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Dominic – L.A. Casey | Resenha

Depois de um acidente de carro que matou seus pais quando ela era uma criança, Bronagh Murphy escolheu a isolar-se das pessoas num esforço para manter seu futuro longe de sofrimentos. Se ela não se aproximar de pessoas, falar com elas ou conhecê-las de qualquer forma, ela conseguirá ficar sozinha, do jeito que ela quer.Quando Dominic Slater entra em sua vida, ignorá-lo é tudo o que ela tem que fazer para chamar sua atenção. Dominic está acostumado a chamar atenção, quando ele e seus irmãos se mudam para Dublin, na Irlanda, para cuidar do negócio da família, ele ganha a atenção de todos. Todos, exceto da bela morena com uma língua afiada.
Dominic quer Bronagh e a única maneira que ele tem de chegar até ela, é arrancá-la do seu isolamento voluntário, e ele vai fazê-lo da única maneira que sabe pela força.
Dominic a quer, e o que Dominic quer, Dominic pega!

Erótico | 371 páginas | Editora Bezz

Bronagh sempre foi uma garota isolada, principalmente depois da morte dos seus pais há anos atrás. Desde então ela evita qualquer contato com outras pessoas para não correr o risco de perdê-las outra vez. Sua irmã e guardiã Branna não gosta da sua atitude, pois assim Bronagh fica cada vez mais solitária e afastar as pessoas de si não é a resposta para evitar um sofrimento. É preciso se permitir viver de vez em quando.
Quando Dominic e Damien Slater, os irmãos gêmeos americanos, entram em sua vida, toda essa barreira que Bronagh criou passa a ruir. Dominic quer chamar sua atenção porque Bronagn é praticamente à única garota que não se interessou por ele, apesar de sua compleição e forma física, e isso o irrita mais que tudo. Dizem que quando alguém quer chamar sua atenção, ela faz coisas estúpidas, e Dominic entra nesse quesito. Ele começa a fazer bullying com a garota, além de ficar sempre elogiando sua bunda, que é bem avantajada.
As brigas constantes entre eles acabam causando uma atração, mesmo que a princípio Bronagn não queira admitir. E quando ela enfim permite que Dominic entre em sua vida, uma bomba sobre ele e seus irmãos é jogada em sua frente. Resta saber se ela terá força o bastante para superar isso.
Já começo a resenha dizendo que eu terminei esse livro com sentimentos ambíguos. Sabe quando o autor tem uma narrativa muito gostosa, que te envolve de uma forma muito interessante, mas adiciona elementos e características desnecessárias a obra, o que vai pesando para o lado negativo? Dominic é exatamente assim.


