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A esposa virgem – Sthefane Lima | Resenha

Mateus Ávila era um grande empresário no ramo da construção. Erguer prédios sólidos e resistentes fazia parte da sua especialidade, contudo seu talento não se resumia apenas a isso, ele também possuía o dom de conquistar e seduzir a mulher que desejasse. Mas sua boa vida estava prestes a acabar. Cansado do seu estilo boêmio, o patriarca da família Ávila intimou Mateus a mudar seu comportamento e arrumar uma esposa troféu. Ele agora precisava de uma mulher delicada, discreta e, obrigatoriamente, virgem.Elegante, serena, recatada e do lar era tudo o que Isabella Oliveira não era. Pelo contrário, ela era tempestuosa, indelicada e tinha uma língua afiada que irritava até o mais santo dos homens. O completo oposto do que se esperava de uma mulher da alta sociedade aclamada. Os dois não possuem nada em comum, apenas o fato de terem aceitado um contrato simples e sem paixão, uma conveniência que cairia bem aos dois. Só um ano e tudo estaria desfeito.Mas o que acontece quando dois opostos se encontram?

Romance | 440 páginas | Editora Amazon 

Aqui o enredo é óbvio e vocês já devem imaginar o que acontece na história. A diferença é que Mateus Ávila precisa de uma esposa virgem – uma mulher sem outros relacionamentos, imaculada – se quiser continuar como presidente da Classe A, uma empresa de engenharia. Tudo isso porque sua reputação não é a das melhores e seu pai está cansado vê-lo trazer mais escândalos ao nome da família, por isso a exigência absurda: ele precisa casar-se o quanto antes, mostrar que aquietou e de preferência, uma esposa virgem.
Os caminhos de Mateus e Isabella se cruzam de uma maneira bem peculiar. Ele quase a atropela no estacionamento do shopping porque a garota estava distraída ao receber mais uma recusa de emprego. O primeiro contato entre eles é péssimo, Mateus a acha louca e Isabella o apelida carinhosamente de cavalo por sua ignorância. Mas ambos se reencontram outra vez quando Mateus resolve fazer uma pré-seleção para esposa e Isabella acaba indo parar no tal “processo” erroneamente achando se tratar de uma entrevista de emprego.
Para a garota não está fácil conseguir algo, e o desespero é muito maior porque em poucos dias sua família será despejada já que todas as casas do bairro onde mora foram compradas e serão substituídas por uma rede de supermercados. A proposta de Mateus cai como uma bomba, mas de repente é a única solução possível para a garota. Ao invés de dinheiro, ele lhe daria um emprego na Classe A e assim ela poderia pagar uma moradia para sua família. Mas no meio do caminho existia o amor…
Então, o enredo é bem clichê mas consegue ter um Q especial porque toda a história acontece no Brasil. Então fica muito mais fácil visualizar todas as cenas que acontecem no centro de São Paulo. Eu já li milhares de histórias com casamento de conveniência mas pasmem, nenhum deles acontecia no Brasil, mesmo que as histórias fossem nacionais, e só por isso a autora já ganhou pontos comigo.
De início achei Isabella muito intragável. Ela é bem atrevida, fala o que pensa e não se deixa intimidar, mas muitas vezes achei essa característica dela bem de gente sem educação mesmo. Sei que Mateus tem a personalidade bem arrogante e tals, mas nem isso justifica a maneira como ela o trata ele no início da história. Me irritei com seus comentários sarcásticos, parece que não conseguia ter uma conversa normal sem fazer ironias, mas glória a Deus que com o passar das páginas sua convivência com ele vai melhorando e por fim sua maturidade vai surgindo. Ela deixa de ser uma garota petulante e passa a ser mais racional e normal. 
Mateus tem a personalidade mais fechada, forte e destemida. O fato de ter que se casar por uma exigência ridícula do pai o irrita profundamente, mas tudo aquilo que conquistou vai ser perdido se não conseguir uma esposa e logo. O absurdo disso é ver um homem feito ceder a esse tipo de “chantagem”, mas tudo bem, sem isso não teríamos história pra contar né? Mateus vai sendo moldado aos poucos também pela convivência com Isabella, principalmente com a família dela. Apesar de terem se casado por causa de um contrato, ambos conseguem desenvolver um relacionamento muito divertido e até normal. É legal ver como os sentimentos entre eles vão surgindo aos poucos, o contato que eles tem com a família de ambos e como isso vai desenvolvendo o resto da história. Apesar das muitas páginas a história não é lenta e seu ritmo é bem tranquilo de acompanhar, não se arrastando e também não tão frenético.

O amor começa aos poucos, como sensações e emoções que lentamente nos alcançam.

Ao contrário de uma vilã – que sempre é alguma ex louca que quer separar o casal -, dessa vez temos um vilão, Eduardo, o primeiro invejoso de Mateus. Achei que a autora não fosse desenvolver o arco dessa treta entre eles na história mas nos 42 min do segundo tempo eis que lá surge algo sobre esse plot. 
A escrita da Sthefane é muito gostosa, bem divertida e simples, mas vi vários erros de revisão que poderiam ser sanados. Entretanto, acho que no geral a obra não perde em nada, mesmo com o enredo clichê conseguiu me cativar e me diverti muito com as interações desse casal. 
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12 comments on “A esposa virgem – Sthefane Lima | Resenha

  1. Ai, é bem chato ler algo com erros de revisão. Infelizmente atrapalha um pouco a leitura. Mas enfim, eu já li muitos livros de casamento por 'contrato' também mas nenhum aqui no Br, no máximo um namorico fingido. Fico sempre empolgada de ler algo que se passa por aqui, já é motivo o suficiente para eu dar uma chance. E olha que parece ser uma história bem clichê, como vc mesma disse rs

    Abraço,
    Larissa | Parágrafo Cult

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