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Um acordo e nada mais – Mary Balogh | Resenha

Embora Vincent, o visconde Darleigh, tenha ficado cego no campo de batalha, está farto da interferência da mãe e das irmãs em sua vida. Por isso, quando elas o pressionam a se casar e, sem consultá-lo, lhe arranjam uma candidata a noiva, ele se sente vítima de uma emboscada e foge para o campo com a ajuda de seu criado.No entanto, logo se vê vítima de outra armadilha conjugal. Por sorte, é salvo por uma jovem desconhecida. Quando a Srta. Sophia Fry intervém em nome dele e é expulsa de casa pelos tios sem um tostão para viver, Vincent é obrigado a agir. Ele pode estar cego, mas consegue ver uma solução para os dois problemas: casamento.
Aos poucos, a amizade e o companheirismo dos dois dão lugar a uma doce sedução, e o que era apenas um acordo frio se transforma em um fogo capaz de consumi-los.
No segundo volume da série Clube dos Sobreviventes, você vai descobrir se um casamento nascido do desespero pode levar duas pessoas a encontrarem o amor de sua vida.

Romance de época | 304 páginas | Editora Arqueiro

Tudo o que o visconde Darleigh queria era que sua mãe e suas irmãs deixassem de ser tão intrometidas em sua vida. Desde que ficara cego e virara visconde, Vicent acabou deixando as mulheres comandarem sua casa, e agora precisa desesperadamente de um lugar para ficar enquanto mais uma dama que fora escolhida para ele é rejeitada. 
Ele então parte com seu fiel escudeiro e também valete, o Sr. Fisk, para Lake District e em seguida para Barton Coombs, um pequeno vilarejo onde nasceu e cresceu antes de herdar o viscondado. Mas nem lá Vicent tem sossego e assim que descobrem sobre sua chegada, seus antigos vizinhos e amigos resolvem lhe visitar. E é claro que também as mães casamenteiras veriam Vicent como um ótimo partido, mesmo que infelizmente fosse cego.
Entre elas está a mãe de Henrietta, a Sra. March. Ela e o marido planejam uma armadilha que seja impossível para Vince sair de Barton Coombs sem estar casado com sua filha. Só que seus planos são frustrados quando a prima de Henrietta, Sophie Fry, acaba salvando-o do possível destino.
Por terem seus planos frustrados, os tios de Sophie se revoltam e logo a expulsam de casa. A garota que todos conhecem como Ratinha, por ser tão silenciosa e invisível como uma, acaba ficando sem ter para onde ir e é acolhida na casa paroquial. Vicent logo se sente responsabilizado pela situação e propõe a única coisa que lhe vem a mente: casamento. É claro que a garota recusa. Afinal, ela não teria nada a oferecer a um visconde, além de se vestir e parecer como um garoto. Vicent então faz um acordo com Sophie de ficarem um ano casados e depois se separarem, para cada um conseguir aquilo que deseja. Sophie quer uma casinha simples no campo. Vicent quer independência.
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Juntos eles irão descobrir que nem sempre os acordos saem como planejados e ás vezes se render ao amor é o jeito mais fácil de aprender com ele.
Quem me conhece bem sabe o quanto eu amo romances de época, e não tem exceção, o gênero pra mim não tem tempo ruim. Só que infelizmente aconteceu. E por este motivo, essa opinião é única e exclusivamente minha pelo fato deu acreditar que a ressaca literária que estou passando tem me motivado a não gostar tanto assim das minhas leituras atuais. Como Um acordo e nada mais era minha leitura da vez, o livro infelizmente acabou sofrendo com minha nota, mas isso não quer dizer que o livro é ruim, somente que este momento que eu li ele não foi o melhor para mim.
O começo da narrativa é extremamente lento, e acho que foi um dos motivos que me fizeram demorar tanto para terminar a leitura. Eu simplesmente não conseguia me conectar aos personagens. A narrativa da Mary geralmente é mais séria e impessoal, e eu senti muito isso nesse livro. Parece que eu estava a anos luz dos acontecimentos da história e isso só piorou porque eu não conseguia gostar de Sophie e Vicent. Ambos os personagens para mim careceram de carisma em boa parte da trama, eu achei eles um pouco forçados e robóticos em suas narrativas. Sendo bem sincera, só fui gostar dos dois juntos depois de quase duzentas páginas de leitura e muuuito esforço.
Entretanto, eu gostei da construção da história apesar da narrativa não ter funcionado comigo, principalmente porque Vicent é um personagem cego, algo incomum nos livros de romance, e porque Sophie tem uma baixo estima tão imensa que chega dá dó.
Vicent ficou cego após uma bomba explodir em sua frente enquanto estava em combate. Infelizmente ele não tem mais a possibilidade de enxergar e agora o tato e os sons são o que realmente importam pra ele. A vontade de não ser dependente de sua família parte da necessidade que todos sentem de ter que adulá-lo e ajudá-lo em tudo, como se ele fosse uma criança incompetente. O legal foi a autora trazer a ideia de cão-guia para a história, algo que eu acredito que naquela época era ainda incompreendida e quase impossível.
Já Sophie, que apesar de não ter sido minha personagem de romance favorita, é uma mulher notável e de se admirar. Ela é pequenina e foi muito negligenciada quando mais nova, por isso tem uma aparência esquálida e por muitas vezes confundida com feia. Quando mais nova foi obrigada a olhar para cada um de seus defeitos e aceitá-los como se fossem verdades e isso abalou sua confiança. Eu compreendi muito a personagem porque eu também tenho os mesmos problemas de confiança de Sophie, e é legal ver um protagonista ser representado do mesmo jeito que você se sente.
Apesar dos pesares, eu finalizei a leitura com um sorriso no rosto. Não foi fantástica como achei que seria por causa dessa ressaca literária que eu comentei, mas acredito que qualquer outra pessoa que pegar esse livro vai adorar a história como a maioria está. Então dê uma chance ao Clube dos Sobreviventes!
POSTADO POR MIRIÃ MIKAELY
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22 comments on “Um acordo e nada mais – Mary Balogh | Resenha

