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[Resenha] Eleanor & Park, de Rainbow Rowell @Novo Século

Título: Eleanor & Park
Autor: Raibow Rowell
Lançamento: 2014
Páginas: 328
Gênero: Romance / Jovem Adulto
Editora: Novo Século

Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.

Fiquei pensando seriamente se faria ou não essa resenha porque não consegui me decidir se fiquei frustrada com o livro ou se fiquei satisfeita. Lendo a sinopse do livro você basicamente não consegue entender quase nada da história, é bem rasa na verdade. Pensei que fosse ler um romance, daqueles bem clichê mas me deparei com um drama. Teve partes que eu quis chorar e no final de tudo eu fiquei me perguntando “É assim que acaba?”. Outras vezes quis matar a autora por fazer isso com os leitores deste livro, mas só posso pedir que venha um segundo volume desse exemplar, apesar deu saber que isso não é possível.

“Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo. Este livro irá levá-lo de volta aos dias de frio na barriga, quando achava que todo o peso do amor e da paixão que sentia iria sufocar você, e quando apenas um segurar de mãos já era o suficiente para fazê-lo andar nas nuvens.”

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O livro conta a história de duas pessoas, cada um vendo as coisas em suas perspectivas. Eleanor é uma garota ruiva, que se acha gorda e vive usando roupas diferentes. É aquele tipo de pessoa que “pede” para ser zoada. Parké um mestiço, filho de pai americano e mãe coreana, ele não é popular e nem faz parte dos últimos da cadeia alimentar. Gosta muito de gibis e adora ouvir punk em seu walkman. Falando nisso, o livro é narrado em 1986, então vemos várias partes onde eles falam sobre gravar fitas ou ir ao baile da escola etc.


Já no primeiro momento, percebo que a mãe da Eleanor é uma mãe negligente. Foi o que me fez odiá-la o livro inteiro. Ela é casada com Richie, e tem um filho com ele além dos outros quatro, incluindo Eleanor que são do mesmo pai. A mãe se separou depois de 10 anos de relacionamento e depois que trouxe Richie para dentro de casa, tudo mudou. As coisas pioraram. Richie é um tremendo troglodita, vive humilhando e xingando a Eleanor além de sempre estar discutindo e maltratando a mãe dela. Eleanor não aguenta o padrasto e não sabe o porque que a mãe ainda está com ele. Juro que teve horas que eu só queria que a Eleanor fugisse e nunca mais voltasse. O pai dela talvez seja pior. É um babaca que não liga para os filhos e só vive fumando maconha. Os pais da menina são um arraso total.

O livro todo é contado de forma bem melancólica por parte da Eleanor. Ela narra os dias que vai a escola, fica em casa e etc. Sabemos as coisas que ela não tem (como telefone ou roupas normais, por exemplo). Ela mal toma banho. A vida dela é extremamente decadente. No primeiro dia de aula, dentro do ônibus é que ela conhece Park. O primeiro encontro deles não é nada bom porque Eleanor é a garota nova e é toda estranha e ainda por cima sentou do lado e ele a tratou rudemente. Mas na verdade, Park é um menino bom, adorei ele a cada momento do livro e pedi para ter alguém assim em minha vida.

Nos primeiros momentos nenhum fala, ninguém fala. Eleanor é zoada sempre na aula de Educação Física mas depois de meio século, os dois começam a conversar. É apenas um “oi” ou algo do tipo, depois os dois se tornam amigos e enfim acabam se apaixonando. Isso é meio óbvio já que sabemos que o livro retrata o romance deles. É algo muito bom e eu adorei como a autora desenvolveu a história. Cada sensação, cada emoção que os dois sentem quando se vem. A forma como a autora narra todos os momentos que os dois passam juntos faz você querer passar por isso também. Teve horas que suspirei com algumas falas que me pareceram tão inocentes e sinceras.

“Segurar a mão de Eleanor era como segurar uma borboleta. Ou um coração a bater. Como segurar algo completo, e completamente vivo”

Mas como nem tudo é um mar de rosas, o drama de Eleanor vai se intensificando e tem seu auge e eu me vi naquela dúvida “Será que vai acabar assim? Ou será que a autora vai fazer isso e isso…”. Acho que esperei  muito o final e acabei me decepcionando por isso. Não foi como eu gostaria mas eu coloco na minha cabeça que o final não foi aquele e sim o que eu quero. Tento pensar assim para não me deixar levar pela frustração e acabar não resenhando o livro como ele merece.

É uma história fantástica mas bastante triste então na minha opinião, as pessoas tem que gostar de ler o livro e se sentirem interessadas e não deixarem se levar pela capa ou pela sinopse que parece ser grande coisa. O livro tem uma realidade abrasadora que me fez ficar pensando até mesmo depois de tê-lo terminado. Foi uma história cativante, envolvente e eu super indico!

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