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Uma Coisa Absolutamente Fantástica – Hank Green | Resenha

Enquanto volta para casa depois de trabalhar até de madrugada, a jovem April May esbarra numa escultura gigante. Impressionada com sua aparência — uma espécie de robô de três metros de altura —, April chama seu amigo Andy para gravar um vídeo sobre a aparição e postar no YouTube. No dia seguinte, a garota acorda e descobre que há esculturas idênticas em dezenas de cidades pelo mundo, sem que ninguém saiba como foram parar lá. Por ter sido o primeiro registro, o vídeo de April viraliza e ela se vê sob os holofotes da mídia mundial.
Agora, April terá de lidar com os impactos da fama em seus relacionamentos, em sua segurança, e em sua própria identidade. Tudo isso enquanto tenta descobrir o que são essas esculturas — e o que querem de nós.
Divertida e envolvente, essa história trata de temas muito relevantes nos dias atuais: como lidamos com o medo e o desconhecido e, principalmente, como as redes sociais estão mudando conceitos como fama, retórica e radicalização.
Jovem Adulto | 344 páginas | Editora Seguinte

April May é uma jovem designer, que mora em Nova York. Em uma madrugada, ao retornar para casa, ela se depara com uma enorme escultura, o qual se parece muito com um robô, que a deixa fascinada. Em um primeiro momento, ela olha e segue seu caminho. Entretanto logo retorna já nunca antes havia visto uma arte tão bonita.
Ao observar o grande robô, surge uma ideia: ela liga para seu melhor amigo, Andy, e pede para o mesmo ir correndo ao local com seu equipamento de filmagem. Assim, eles gravam um vídeo, no qual apelidam a descoberta de “Carl”. O que eles não esperavam era que, ao colocar o vídeo na internet, o mesmo viralizaria.
Daí, descobriria-se que Carl não era uma simples obra de arte, e outros haviam surgido em diversas cidades ao redor do mundo. Logo April se torna a descobridora do Carl Nova York (como ele começa a ser chamado), e se tornará uma grande celebridade mundial em relação a esses estranhos robôs gigantes, precisando aprender a lidar com a responsabilidade que a fama pode trazer, enquanto ela e o resto do mundo tentam descobrir o que são os Carls e o que eles pode fazer.
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A primeira coisa que me chamou a atenção nesse livro, além da premissa muito louca, a qual a leitura me mostrou que o livro seria mais louco ainda (no bom sentido), foi o fato de ele ter sido escrito pelo Hank Green, irmão de ninguém manos que John Green, o responsável por eu ter me tornado leitora. Também vi muitos comentários positivos sobre o livro, então não poderia estar mais animada.

Pelo autor ser irmão de Jhon Green, também já deixou avisado que não se trata de um romance. É sim um livro para o mesmo publico, mas aqui não iremos ter nenhum relacionamento como plano principal, nem secundário. April se relaciona com alguns personagens durante o livro, mas tudo de forma muito superficial. Se o autor tivesse aprofundado isso, só teria estragado todo o foco da história.
Todos os personagens são incríveis e únicos.  Acho que nunca me vi nada como eles e simplesmente me apaixonei ou gostei de todos. Até o vilão é um personagem que se encaixa tão bem no livro e combina todo com o mesmo. Hank Green soube criar personagens excelentes e muito bem situados, ninguém que está presente na história ou nada do que acontece é em vão.
April May me cativou ao início da leitura,  mas algumas vezes cheguei a pensar que poderia não gostar dela, coisa que se mostrou impossível. Ela comete muitos erros, sempre pensa em si mesma e em manter a fama, mas é tão real que fica difícil odiá-la ou não compreende-la, principalmente quando mostra o quando esta sendo duro lidar com tudo o que vem acontecendo.
A protagonista é bissexual e alguns detalhes sobre como a sociedade podia lidar mal com isso é abordado. Sua namorada é negra e o melhor amigo é nerd. Também há uma presidente dos EUA mulher. O livro não é  aprofundado em assuntos sociais, porém trazer personagens que são minorias, sofrem discriminação na sociedade e são pouco encontrados na literatura como protagonistas ou coadjuvantes importantes para a história já é uma representatividade e diversidade que precisamos ver mais!
A escrita do autor é muito boa e divertida. A história é contado como se a protagonista realmente estivesse escrevendo um livro, tudo aquilo já havia passado. Ela faz vários comentário que deixam isso claro como “na época eu não sabia que isso aconteceria”, “em tal capitulo irá acontecer algo importante.” Eu gostei muito desse modo de narrativa, porque sentimos que a personagem está conversando conosco, de um jeito que não fique bobo ou estranho.
As páginas passam sem esforço algum e é muito fácil se ver preso e conectado a história. E um momento da leitura surge um local que me deixou muito curiosa e pensei que haveria uma importância maior a ele, além da relevância para aquela cena/situação. Porém o mesmo não foi mais utilizado, apenas deu uma acrescentada em toda a loucura e coisas fantásticas que acontecem no livro. Eu gostaria que tivesse sido mais explorado posteriormente, mas isso não atrapalhou minha experiência.
Tive a sensação que a conclusão despertou questões que ficaram em aberto, porém, para mim, isso não atrapalhou todo o encanto do livro e sim deu um toque especial ao mesmo. Foi um final muito diferente do que esperamos e que combinou com a história criada por Hank. Não vou negar que queria mais respostas de como aquele final aconteceu, contudo minha experiência não foi comprometida e não me senti desapontada.
É uma leitura muito diferente do habitual, que me fez rir em diversos momentos. Com toda a certeza recomendo o livro!

POSTADO POR ALINE BECHI

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