Indicação de livros safados, românticos e divertidos

Infinito + Um – Amy Harmon | Resenha

Quando duas pessoas se tornam aliadas improváveis e foras da lei quase sem querer, como podem vencer todos os desafios?Bonnie Rae Shelby é uma estrela da música. Ela é rica, linda e incrivelmente famosa. E quer morrer.Finn Clyde é um zé-ninguém. Ele é sensível, brilhante e absurdamente cínico. E tudo o que ele quer é uma chance na vida.Estranhas circunstâncias juntam o garoto que quer esquecer o passado e a garota que não consegue enfrentar o futuro. Tendo o mundo contra eles, esses dois jovens, tão diferentes um do outro, embarcam numa viagem alucinante que não só vai mudar a vida de ambos, como pode até lhes custar a vida.Infinito + um é uma história sobre fama e fortuna, sobre privilégios e injustiças, sobre encontrar um amigo por trás da máscara de um estranho — e sobre descobrir o amor nos lugares mais inusitados.

New adult, romance | 336 páginas | Editora Verus 

Ter fama e dinheiro é o que muita gente gostaria de ter, mas não para a cantora country de apenas 21 anos, Bonnie Rae Shelby. Apesar da música ser seu grande refúgio e tê-la dado milhares de dinheiro ao longo dos últimos sete anos, desde que sua irmã gêmea Minnie morreu de câncer há dois anos, Bonnie não é mais a mesma.
A garota ainda sofre com a perda e está cansada. Cansada de fingir estar feliz, de fingir ser uma coisa que não é. Cansada de todas as imposições que sua avó, que também é sua empresária, faz. Em meio ao último show de sua turnê na cidade de Boston, Bonnie acaba saindo do palco na última música e foge do camarim. Com apenas a bolsa da avó que conseguiu roubar, o antigo cabelo acabado e um capuz, ela acaba parando na ponte da cidade, prestes a pular. Mas quando Bonnie se solta da grade, ela é salva por um garoto louro e muito alto que acabou-a encontrando parada ali. 
Finn Clyde é um garoto sensível e que adora matemática, que no momento só quer recomeçar sua vida longe de Boston, mas acabou entrando na maior confusão ao salvar uma estrela da música de se jogar da ponte. Os olhos da garota bonita gritam dor e desespero, e sem alternativa, Finn resolve dar uma carona pra ela até outra cidade. O problema é que a avó de Bonnie e a mídia acham que ele a sequestrou e agora foto de ambos estão estampadas todos os dias nos jornais, especulando e inventando coisas sobre eles.

Finn Clyde ainda era brilhante, mas não era tão mais jovem nem tão leal, e não estava mais correndo em direção à encrenca. E Bonnie certamente era encrenca.

Tudo o que Finn menos quer é arranjar problemas, algo que ele já teve muito em pouco tempo de vida, mas alguém como Bonnie, com seu sorriso irresistível não é algo que ele consiga se livrar. Juntos eles vão passar por vários estados diferentes ao longo dessa viagem, descobrindo um sobre o outro e aprendendo sobre eles mesmos e muito sobre o amor.

Infinito + Um é daqueles livros que estão há séculos na TBR mas nunca li, até que comprei o exemplar na Bienal de SP e pude começar a leitura, e fico me perguntando por que diabos não fiz isso antes. Nunca havia lido nada da Amy Harmon mas entendo todo o apelo que fazem as obras dela, porque seu livro é lindo, tocante, cheio de aprendizados e muitos, mas muitos quotes!
Bonnie Rae é uma garota jovem, rica e famosa, mas se isso fosse o suficiente para justificar estar vivo, todo mundo seria feliz. Desde que sua irmã gêmea morreu de leucemia, Bonnie sente que perdeu uma parte de si mesma. Ela nem pode se despedir por causa da ganância da avó que controla tudo o que ela faz, o que come, com quem sai… Tudo o que a garota necessita é de espaço para descobrir quem ela quer ser e tempo para se recuperar do luto. Ao mesmo tempo que vemos essa característica melancólica em Bonnie, descobrimos um outro lado divertido, sagaz, gentil, cheio de vontade de fazer o bem e espalhar o amor pela música por onde passa. É por essa personalidade tão cativante e por acreditar em destino e em Deus, que Bonnie atrai a maior confusão e maré de azar por onde passa, e não é a toa que em boa parte do tempo, Finn esteja com vontade de matar ela, ao mesmo tempo que quer beijá-la.
Finn Clyde é um garoto introspectivo, que vê na Matemática um refúgio e um amor que ninguém consegue entender. Ele é muito inteligente, bom, mas também teve sua cota de merda na vida e não quer passar por tudo isso de novo, mas se depender de Bonnie, Finn não terá outra escolha. A garota é um imã para problemas mas apesar de todas as enrascadas que ela o coloca, ele simplesmente não consegue abandoná-la e deixá-la sozinha. Bonnie grita carência e o medo dela tentar se matar outra vez é um dos motivos que o fazem ajudá-la.

