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Boneco de Pano – Daniel Cole | Resenha

VOCÊ ESTÁ NA LISTA DE UM ASSASSINO. E ELA DIZ QUANDO VOCÊ VAI MORRER.
O polêmico detetive William Fawkes, conhecido como Wolf, acaba de voltar à ativa depois de meses em tratamento psicológico por conta de uma tentativa de agressão. Ansioso por um caso importante, ele acredita que está diante da grande chance de sua carreira quando Emily Baxter, sua amiga e ex-parceira de trabalho, pede a sua ajuda na investigação de um assassinato. O cadáver é composto por partes do corpo de seis pessoas, costuradas de forma a imitar um boneco de pano.
Enquanto Wolf tenta identificar as vítimas, sua ex-mulher, a repórter Andrea Hall, recebe de uma fonte anônima fotografias da cena do crime, além de uma lista com o nome de seis pessoas – e as datas em que o assassino pretende matar cada uma delas para montar o próximo boneco. O último nome na lista é o de Wolf.
Agora, para salvar a vida do amigo, Emily precisa lutar contra o tempo para descobrir o que conecta as vítimas antes que o criminoso ataque novamente. Ao mesmo tempo, a sentença de morte com data marcada desperta as memórias mais sombrias de Wolf, e o detetive teme que os assassinatos tenham mais a ver com ele – e com seu passado – do que qualquer um possa imaginar.
Com protagonistas imperfeitos, carismáticos e únicos, aliados a um ritmo veloz e uma deliciosa pitada de humor negro, Boneco de Pano é o que há de mais promissor na literatura policial contemporânea.
Thriller Policial | 336 Páginas | Editora Arqueiro 

Um corpo descoberto em um apartamento era a coisa mais horrível que a polícia já havia encontrado. Cada membro e cabeça pertenciam há vítimas diferentes, costuradas a um mesmo tronco, também pertencente a outra pessoa, somando um corpo, mas seis  mortos mutilados.
A situação se tomar mais preocupante quando uma jornalista recebe do assassino um papel listando seis pessoas, e ao lado de cada nome está a data em que a mesma irá morrer, incluindo William Oliver Layton-Fawkes, também conhecido por Wolf, detetive responsável pelo caso.
A missão da polícia é identificar a quem pertence cada parte do Boneco de Pano, capturar o assassino e proteger as futuras seis vítimas.
Quando vi escrito na capa do livro “Um corpo, seis vítimas” fiquei muito intrigada, e ao ler a sinopse me vi louca para realizar a leitura.
O livro fez seu papel de bom thriller policial, me prendendo a leitura desde o início. Na história encontrei vários clichês do gênero, como um detetive com problemas para manter sua posição em um caso, o que não deixou o livro igual aos outros, mas colaborou para haver mais adrenalina e emoções, deixando o leitor boquiaberto.
Uma das coisas que mais gostei no livro, e com toda a certeza é um dos principais motivos que faz com que se queira ler cada vez mais, foi as descoberta de cada vítima, o motivo pela qual haviam sido escolhidas e os acontecimentos em torno do caso que iam acontecendo com o decorrer da história. 
Houve um momento na leitura em que fiquei um pouco confusa, certos detalhes não foram muito bem explicados de primeiro momento, mas depois de alguns capítulos a maioria das minhas dúvidas são esclarecidas, mas pequenos detalhes ficam por conta do leito.
A conclusão do caso foi bem inesperada e, suponho eu, diferente do que imaginamos e que seria esperado assim sendo mais uma grande surpresa, causando emoções ao leitor, ou decepção já que a resolução usada pelo autor foge muito dos padrões e de certa forma da realidade.
A narrativa é comum, os detalhes são na medida certa para causar boas cenas de ação sem ficar carregada, mas não é nada de extraordinário ou característico.
Wolf é um personagem durão, mas que o tempo fez com que meu sentimento por ele não fosse dos melhores visto que ele se mostrou um tanto grosso e teimoso. Como sua profissão é policial e ele estava a frente da investigação eu esperava uma postura diferente. Para compensar, há outros personagens com personalidade melhores como Edmunds, um novato que se mostrou um excelente policial, controlado e de bom raciocino, muito diferente de Wolf.
A melhor amiga do detetive, Emily, também se mostrou uma grande policial, mas para mim, em certos momentos ela demonstrou colocar suas relação com Wolf a frente de sua profissão, impedindo que o mesmo pagasse pelas suas atitudes mal pensadas. 
Outro aspecto da obra que considero muito bem desenvolvido foi a relação de Wolf com Andrea Hall, repórter e ex-mulher do mesmo, e com Emily. A relação de amizade entre os policiais é linda, e a lealdade entre eles é mantida até o final. Andrea é uma mulher forte, que harmoniza com Wolf. No livro conseguimos notar com clareza o sentimento entre o ex-casal, sem ficar meloso ou quebrar o clima da história, e o impacto que a situação do detetive causam na repórter.

Alguns personagens, como os citados, foram muito bem trabalhados e construídos. Já alguns outros ficaram um pouco mais de lado, porém não acho que seja necessário uma aprofundamento em toda a equipe policial. O assassino aparece apenas no final da história, em apenas uma cena, o que ajudou a deixar dúvidas no leitor. Se Daniel Cole tivesse desenvolvido melhor o psicopata poderia ter sanado todas as questões que ficaram abertas.
É um thriller policial de boa qualidade, não há como negar isso, mas não é o melhor que já li. Mesmo assim, vale a pena a leitura.
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7 comments on “Boneco de Pano – Daniel Cole | Resenha

  1. Oi Miriã,
    que bom que você também gostou desse livro. Eu tive a mesma sensação que você, o emocionante é a descoberta das próximas vítimas e o que eles precisam fazer para mantê-las vivas. Esse final realmente me surpreendeu, não esperava esse toque que ele deu, achei que não combinou com o restante do enredo. Mas vale muito a pena ler. Parabéns pela resenha.
    bjs.
    Pri.
    https://nastuaspaginas.blogspot.com/

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