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Todas as Garotas Desaparecidas – Megan Miranda | Resenha

Faz dez anos que Nicolette Farrell deixou Cooley Ridge, sua cidadezinha natal, depois que sua melhor amiga, Corinne, desapareceu sem deixar rastros. De volta para resolver assuntos pendentes, Nic logo se vê imersa em um drama chocante que faz o caso de Corinne ser reaberto e remexe em antigas feridas.
Logo ao chegar, Nic descobre que seu namorado da época está envolvido com Annaleise Carter, a jovem vizinha que foi o álibi do grupo de suspeitos para a noite do sumiço de Corinne. E então, poucos dias após a volta de Nic, Annaleise desaparece.
Agora Nic precisa desvendar o desaparecimento de sua vizinha e, no processo, vai descobrir verdades chocantes sobre seus amigos, sua família e o que realmente aconteceu com Corinne naquela noite, dez anos atrás.
Todas as Garotas Desaparecidas é um suspense psicológico impactante — contado de trás para frente. Quando você pensa que está seguindo por um caminho conhecido, Megan Miranda — autora revelação no gênero do suspense — vira tudo de cabeça para baixo e nos faz questionar até onde estaríamos dispostos a ir para proteger aqueles que amamos.

Thriller Psicológico | 294 Páginas | Editora Verus 

Todas as Garotas Desaparecidas tinha uma premissa que me chamou muita atenção, com destaque em sua narrativa, mas infelizmente foi mal desenvolvido, com um final decepcionante. 
Nicollete Farrell precisa voltar a pequena cidade onde cresceu por causa de problemas de saúde de seu pai e a venda de sua antiga casa. Em sua chegada Nic se encontra com o seus medos do passado envolvendo o desaparecimento de sua melhor amiga Corinne dez anos antes.
Após alguns dias de sua estadia na pequena cidade, uma menina chamada Annaleise desaparece. Depois de uma pequena investigação, Nic insiste que talvez os casos estejam relacionados e se vê disposta há ir atrás de resposta que procura há dez anos.

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Uma das coisas que mais me atraiam em relação ao livro era sua estrutura “incomum”, já que a história era contada de trás para frente. Esse aspecto, infelizmente, se mostrou uma grande decepção. É claro que com algo tão inusitado eu esperava muito da narrativa e nela apenas vi mais do mesmo. O fato de ser descrito ao contrário apenas serviu para deixar o livro um pouco confuso, já que é escrito em primeira pessoa, apenas acompanhamos a protagonista, deixando a leitura monótona, chata e cansativa.
Se a autora tivesse optado por escrever em terceira pessoa, o desenvolvimento ao contrario poderia ter funcionado melhor já que ela poderia controlar mais o jeito que os fatos seriam apresentados e aumentar o suspense, fazendo realmente algo diferente, e não a narrativa tão próxima de uma cronológica como aconteceu. Foi assim que imaginei que seria, e para mim pareceu fabuloso, mas não foi assim que aconteceu.
Nic é uma personagem muito chata. Me desculpem a sinceridade, mas não a suportava. Não gostei de quase nenhum personagem, mas ela foi uma das piores (ainda mais pelo fato da história ser contada por ela). Além de ser boba, ela faz as coisas muito impulsivamente e o pior, coisas idiotas demais, coisas desnecessária. Daniel, irmão de Nic, também foi um personagem do qual não gostei. O mesmo me causou muita raiva, já que era um grande babaca por conta de suas atitudes. 

Como eu já disse, o livro é narrado através do ponto de vista de Nicollete Farrell e um dos pontos que contribuem para o livro ficar massante é o fato de ela “bater na mesma tecla” o livro inteiro. A personagem repetiu muitas questões várias vezes, as quais já havíamos compreendidos há muito tempo. Ou seja, raramente era acrescentando algo novo, sendo sempre um grande giro dentro da mente de Nic, vendo quase sempre as mesmas coisas. 

A premissa do livro é algo muito atrativo, mas por sua proposta de narrativa diferente mal executada, com personagens massantes, e principalmente pelo fato de a autora poucas vezes acrescentar algo novo na história e permanecer focada sempre no mesmo ponto, sua trama foi desperdiçada.

A resolução do livro é muito fraca (para não falar ruim). Primeiro, algo que não era tão importante para o livro, mas eu não gostei, foi uma escolha de Nic em relação ao seu ex-namorado da adolescência. Por favor, ela já tem quase 30 anos, deixou a adolescência para trás, construiu uma vida, não há porque voltar para o passado. 

O que aconteceu com Annaleise não faz sentido nenhum. Não foi algo que eu pensei (por ser absurdo), mas não foi surpreendente, foi decepcionante. Uma explicação feita através de suposições e sem nexo nenhum, já que não havia motivos para Annaleise receber aquele destino. Em relação a Corinne fiquei decepcionada pela autora ter enganado o leitor. Nicollete sabia desde o início, há dez anos atrás, o que havia acontecido, mas fazia de conta que não simplesmente porque não queria acreditar. E o pior, todo mundo saiu impune pelos crimes e coisas erradas que fizeram. 
A narrativa de Megan Miranda tem potencial. Se a autora houvesse escolhido alternância entre passado e presente ou mesmo a forma cronológica, o livro poderia ter sido melhor. O mesmo vale se ela não repetisse tantas vezes o mesmo ponto. A autora tem uma narrativa cativante, apenas errou no formato dela.

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Outro ponto positivo para obra foi a ligação entre Annaleise e Corinne, dando uma maior possibilidade dos desaparecimentos estarem relacionados, fazendo minha curiosidade em saber a verdade e a resolução aumentarem, motivo pelo qual não abandonei o livro. Nisso a autora fez um grande acerto, mas errou em quase todo o resto. Esses dois pontos positivos foram o motivo de eu ter acrescentado meia estrela a nota final.

Em minha opinião, o livro tinha tudo para ser uma grande obra, e a autora ao tentar fazer algo diferente, acabou piorando a situação, fazendo uma obra muito mal desenvolvida, com personagens sem graça e irritantes, um desenvolvimento massante e um final muito mal elaborado. Sei que há pessoas que amam esse livro, e peço desculpa a elas, mas Todas as Garotas Desaparecidas é um livro que mais me desagradou do que agradou, e prezo por uma opinião sincera em minhas resenhas.

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3 comments on “Todas as Garotas Desaparecidas – Megan Miranda | Resenha

  1. Ai, Mika, que preguiça desse livro pelos seus pontos negativos.
    Para ser inovador para contar a história, tem que ser MUITO bom, genial, um autor que sabe o que está fazendo, que não parece o caso.
    E a protagonista já saber desde o início o que aconteceu, meio que faz perder todo o sentido de ter um livro, né?
    E final decepcionante num thriller é de chorar.

    Beijooos

    http://www.casosacasoselivros.com

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