a pena conhecer a galera, deve ter sido uma delicia, e os livrinhos comprados, ah que prazer, vibrei com cada compra que tu narrou ter feito…rsrs. Mas sério mesmo, mais que tudo agora te admiro por tua coragem. Eu em Sp acho que me perderia logo no primeiro quarteirão e assim que percebesse abriria um berreiro que se escutaria até no Vietnã, sou assim de desesperada e chorona e medrosa e tudo o mais. Claro que bateu a vontade de ir na Bienal ver todo mundo e comprar comprar comprar, mas pra mim isso é tão impossivel agora por causa das crianças (acho que não seria o lugar pra dois pequenos né) e tb por falta de condição (e coragem) no momento. Estou me preparando pra ir na Feira do Livro de Porto Alegre, por enquanto é o máximo que consigo planejar com meus dois peques aqui. As fotos ficaram lindas, depois posta as compras, fiquei curiosa

    Beijos

    http://www.derepentenoultimolivro.com

  2. Oi, Alice
    Quando pensei em ir não me veio a mente os problemas que teria por viajar sozinha, e juro, teve horas que o desespero bateu e eu só queria voltar pra casa, na sexta-feira mesmo foi tanta coisa negativa que tudo o que queria era antecipar a viagem e ir embora. Mas eu fui firme mesmo assim ainda me lasquei em vários momentos. Vai ficar de lição, mas tentarei evitar ao máximo fazer viagens assim sozinha. É muito ruim não ter com quem contar, eu me senti a todo momento muito sozinha.
    Tomara que você possa vir futuramente para uma dessas e que a gente se encontre! Ano que vem vou tentar ir pra do Rio.

  3. Mika do céu!
    Que doideira!
    Menina, em SP você NUNCA pode ficar com tão pouco tempo de antecedência no aeroporto.
    Estamos acostumadas com Bsb, que é mais fácil e as vias fluem, mas lá o negócio é mais complicado.
    Eu adoro SP, mas só para passear e passar uns dias.
    Vai outra vez com mais calma, para passear pela cidade, tenho certeza que a impressão vai ser outra.
    E que pena que você passou por tudo isso sozinha.
    🙁
    Fico feliz que a Bienal tenha sido bacana e que conseguiu encontrar muita gente de blogs, como a Denise, que eu adoro, a Mi e a Alê que eu adoro e a Mari fofa.
    <3
    Espero que você se recupere logo desse auê todo!

    Beijoooos

    http://www.casosacasoselivros.com

  4. Meu Deus, Mika! Geralmente quando as pessoas dizem que suas histórias dariam bons livros eu sempre penso: até parece. Mas a sua realmente daria um chick-lit e tanto hahahahaha. Pedir informação na delegacia é digno de Sophie Kinsella (mas no caso dela com certeza teria um policial gato que a mocinha teria se apaixonado kkkkk). Uma pena que sua viagem tenha sido tão conturbada, mas não fique chateada, agora você tem diversas histórias engraçadas para contar e, daqui um tempo, vai lembrar disso tudo dando altas risadas ♥ Espero que a gente se encontre na Bienal do Rio, beijão! Os Delírios Literários de Lex

  5. Oi, Teca
    Minha tia falou o mesmo, mas eu vacilei porque achei que fosse dar tempo. Imaginei que fosse ser que nem aqui e me lasquei totalmente. Vou tentar ir no Rio ano que vem mas terei que me programar melhor, porque não quero mais passar esse sufoco.

  6. Oi Oi Mi!
    querida, não era para vc ter se levantado da cama nesse dia… e que voo caro foi esse?
    Minha avó já me disse que se eu for para próxima bienal de SP, vou ficar na casa da família. Tenho que levar dinheiro extra para o caso de minha mala passar o peso, e ainda por cima nada de chegar atrasada. Mas pelo que vi, você tem mais uma história para contar para seus futuros filhos.

    Beijoss, Enjoy Books

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