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Pequena Ariel – F. Locks | Resenha

Como ser uma assistente pessoal perfeita para Théo?– Levar cafezinho: confere.– Pegar seu cão infernal no veterinário: confere.Quando o telefone toca no meio de sua fracassada ceia de natal, Ana agradece aos céus por seu chefe não se importar em ligar a qualquer hora, porque naquele momento ela estava prestes a surtar com sua irmã. Mas o que ela nunca imaginou era que essa ligação vinda de seu chefe bonitão viesse com um pedido absurdo que a envolvesse a um bebê.

Romance | 534 páginas | Editora Amazon 

Continuando minha busca a procura de bons livros nacionais no Kindle, encontrei Pequena Ariel e não poderia ter sido uma experiência melhor. Quem se lembra de Pai por acaso, resenhado aqui no blog, vai se encantar com mais esta história envolvendo duas pessoas totalmente diferentes e um bebê.
Após sete anos morando ao lado da irmã mais velha, Ana resolveu enfim sair de casa e alugar um local só pra ela, não porque queria mas simplesmente porque a convivência com Andrew, o namorado babaca e gigolô de sua irmã, já estava se tornando impossível.
Só que ninguém coloca na conta o quanto é difícil se manter sozinha: aluguel, comida, salário que mal dá pra pagar todas as despesas… e é por isso que ela aceita todas as baboseiras e pedidos absurdos de Théo, seu chefe arrogante e “preguiçoso”, que mal consegue pegar seu próprio café ou buscar o cachorro no veterinário.
Na noite de Natal quando enfim consegue se livrar do escritório e passar um tempo com a família, Ana acaba brigando outra vez com Andrew e é salva pelo gongo ao receber uma ligação um tanto quanto estranha de seu chefe bem no meio da noite, mas ela realmente não se importa, só quer sair da casa de sua irmã o quanto antes e evitar toda a tensão.
Assim que chega no apartamento de Théo, Ana é recebida não somente com a bagunça totalmente despropositada do lugar, mas um bebê que não para de chorar no colo de seu chefe. Enquanto tenta entender toda a situação, Ana toma as rédeas do problema, consegue acalmar a bebê, que depois viria descobrir que se chama Ariel, e consegue dar um descanso a Théo, que pelo que ela entendeu, é o possível pai do bebê de apenas dez dias deixado na porta de sua casa por uma mãe que “simplesmente não se sente pronta”. Revoltada e angustiada com toda a situação, afinal, ela mesmo fora abandonada pela mãe quando criança, Ana acaba ajudando Théo até que o teste de DNA seja feito. 
Quando tudo se confirma, a única solução pensada é Ana deixar de ser secretária de Théo e passar a trabalhar como babá de Ariel. Agora ela está mais próxima do chefe que apesar de ser um babaca consegue mostrar um outro lado ao se descobrir pai, assim como começa a se apegar a bebê, que apelida carinhosamente de Pequena Sereia. O tempo vai passando e quanto mais Ana percebe que Théo não precisa mais dela, mais angustiada e triste a garota fica porque passou a perceber que agora não somente vê ele como seu chefe e Ariel como a bebê que precisa cuidar, mas sim como sua nova família. 
Pequena Ariel é um romance bem montado e muito divertido, mas também contém suas doses de drama, carregado de uma sensualidade que não nos desgasta e no fim recebemos uma história agradável e encantadora. Eu amo esse tipo de história porque iremos acompanhar aos pouquinhos como o amor vai moldando os personagens e a forma como o relacionamento deles é desenvolvido. Impossível não amar né? Junte isso a escrita mais do que gostosa da autora e você ficará enfeitiçado.
Ana é divertida mas também muito sensata e racional. Ao invés de ser levada pela emoção muita das vezes, ela consegue pensar além disso e encontrar uma alternativa diferente para o problema. Se não fosse por ela, Théo já teria matado Ariel há muito tempo porque aquele ali simplesmente não estava preparado para ser pai. Mas quem realmente está né? Aqui iremos ver as consequências de atos impensados e atitudes egoístas como a fonte do problema.
Théo ao longo da trama é muito bem desenvolvido pois vemos sua personalidade e ações mudarem por causa de Ariel. Quando dizem que a maternidade traz mudanças boas para quem está passando por ela, neste caso é super verdade, mas aqui funciona para o pai. Apesar de ainda manter o humor sagaz e sensualidade, o personagem consegue se mostrar gentil, dedicado e muito carinhoso em relação a filha e a sua nova “amizade” com Ana, que antes era apenas sua secretária e agora se tornou algo vital em sua vida.
É lindo ver o crescimento de Ariel. A obra vai relatar os mêsversários da garotinha e cada mudança que ela passa ao longo do tempo, e parece que estamos do lado desse casal porque tudo é muito bem feito e escrito, o leitor se apega aos três e quando a história enfim termina ninguém quer mais largar.
Eu fiquei encantada com essa obra e já estou em busca de novas histórias escritas pela F. Locks. Quem adora um bom romance vai se encantar com Pequena Ariel e provavelmente vai aquecer o coração com esses três.
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