Não morri na ponte. Finn Clyde me salvou, e depois me beijou. E eu tive que continuar em movimento, porque, assim que eu parasse, o impulso que o beijo tinha me dado e a vida que tinha soprado dentro de mim seriam extintos como tudo o mais.

Ambos tem uma história de vida parecida, apesar de suas particularidades. Bonnie cantava para conseguir livrar a família da pobreza, fazendo planos com sua irmã gêmea que logo descobriu que nunca iriam se realizar. Assim como Finn, que acabou perdendo o irmão mais velho, Fish, após uma tentativa de assalto que deu incrivelmente errado. Minnie era boa, Fish era competitivo. Iremos conhecemos ambos os irmãos dos personagens através deles e assim como os protagonistas, iremos nos emocionar com as lembranças envolta de dor e saudade.
A história segue como pano de fundo a história real do casal lendário da década de 30, Bonnie e Clyde, dois jovens que não tinham nada a oferecer um ao outro mas que se tornaram inseparáveis, colecionando roubos e mortes por onde passavam, até terem seu fim no ano de 1934. Praticamente iremos ler uma releitura dessa história de amor, mas com personagens bem mais carismáticos e sem as cenas de violência, apesar do desaparecimento de Bonnie criar uma comoção e tanta na mídia, o que irá só piorar a fuga do casal.

– Somos Bonnie e Clyde! Procurados e indesejados. Enjaulados e encurralados. Estamos perdidos e estamos sozinhos. Somos uma grande piada. Somos um tiro no escuro. Somos duas pessoas que não tem outro lugar, ninguém mais, e, ainda assim, de repente isso parece o suficiente para mim! Sinto muito se não é suficiente para você.

Apesar dos poucos dias que passam juntos, 11 no total, o amor entre eles nasce de uma forma genuína. Eles vão revelando seus segredos, permitindo-se confiar um no outro, ao mesmo tempo que a necessidade de terem alguém e a carência vai fazendo seu trabalho. A gente torce do início ao fim para que ambos consigam passar por todas as coisas e possam enfim ter seu final feliz. Infinito + Um é um livro lindo, que tem muitos momentos de reflexão, soando até um pouco pesado por causa das temáticas, mas a escrita da autora é tão poética que conseguimos ler o livro rapidamente, sem achar que estamos presos a uma bola de drama sem fim.
É um livro que aborda a música e o poder que ela tem sobre as nossas vidas, seja para nos salvar, seja para nos ajudar. Também conta com muitas referências a matemática, com vários paradoxos, teoremas e outras coisas que me deixaram meio confusa (afinal, odeio matemática), mas que deram um toque ousado na narrativa.

– Quero você aqui comigo, mesmo que isso não seja bonito, mesmo se eu não te convidar.

Eu indico o livro a todos que querem ler sobre uma história de amor construída com seus altos e baixos, cheio de vai e vens, repleto de momentos de tensão mas momentos lindos, compartilhados entre dois personagens extremamente cativantes. 
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10 comments on “Infinito + Um – Amy Harmon | Resenha

  1. Oi, Mi!
    Nunca li nada da Amy. Deve ser porque ando meio satura da New Adults sabe? Tipo, eu leio quando sai um novo de uma autora que curto, mas pra pegar uma nova não rola.. Sua resenha conseguiu plantar aquela sementinha do interesse, apesar desse amor que nasceu em 11 dias. Sorry, mundo, mas não compro isso não…
    Beijos
    Balaio de Babados
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  2. Oi, Ale
    Eu gostei muito do livro, achei a temática muito interessante e a narrativa da autora ajudou muito, mas o começo é meio estranho e paradão mesmo, por isso acho que foi assim que você acabou parando.

  3. Oi, Lu
    Eu adoro new adult, mas também saturo e por isso vou intercalando com outras leituras. Eu acredito em amor a primeira vista e esses trem se a autora conseguir me fazer crer nisso, até porque eu mesma já passei por essa situação.

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