Primeiro os pontos positivos: a protagonista. Bronagh é uma personagem muito engraçada, bem gente como a gente. Apesar de sofrer bullying na escola por ter um corpo considerado gordo para alguns, ela não se deixa abalar por isso. Mesmo sendo tão reclusa em si mesma, ela consegue se defender. Apesar de no início ela sofrer um pouco para tentar demonstrar isso, ela consegue facilmente se impôr sobre Dominic, e acredite, ela bate muito nele. Nunca vi um casal brigar tanto e chega a ser engraçado, porque  me lembra alguns casais que eu conheço.
Outra coisa que eu gostei foi que a personagem é feminista. Ela toma atitudes e usa discursos que mostram que ela não vai deixar homem nenhum subjugá-la, assim como não irá deixar suas amigas passarem por isso. Essa foi a grande característica dela, e isso me animou muito.
Branna é outro ponto que me agradou muito na obra. A irmã mais velha de Bronagh poderia ser a minha ou a sua irmã. Prestativa, leal, engraçada e sempre disposta a brigar ou defender a caçula. Juro, essas duas juntas tem um soco de direita imperdível! Elas botam pra quebrar haha
A história, apesar dos clichês, tem um desfecho bem imprevisível. E foi isso que me fez dar uma estrela a mais (antes seria 2, mas agora ficou 3). Por que apesar dos pontos negativos, eu gostei muito das reviravoltas que a autora trouxe e da narrativa dela. Então não adianta eu quebrar o pau aqui falando mal do personagem, sendo que eu gostei e terminei a trama sabe? Seria muita hipocrisia minha, então sim, apesar dos momentos de revirar os olhos, eu ainda consegue achar o livro bom.
Agora as partes ruins: Dominic. Não me entendam mal, eu gostei do personagem em alguns momentos, mas os traços de possessão em relação a Bronagh me incomodaram demais. Ele mal chega na escola e já quer ser o fodão. Como a garota o rejeita a princípio, ele resolve azucrinar ela até ela se cansar e dar uma chance pra ele. É bem aquele ódio que logo se transforma em amor. Só que em vários momentos ele apelava pras insinuações sexuais, o que hoje em dia já pode ser considerado assédio. Além de xingá-la quando ela batia nele, outra coisa que me incomodou muito.
Nenhum cara podia chegar perto dela que ele já ficava putinho, querendo brigar dizendo que ela era dele. Faltava só ter mijado na garota (isso porque eles nem estavam namorando ainda). Apesar de Bronagh ficar bem indignada com sua atitude quando eles não estavam juntos, quando enfim começaram a ter algo sério, ela meio que aceitou algumas coisas que ele fazia, como esses surtos de possessividade, e isso tirou um crédito lá atrás pelo discurso dela de que homem nenhum iria mandar nela ou dizer o que ela tinha que fazer.
Dominic além de possessivo e inseguro é extremamente briguento. Ele é basicamente um Travis Maddox da vida, porque tudo resolve com briga e isso se torna cansativo. Então esse relacionamento abusivo romantizado me tirou do sério. A história começou ótima, estava adorando as briguinhas dos dois no começo, mas era só vir um comentário idiota do Dominic que eu revirava os olhos. Se não fosse por ele eu tenho certeza que teria gostado do livro, mas pra mim chega de personagem assim.
O livro é de 2014, e eu acredito que naquela época estava transbordando de personagens do tipo que faziam sucesso, mas infelizmente os anos mudam e nossa opinião também, então esse tipo de atitude só me irritou completamente. Não vou mentir e dizer que detestei o personagem do início ao fim porque isso não aconteceu. Apesar de vários defeitos teve momentos que sim, gostei dele, mas ainda achei suas atitudes insuportáveis e Deus me dibre um homem assim. Ser ciumento é bom, mas possessão não é saudável e resolver tudo na briga, é doentio. Cansei!
Maaaaaaas… eu decidi que quero terminar a série! Pois é, mas como assim? Apesar desse papelão todo com esse livro eu fiquei intrigada sobre os outros irmãos. Como só tem o livro do Alec traduzido, o irmão bissexual da história, então só vou perder meu tempo com mais um volume pro meu alívio. Posso ser masoquista mas eu quero realmente ver se a autora conseguiu ao menos acertar com algum.
Damien que é pintado como o irmão gêmeo do bem não é nada disso e eu fiquei muito louca para conhecer a história dele também, principalmente com o final de Dominic, mas como comentei, os outros livros não foram traduzidos ainda e eu acho que não vou esperar por isso.
LA Casey tem uma narrativa muito legal mesmo, e a história se passa na Irlanda, é bem diferente do que estou acostumada. A protagonista é engraçada e cativante, o enredo também porque surpreende apesar dos clichês. Mas foi o Dominic dela que não deu pra engolir. Se fosse uns anos atrás acho que eu teria até amado o jeitão dele, mas hoje em dia não vejo mais sentido nisso, então infelizmente não dá pra pesar minha nota nem pra mais nem pra menos, porque foi exatamente nesse meio que me senti. 
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14 comments on “Dominic – L.A. Casey | Resenha

  1. Oi Miriã… Você descreveu meus sentimentos com essa leitura na sua resenha e amei.
    Também terminei a leitura com sentimentos opostos, a escrita é ótima e é difícil parar de ler, mas as brigas constantes e muitas das atitudes me irritaram horrores. Ainda assim, é aquela história que você não consegue parar. Acho que há uma evolução a cada livro, as histórias vão ficando melhores, tenho ressalvas do segundo, mas ele é melhor que esse e por ai vai. Espero que leia todos, e aí vou poder comentar contigo sobre eles haha.

    Ótima resenha.