  1. Oi Mi, tudo bem? Eu acredito muito que o momento do leitor interfere diretamente na experiência literária, talvez por isso a leitura não foi tão boa quanto esperava. Apesar disso achei a tua nota ótima em relação à história e ainda pretendo conferir a narrativa da autora, mas vou começar pela outra série dela, apesar de estar me coçando para ler essa antes.
    Beijos, Adri
    Espiral de Livros

  2. Olá, Miriã.
    Eu ainda não comecei essa série da autora, mas espero gostar porque amei a outra série dela. Já aconteceu isso comigo com alguns livros da Julia. Não sei se foi o momento, mas ultimamente tenho me decepcionado bastante com os livros dela.

    Prefácio

  3. No inicio da leitura do post eu achei que o livro tinha aquela narrativa sabe, de prender o leitor no livro mas te entendo, principalmente porque quando nos conectamos com o personagem a leitura flui tão harmoniosamente que quando percebemos estamos na última página do livro, o problema é se descontar do personagem depois, né não?! haha Eu amei o design da capa do livro, já o imaginei aqui no meu quarto na estante (que eu ainda não tenho mas imaginei hahaha).

    It's Lizzie

  4. Oi, Mi!

    Romances de época estão na minha meta para esse ano, mas gente que eu tô com um pé atrás com eles. Eu sempre vejo as capas dessa autora pelo insta e acho elas muito bonitas, bem simples e clássicas, parecem ser de histórias bacanas. Gostei da premissa desse, em especial com o mocinho cego, mas a narrativa lenta sempre me desanima, especialmente com um gênero que leio tão pouco :/

    bjs
    Queria Estar Lendo

  5. Oiii Mi

    O problema da ressaca é que a gente cansa super rápido até dos gêneros que antigamente adorava e esse inicio lento do livro não contribuiu nem um pouco, talvez a história fosse até boa, mas quando a gente já desanima de uma vez fica dificil se animar de novo com a trama. eu não li nada da Balogh ainda, mas sou bem curiosa, embora ao contrário de ti, histórico é um gênero que leio muito pouco e seleciono bastante porque é fácil eu me decepcionar

    Beijos

    http://www.derepentenoultimolivro.com

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