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[Resenha] A playlist da minha vida, de Leila Sales @Globo Livros

Título: A playlist da minha vida
Autor: Leila Sales
Lançamento: 2014
Páginas: 312
Gênero: Jovem Adulto
Editora: Globo Livros

Sinopse: Elise Dembowski nunca foi popular na escola. Ninguém conversava com ela na hora do intervalo nem a convidava para sair no fim de semana. Pior. Ninguém jamais se interessou em saber o que tanto a ela escutava em seu iPod: playlists com o melhor da música pop, único território em que Elise se sente confortável e confiante.
Diante de seu desajuste em relação à maioria, a adolescente tenta de tudo – inclusive a mais radical das saídas, felizmente sem sucesso. No auge de seu solitário desespero, o acaso a leva até a porta de uma balada noturna, via de acesso para um mundo completamente novo, cheio de som e diversão, no qual sua veneração por música funciona como senha para inclusão em um inédito círculo de amizades.
As festas noturnas do Start – o melhor clube underground do mundo – tornam-se o lugar onde a felicidade, a aceitação social e até o amor são possíveis para Elise. Não demora muito para que um misterioso bullying eletrônico e a habilidade da garota como DJ coloquem em confronto este universo com a dura realidade cotidiana.
A playlist da minha vida é uma vibrante fábula pop que lida com temas recorrentes nas obras contemporâneas para jovens: exclusão, invasão de privacidade, resgate de autoestima e muita trilha sonora. Escrito pela americana Leila Sales, o livro se ambienta em dois cenários: o escolar, com sua dinâmica de poder juvenil baseada em “popularidade”, e o da cena noturna, em que adolescentes ensaiam seus primeiros voos para uma existência adulta.

Elise Dembowski quer mudar sua vida já que nunca foi popular e nunca teve amigos de verdade, por isso, ela resolve cortar seus pulsos e fingir um suicídio e acaba ligando para uma colega de classe. Ao invés de conseguir a amizade com a tal colega, após esse episódio, ela acabou ganhando pais preocupados com tudo o que ela faz. Sem mais opções, ela começa a caminhar de noite para se acalmar e em uma dessas noites, ela conhece duas meninas chamadas Pippa e Vicky, e juntas a levam para a maravilhosa boate Scar.
Na Scar tudo é completamente diferente. Ali ninguém a conhece, mas a tratam como uma igual e assim, Elise vai todas as quintas-feiras para a tal boate se divertir, enfim se sentindo parte de um grupo. São nessas noites que ela descobre sua verdadeira aptidão: a música. Fazendo alguns trabalhos com o DJ da noite, Char, ela vai fazendo playlists e sets de músicas. Elise também vai descobrir sobre si mesma, sexualidade e amizade.
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Tudo parece enfim estar em seu devido lugar, mas alguém começa a fazer bullying virtual assinando com o nome de Elise posts suicidas, e assim a menina vê mais uma vez seu mundo de cabeça para baixo. Eu gostei muito da forma como a autora resolveu abordar o tema suicídio, não sendo profundamente abordado mas integrá-lo ao auto descobrimento e a música. Elise é uma garota que não se encaixa em nenhum lugar e olha que não foi por falta de esforço, até que a única opção para ela é inventar um suicídio porque ela queria atenção. Leila nos mostra a importância de fazer-se falsos alarmes de suicídio, até porque é uma coisa muito séria e que pode acabar deixando pessoas próximas a você preocupadas, principalmente familiares.
Fonte: Ana Caro Amaral
Demorei um pouco para gostar de Elise, achei o fato dela querer atenção para si coisa de criança que não se aceita como é – mas convenhamos, ela só tem 16 anos, então vamos relevar. Mas aos poucos ela vai amadurecendo, vai construindo laços e vai vendo na música uma válvula de escape. Uma das coisas que mais gostei dela foi que tendo sua primeira “paixão” amorosa, ela não confundiu isso com o amor e inventou mil contos de fadas em sua cabeça por causa disso. Ela simplesmente viveu o momento e quando teve que terminar, simplesmente acabou.
Em relação aos personagens, achei o pais dela muito legais, apesar da mãe ter sido um pouco chata. Pippa foi uma das que eu não consegui engolir, assim como Char – convenhamos, os dois são uns idiotas e merecem ficar juntos. Já Vicky é uma gracinha e achei a amizade dela com Elise bem verdadeira, mesmo em tão pouco tempo. Ela é aquele tipo de pessoa que se dá bem com todos e que faz de tudo por um amigo. 
A playlist da Elise também não deixa a desejar, e cada começo de capítulo temos um trecho de alguma música que ela cita no enredo. O livro é gostoso de ler mas senti que ele foi um pouco superficial e até meio fantasioso. Sinceramente, não sei por que tive essa impressão. No mais, você irá se divertir muito com o livro!
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10 comments on “[Resenha] A playlist da minha vida, de Leila Sales @Globo Livros

  1. Sinceramente não sei se leria esse livro. Não estou na fase de aturar personagens infantis como a protagonista. Infantis no sentido de não o serem mais, porém, continuam agindo como se fosse. Complicado esse negócio de Bullying virtual.
    Beijos,
    Monólogo de Julieta.

  2. Oi, Lu. Pois é, achei bem ridículo ela querer chamar atenção dessa forma mas achei o desenvolvimento dela bem legal até, agora achei a Pippa muito "criança" pela forma como ela lida com a vida, correndo atrás de uma pessoa que só quer comer ela e se deixando levar pelas bebidas.

  3. Oi, Camila. Sinceramente, eu nem sabia o que esperar do livro e confesso que ele não me surpreendeu tanto, achei até bem chatinho mas não foi de todo ruim. As playlists são legais mas eu não conhecia nenhuma música haha

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