  2. Oi, Lili
    Eu tô lendo o segundo e por enquanto nada vem me incomodando, espero que continue assim até o final porque né haha as autoras são ótimas na hora de escrever mas pesam a mão quando vão criar o casal aff

  3. Achei a protagonista realmente um ponto bem positivo no livro. Já a Branna me lembrou muito eu mesma, haha. Eu sou super protetora com a minha irmã mais nova e nós somos muito amigas, ninguém ganha de nós em uma discussão!
    Sobre as insinuações sexuais de Dominic, talvez a autora tenha usado isso como artifício por que o livro é erótico, mas é claro que isso também me incomodaria durante a leitura. Não sei, me parece que Dominic é aquele típico boy lixo. E depois o relacionamento dos protagonistas mostra bem o que pode acontecer com uma mulher apaixonada, ás vezes a gente pode entrar cega em um relacionamento possessivo, vejo o roteiro desse livro como um exemplo ruim a não ser seguido. Mas, sem dúvida, romantizar um relacionamento abusivo não é legal em nenhum tipo de entretenimento, muito menos em livros, ninguém merece né? Dá vontade de sacudir a personagem pelos ombros e mandar ela acordar, "Hey garota, por que vc ainda insiste em ficar com esse embuste?".
    Acho válido você ler mais um livro da série, até por que o problema foi a construção de um personagem e não a escrita ruim da autora. Vi que tem o livro da Branna, fiquei curiosa, mas pena que não está traduzido, se não eu leria.
    Amei a resenha!
    Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥

  4. Oi, Mi! Tudo bem?

    Bom, inicialmente, já não é um livro que eu costumo ler… Mas sem julgar porque já conheci algumas histórias neste tipo que foram até boas, só que já no início da sua resenha, eu me desinteressei totalmente pela história. Só de ver que ele não aceita a garota não se interessar por ele, me irritou. É muitas vezes neste clichê que muitas histórias romantizam assédio e até estupro (não que este seja o caso do livro).
    Odeio livros onde romantizam o cara que prática bullying porque é a sua forma de mostrar interesse pela garota, cara, sério? Século XXI, isso é ridículo.
    Achei legal a protagonista ser feminista, no entanto, em uma história típica como esta, é difícil o autor conseguir realmente ter um enredo feminista, porque tipo, depois ela começa a aceitar a possessão? Isso é amor? Vai contra toda a causa.
    Enfim, concordo que a autora pode escrever muito bem e acho legal você dar mais uma chance, porque as pessoas evoluem e a autora pode vir com uma perspectiva totalmente diferente, não é? Espero de verdade que seja.

    Beijos,
    Blog Magia é Sonhar
    Canal Magia é Sonhar

  5. Olá!
    Bem, faz tempo que não leio livros desse tipo. Acho que a maioria desse gênero tem um protagonista masculino que não me agrada. Geralmente são possessivos e eu fico com uma raiva tão grande que prefiro evitar. Ok, sem generalizar, mas eu particularmente sempre tive uma experiência péssima. Como você disse, de 2014 pra cá é bastante tempo, então ainda bem que a gente evolui o pensamento. Apesar de tudo, gostei de saber que a protagonista foi um ponto positivo, ainda mais em relação ao feminismo.
    Bem, acho que eu passo a leitura hahaha Espero que tenha uma boa experiência com a continuação da série!

    Beijos!
    our-constellations.blogspot.com

  6. Oi, leslie
    Esse tipo de personagem é muito comum nos eróticos, mas cansa e hoje em dia, as autoras tentam pregar mais o feminismo e o empoderamento da mulher. Acho que por ter sido em 2014, esse artifício ainda era muito usado e pode ter dado certo, mas comigo não deu.

  7. Oi, Mi! Tudo bom?
    Eu estava ficando curiosa com a história conforme tu foi citando os pontos positivos – a protagonista ser bem desenvolvida e ter uma postura empoderada me deixou muito feliz! – até… chegar no homem. POR QUE DIABOS SEMPRE TEM QUE TER UM MACHO ESCROTO, @ DEUS??????
    Parece bem o tipinho de personagem que me ferveria o sangue e eu tacaria o livro longe de nervoso – oi, Novembro, 9.
    Realmente não é uma leitura pra mim UHASUHASUHUASHUHAS
    Mas adorei sua resenha!

    Beijos,
    Denise Flaibam.
    http://www.queriaestarlendo.com.br

  8. Oi, Denise haushaushaus o artifício foi colocar os pontos positivos primeiro pra não dar a impressão errada.
    Infelizmente sempre tem um macho escroto e embuste na história que se torna desagradável. Esperando o dia que vão criar alguém inteligente.

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