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[Resenha] Lições do desejo, de Madeline Hunter @Arqueiro

Título: Lições do desejo
Autor: Madeline Hunter
Lançamento: 2013
Páginas: 272
Gênero: Ficção / Romance / Literatura Estrangeira
Editora: Arqueiro

Sinopse: Atraente, sutil e tentador, lorde Elliot Rothwell é um homem acostumado a fazer sucesso entre as mulheres e a conseguir tudo o que deseja delas. Mas isso não se aplica a Phaedra Blair. A brilhante e exótica editora não parece disposta a ceder a seu pedido e cancelar a publicação das memórias de um membro do Parlamento que podem manchar o nome da nobre família Rothwell. A pedido de seu irmão mais velho, o marquês de Easterbrook, Elliot vai a Nápoles para negociar com Phaedra. Historiador de renome e autor de livros respeitados, tudo indica que ele seja a pessoa ideal para a tarefa. Porém, em vez de encontrar a bela mulher descansando à beira do mar Tirreno, Elliot descobre que ela está presa por causa de uma acusação injusta. Graças ao prestígio da família, o nobre consegue libertá-la, mas também se torna responsável por ela até voltarem à Inglaterra. Percorrendo juntos uma das regiões mais belas e românticas da Europa, eles vão descobrir que discordam de quase tudo o que o outro pensa ou faz exceto o que fazem juntos na cama. E, nessa aula de prazer, será cada vez mais difícil saber qual dos dois tem mais a ensinar.



O ENREDO
Phaedra Blair é uma mulher bastante incomum. Além de morar sozinha e não dispor de criados, ela não usa touca por cima de seus cabelos, ao contrário, sempre deixa eles esvoaçando ao vento, usa roupas pretas – todas elas -, e o pior de tudo, provavelmente tem algum amante por Londres. Ela passou a morar sozinha desde os 16 anos de idade, e é filha bastarda de um amor “livre”, seu pai e sua mãe nunca se casaram, ao contrário, tinham uma excelente amizade. Porém, agora seu pai acabou de morrer e como herança, deixou uma editora que está a beira da falência e um diário com as memórias dele, e a fez prometer que o publicaria. Certa do dever que a esperava, ela passou a ler o diário e descobriu que sua mãe, em seus últimos anos de vida, acabou “traindo” seu pai com um amante e agora Phaedra quer saber, custe o que custar, quem seria a tal pessoa e claro, ver se se pai estava certo em relação a mãe dela ou não e então parte em uma viagem pela Itália para descobrir sobre isso.

Elliot Rothwell é o irmão caçula de Christian, o marquês de Easterbrook, que após saber que Phaedra irá publicar um livro onde o pai dela faz comentários reveladores sobre a nobreza, e que provavelmente falará sobre uma suspeita de um crime que o pai deles talvez tenha cometido, manda Elliot no encalço da moça para que ele consiga pegar o manuscrito de volta e convencê-la a retirar as linhas que falam sobre o pai deles. Elliot está convencido de que conseguirá fazer isso, mas Phaedra não é igual as outras mulheres e assim que a encontra em uma província da Itália, descobre que ela foi presa e acusada de ser uma meretriz – por usar roupas pretas e os cabelos soltos. Se sentindo responsável pela moça, ele ajuda a salvá-la, mas isso terá um preço grande a Phaedra: Elliot  a acompanhará em sua busca por respostas enquanto ele a convence de não publicar o manuscrito. 

Porém mil e um fatores farão que o desejo que ambos sentem um pelo outro acabe virando a cabeça e o plano de ambos e os dois acabam virando amantes. O que era para ser uma coisa de apenas um dia, acaba virando uma bola de neve, já que Phaedra se mete em muitas confusões em qualquer lugar que pisa, e enquanto isso, além de muitas revelações bombásticas, Elliot vai se descobrir apaixonado por ela, mas será que ele irá convencê-la que um amor “livre” não é o que ela realmente quer?

