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Prelúdio sombrio – Tillie Cole | Resenha

Pecar nunca pareceu tão bom… Um encontro fortuito, que nunca deveria ter acontecido.
Muitos anos atrás, duas crianças de mundos completamente diferentes forjaram um laço inquebrável que mudaria suas vidas para sempre…
Salome conhece apenas uma maneira de viver: sob as regras do Profeta David. Na comuna que ela chama de lar, Salome não conhece nada além da sua rigorosa fé, nem a vida além da cerca; a cerca que a enjaula, mantendo-a presa em um círculo vicioso de tormento. Uma vida à qual acredita estar destinada, até que um evento horrível a liberta.
Fugindo da segurança de tudo o que conhecia, Salome é jogada no mundo exterior… Um mundo aterrorizante, cheio de pecados e incertezas; e nos braços de uma pessoa que ela acreditava que nunca veria novamente.
River ‘Styx’ Nash sabe da única certeza da vida — ele nasceu para usar um colete de couro. Criado em um mundo turbulento de sexo, Harleys e drogas, Styx inesperadamente se vê com o martelo do Hades Hangmen pesando sobre seus ombros, e tudo isso aos vinte e seis anos, para o deleite dos seus desafetos.
Atormentado pela impossibilidade de falar, Styx aprende rapidamente a lidar com seus inimigos. Punhos poderosos, uma mandíbula de ferro e a habilidade excepcional com sua preciosa faca alemã, lhe rendem a assustadora reputação de ser um homem que não deve ser incomodado no obscuro mundo dos MCs foras da lei. Uma reputação que mantém, com sucesso, a maioria das pessoas bem afastadas.
Styx tem uma única regra na vida: nunca deixar alguém se aproximar demais. É um plano ao qual se mantém fiel há anos, até que uma jovem é encontrada ferida no seu território… Uma mulher que lhe parece estranhamente familiar, uma mulher que claramente não pertence ao mundo dele, mas que ainda assim, Styx não consegue deixar ir…

