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Na ilha – Tracey Garvis Graves | Resenha

Anna Emerson é uma professora de inglês de 30 anos desesperada por aventura. Cansada do inverno rigoroso de Chicago e de seu relacionamento que não evolui, ela agarra a oportunidade de passar o verão em uma ilha tropical dando aulas particulares para um adolescente. T.J. Callahan não quer ir a lugar algum. Aos 16 anos e com um câncer em remissão, tudo o que ele quer é uma vida normal de novo. Mas seus pais insistem em que ele passe o verão nas Maldivas colocando em dia as aulas que perdeu na escola. Anna e T.J. embarcam rumo à casa de veraneio dos Callahan e, enquanto sobrevoam as 1.200 ilhas das Maldivas, o impensável acontece. O avião cai nas águas infestadas de tubarão do arquipélago. Eles conseguem chegar a uma praia, mas logo descobrem que estão presos em uma ilha desabitada. De início, tudo o que importa é sobreviver. Mas, à medida que os dias se tornam semanas, e então meses, Anna começa a se perguntar se seu maior desafio não será ter de conviver com um garoto que aos poucos torna-se homem.

Romance | 288 páginas | Editora Intrínseca 

Na ilha era um livro que eu já queria ler há algum tempo e não acreditei na sorte que tive ao conseguir trocar ele através do Skoob. Apesar de ter chegado há algumas semanas atrás, eu meio que enrolei para começar a ler. Sabe quando suas expectativas estão lá em cima mas você tem medo de quebrar a cara? Pois é. Algumas pessoas que leram esse livro podem achar ele sem graça demais, mas foi justamente isso que me chamou atenção, porque de alguma forma me vi cativada pelos protagonistas, pelas coisas que eles tiveram que passar e torci muito para que no fim, conseguissem sobreviver e viver o amor que eles queriam.
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Anna Emerson é uma professora de inglês de 30 anos contratada para dar aulas particulares a T.J. Callahan,um garoto de 16 anos que teve que lidar muito cedo com um câncer. As sessões de quimioterapia e radioterapia fizeram com que ele tivesse que abandonar os estudos. Agora em remissão há três meses, seus pais querem que ele não perca mais tempo e volte a estudar, e contrataram Anna justamente para isso.

Os pais de T.J. resolvem viajar em família para as Maldivas trazendo Anna também, mas como T.J. não queria ir, ele adiou o máximo que pode a viagem, assim ele e Anna tiveram que pegar o vôo uma semana mais tarde. Faltando uma hora e meia para o hidroavião pousar, o piloto Mick, sofre um ataque cardíaco e o avião cai no meio do Oceano Índico, em um arquipélogo cheio de tubarões.

Por algum milagre eles conseguem sobreviver à queda e acabam indo parar em uma ilha deserta. Os dois não tem nenhuma bagagem com eles, muito menos água e a partir de então, começará uma luta para conseguirem arranjar meios de sobreviver.
Anna e T.J. com o passar do tempo conseguem contar com a sorte de aparecer alguns destroços do avião na orla da ilha, assim a mala e a mochila de um deles aparece, ajudando os dois na busca por comida e água. A esperança de que um avião irá encontrá-los é o que faz com que eles continuem de pé, mas com o passar dos meses, essa esperança vai minando e eles acreditam que o máximo que podem fazer ali é contar um com o outro.
Três anos e meio se passam. Os itens encontrados nas mochilas começam a acabar, a iminente ameaça do câncer de T.J. voltar é grande, além disso, tem um tubarão rondando à praia, o que os impede de pescar e ficar perto do mar. Agora Anna tem 33 anos e T.J. tem 19. A intimidade que os dois desenvolvem começa a se tornar mais intensa. T.J. deixou de ser um adolescente e começa a se tornar um homem, e Anna não consegue mais ver o garoto que um dia foi contratada para dar aulas. Os sentimentos deles começam a ficar confusos, afinal, três anos se passaram e as chances de voltarem para casa são quase nulas. O que eles tem a perder se ficarem juntos? Será que a diferença de idade seria um empecilho tão grande ao ponto de separar duas pessoas que obviamente se querem?
Na ilha é um livro que mexeu muito comigo. A primeira surpresa foi justamente o tempo que eles ficaram desaparecidos. Imagina só ficar três anos e meio em um lugar, sem ter meios de beber água ou comer? Eu achei que eles fossem ficar algum tempo considerável lá, mas não imaginei que fosse tanto. Então você deve achar que o livro pode se tornar enfadonho porque boa parte da narrativa acontece na ilha, mas a autora foi genial ao intercalar capítulos bem curtos divididos entre os pontos de vista dos dois personagens. E também a narrativa não é tão pacata assim. Há episódios com o tubarão, os golfinhos, água viva, as doenças que eles enfrentam, as chuvas, as maneiras que eles arranjam para comer, então tem muita coisa espalhada nesses três anos e meio de história. E é claro, o romance deles que acontece de maneira gradativa e natural. Eu até achei que eles demoraram tempo demais para ficarem juntos porque se vocês pararem para pensar nas circunstâncias que eles se encontravam, eu já teria ficado com o carinha há muito tempo.
É lindo ver o desenvolvimento deles. O que mais pegou ali foi à diferença de idade. Enquanto Anna já queria casar e ter filhos, T.J. ainda queria viver a vida, aproveitar o tempo que ainda tinha desde que se livrou da doença, mas ali na ilha, isso não tem tanta importância. O que eles querem é sobreviver e a aproveitar cada momento que eles tem ao lado um do outro.
Anna e T.J. são personagens muito fáceis de gostar. Apesar da diferença de idade eles conseguem se entender, conversar, confiar e agir tão normalmente um com o outro que é como se os treze anos que separam eles nunca existissem. Alguns momentos na narrativa são cômicos porque T.J. ainda está na puberdade, então é normal ele se excitar com Anna de biquíni ou só de ver as pernas nuas dela, o que causa momentos super engraçados.
Sabe aquele casal que além de passar por tudo isso ainda vai ter que passar por mais coisa pra ficar juntos? Anna e T.J. são eles. O preconceito em relação a diferença de idade é muito grande e muitos vão usar isso para separar eles. O que não importava na ilha começa a ter grande força sobre a vida dos dois, e a pergunta que fica é: será que eles irão superar tudo isso e ficar juntos? 
A autora tem uma narrativa gostosa demais, eu não conseguia parar de ler e só terminei quando li a última página. As emoções que a Tracey trás na sua escrita toca o leitor de uma forma profunda. Conhecer mais dos personagens e o foco da trama ficar somente neles cria uma ligação entre o leitor e os protagonistas. Fiquei completamente envolvida na narrativa porque eu passo por uma situação parecida já que meu namorado tem alguns anos a mais que eu (exatos dezoito anos), então sim, o preconceito sempre é mais forte, já que as pessoas gostam de julgar muito quando um cara mais velho namora uma pessoa mais nova, mas se invertermos os papeis, é sempre a mulher que fica com o peso da situação, já que é mais “feio” uma mulher velha pegar um menino novo, e Anna sente exatamente isso.
É um livro que eu super indico a todos e que vai ficar no meu coração porque mostra que mesmo nas adversidades da vida, a gente pode encontrar boas amizades e um amor indescritível. 
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