PRIMEIRAS IMPRESSÕES DA OBRA
Lições do desejo é o segundo volume da série Os Rothwells, publicado pela Editora Arqueiro. Recentemente fiz a resenha do primeiro livro As regras da sedução e assim que terminei, comecei a ler este. Infelizmente demorei muito para gostar dos personagens e me ambientar no livro, acho que me acostumei muito com a história passada em Londres e a mudança de cenário neste livro foi algo que me deixou um pouco desnorteada. Mas por fim, comecei a gostar do livro já no meio da leitura e acabei adorando o livro como um todo, mesmo com seu começo meio turbulento, para não dizer chato.

“Phaedra é extremamente teimosa”, foi a primeira coisa que pensei sobre a personagem principal desse livro. Ela se mete em tantos problemas por isso que não sei como Elliot não a esganou no livro inteiro. Como fora criada por uma “revolucionária”, Phaedra não é igual as outras damas da sociedade. Ela sempre se veste de preto e deixa seus cabelos ruivos soltos, o que seria uma coisa impensável naquela época, e por isso ela é constantemente acusada de ser uma meretriz ou uma bruxa. Além de não ter as mesmas crenças que os demais, ela é extremamente inteligente, e cabeça dura e por isso é muito difícil de lidar com ela. A mãe dela sempre falou sobre os homens com ela, e assim Phaedra acha que sabe sobre todos e que consegue se desencantar fácil com eles, mas isso não acontece com Elliot, para desespero dela.

Elliot foi o único personagem que gostei de cara assim que comecei a ler o romance. Ele é alto, forte, viril, inteligente e não se deixa afetar pela teimosia de Phaedra. Disposto a ajudá-la e claro, não a deixar sozinha por aí, ele viaja com ela passando por diversos lugares e sempre a livrando de situações embaraçosas e complicadas, até que não resiste a sua beleza e como já sabemos, eles tem uma noite tórrida de amor. O problema é que Elliot se sente extremamente possessivo em relação a ela, coisa que Phaedra não aceita, já que sempre se considerou uma mulher livre. Ela fica muito confusa em relação a seus sentimentos por ele e por suas próprias crenças, que pregam que os homens só querem dominar as mulheres. 
Elliot faz de tudo para mostrar que não é bem assim, mas como disse, ela é bem teimosa e nunca aceita o que ele tem a dizer. O que mais me chamou atenção no enredo é que ela não é virgem, coisa que vemos muito em outros romances. Ela tem uma espécie de “Amizade Colorida” com seus amantes e isso me deixou mais animada ainda com a premissa do livro, já que era algo que nunca havia lido. O chato disso é que mostrar o lado bom do casamento e do amor para ela é algo impensável, coisa que me irritou muito porque ela sempre batia na mesma tecla.
Há infinitos personagens nessa história e eu fiquei meio confusa, tentando lembrar quem é quem. São tantas situações que acontecem que é muito difícil resumi-las aqui. O fato é que comecei a gostar mais do livro a partir do momento que os personagens principais voltam para Londres, pois comecei a me situar, já que era um lugar que eu já estava acostumada em ler. Os acontecimentos que se seguem a isso são bastante interessantes, porém curtos demais, deu a impressão que a autora estava correndo para o final logo. Apesar desse livro ter sido muito bom de ler, gostei mais do primeiro volume, mas não irei desistir da série e arriscarei com os outros.
CRÍTICAS E CONCLUSÕES
Apesar de alguns fatores não terem feito eu gostar muito do livro, gostei da premissa e também das diversas críticas que a autora trás a tona em relação ao machismo. Por que os homens podem fazer tal coisa e as mulheres não? Por que eles tem prioridade em quase tudo? Essas questões são levantadas de forma sutil, mas que não deixa de ser percebidas. Eu gostei muito dos personagens depois de um pouquinho mais de trabalho mas posso contar que a obra é fiel a premissa e não me decepcionou. Foi um pouquinho desgastante? Foi, mas vale a pena ler o livro mesmo assim e se surpreender com os segredos que irão vir à tona.
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