Prelúdio Sombrio estava na minha meta literária depois que vi várias resenhas positivas a respeito da obra. Já li vários romances darks, então estou acostumada ao tipo de enredo que a obra carrega. Se você não gosta do gênero, sugiro que nem passe perto desse livro, porque a obra é para quem realmente gosta, não para quem quer se aventurar. Mesmo assim, minha leitura não foi a das melhores e vou explicar porquê.
A obra é sobre Mae, uma garota que vive em uma seita religiosa, conhecida como a Ordem, que subjuga as mulheres por trás do subterfúgio dos ensinamentos de Deus. Por ser considerada uma Amaldiçoada – mulheres/garotas na Ordem que são naturalmente bonitas e que herdaram o pecado em si -, ela vive isolada das outras pessoas até que seu deveres sejam reivindicados.
Há anos que Mae vive um inferno. Ela é constantemente usada e abusada por homens que usam a palavra de Deus para impôr medo e reverência, e é por isso que quando ela tem a oportunidade de fugir, ela foge. 
Mae acaba indo parar no Hads Hangmen, um moto clube de estrada comandado por Styx, um homem implacável e temido conhecido como o Hangmen Mudo, devido ao seu problema para falar com as pessoas. Por isso ele recorre a língua dos sinais para se expressar, sendo somente Ky, seu melhor amigo, aquele que já ouvira um dia a voz dele. 
E é basicamente isso! Ambos são totalmente diferentes mas acabarão se apaixonando, e vamos então a minha resenha. Como comentei com vocês acima, eu gosto muito de romance darks e posso indicar ótimos para vocês futuramente, mas senti que Prelúdio sombrio perdeu muito no seu desenvolvimento. Nem vou comentar sobre o relacionamento um tanto quanto tóxico que Mae vive com Styx, até porque não estou entrando no mérito do que se tem ou não tem nos enredos de romance dark, mas o cara chegava a ser tão possessivo que quase chegar a matar outros homens que ousarem se aproximar de Mae. Esse é o nível da loucura!
Mas além disso, temos alguns problemas que para mim pesaram mais. O primeiro é o triângulo amoroso ridículo que a autora inseriu na trama. Além de Styx, existe Rider, que faz parte do clube também e é como uma espécie de médico do lugar. Ele também é igual ao Styx, um homem bruto, que mata se precisar, mas na minha humilde opinião, uma opção menos pior que o outro. Ele é um tanto mais suave e mais sensível quanto a seus sentimentos pela Mae. Ao invés de ser um arrogante que impõe sua posição perante os outros, Rider apela para a camaradagem. Foi por isso que gostei mais dele do que de Styx. É óbvio que numa questão lógica nenhum deles seria bom o bastante para uma garota como a Mae, mas o menos pior seria o Rider. Mesmo assim seria absurdo que a garota escolhesse ele, então achei muito do desnecessário a autora ter inserido um triângulo amoroso totalmente descartável na trama.
Outra coisa que me irritou foi o casal principal. Gente do céu. Como que uma garota que vivia em uma comuna sendo abusada psicologicamente e sexualmente durante tantos anos estaria tão bem emocionalmente para se relacionar com um cara que mata, tortura e que impõe medo nos outros? É claro que a autora coloca uma cena aqui ou ali para mostrar que Mae ainda não se recuperou totalmente dos abusos que sofreu a vida toda, mas a ideia como um todo já é absurda. Se você leu Sorrisos quebrados da Sofia Silva você deve saber o quanto uma mulher demora psicologicamente a se envolver com um homem, mas pra Mae tudo me pareceu fácil demais, como se só bastasse passar uns dias e ela já estivesse ótima e totalmente recuperada do que viveu, pronta pra confiar em outra pessoa rapidamente. Além disso a autora inventou uma história ridícula de infância entre os dois personagens só para mascarar e tentar vender a ideia do relacionamento deles, que com certeza foi rápido demais. Mas ok.
Aí, se não fosse muito, Tillie Cole me inventa de tacar várias cenas de sexo sem motivo ao longo da narrativa. Eu amo eróticos, vocês sabem disso, então não me intimido facilmente com cenas eróticas, mas a composição da coisa toda foi péssima. Não tô falando da narração da cena, e sim de como elas acontecem. Os dois estão brigando intensamente por uma coisa séria e de repente? Bora transar. Styx sofreu um atentado e quase morreu, mas é só chegar em casa que ele e Mae vão transar. Ele quase matou Rider por ter dado um beijo em Mae, e quando ela vai tentar acalmá-lo, eles acabam transando. Que porra é essa? Sério? Não gente, não deu!
Isso sem contar que toda a história de palco de fundo foi muito mal vendida. Eu sinceramente adorei a ideia de falar sobre a seita religiosa, mostrar e fazer uma crítica social a essas pessoas que usam a fé dos outros para se dar bem, mas a do moto clube? Não consegui comprar. Não me pareceu crível. Talvez porque eu não leia muitas histórias com motoqueiros, mas eu achei tudo forçado e desnecessário demais. Até sobre neonazistas a autora fala. Se fosse sobre a máfia ou um cartel de drogas, tudo bem, eu entendo, agora motociclistas??? É, não comprei.
Bem, e foi por esses motivos simples que eu odiei esse livro. Depois da cena babaca com o Rider e o Styx, eu respirei fundo e falei “essa merda não merece meu tempo”. Eu tenho me decepcionado bastante com a Tillie Cole, e não sei se daria outra chance para alguma obra dela. Eu sei que muita gente gostou da obra, e reitero, eu gosto do tema, eu não gostei foi do desenvolvimento. Ponto. Mesmo assim, eu indico para você conhecer, SE CASO VOCÊ GOSTE DO TEMA, SE NÃO, PULE. Acho que cada um tem uma interpretação diferente das histórias que lemos e talvez ela funcione com você assim como a maioria, mas infelizmente não comigo. É isso.

Hads Hangmen #1 | 400 páginas | Editora The GiftBox | Nota: -1/5

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8 comments on “Prelúdio sombrio – Tillie Cole | Resenha

  1. Oiii Mi

    E eu achei a capa desse livro tão lindaaa! Mas o conteúdo não é pra mim definitivamente. Eu gosto de romance dark, às vezes pra sair da zona de conforto leio, mas o conjunto todo aqui apresentando me fez torcer o nariz. Relaciomentos muito tóxicos me deixam indignada e meu Deus pra que tacar cena de sexo em momentos onde não tem nada a ver? Será que o autor não relê pra descobrir que ficou incoerente e desnecessário? Enfim, uma pena que seja assim, tinha achado a sinopse até que interessante mas, com certeza, seria um livro que eu abandonaria fácil.

    Beijos, Ivy

    http://www.derepentenoultimolivro.com

  2. Olá Miii!
    Então, já li uma obra da autora e se tornou meu preferido do ano passado. Já tinha visto esse livro mais não procurei saber sobre a obra. Ao ler aqui, fiquei bem com pé atrás em relação a ela e não sei se leria, talvez sim ou não. Fico bastante irritada quando uma autora traz uma personagem que sofreu abuso e do nada supera, bom, não é bem assim né..Eu li sorrisos quebrados e foi muito impactante pra mim ler esse obra.

    Meu blog:
    Tempos Literários

  3. Olá, Miriã.
    Eu vi bastante gente falando mal desse livro. Eu não tinha interesse antes e lendo sua resenha agora então vou passar longe. Eu já achei que Sorrisos Quebrados a garota esquece muito rápido o que passou e foi um dos pontos que em incomodou no livro, imagine esse então.

    Prefácio

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