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Raptada – Geovana K. Santos | Resenha

Violet é a única herdeira da família Baker, uma garota com uma beleza extremamente chamativa, porém tímida e solitária. Tudo que ela mais quer é ter o amor e carinho da sua própria família, que sempre a usou como um troféu para a alta sociedade. Contudo, após a falência do seu pai, ela descobrirá que isso está longe de acontecer.Para salvar a empresa da família, Violet é obrigada a casar-se com Thomas, seu único e verdadeiro amigo, mesmo que isso não a faça feliz. Apesar de tudo, ela decide abraçar o destino, seguindo para o casamento com o intuito de cumprir o acordo, entretanto, não contava que, antes de chegar à igreja, seu caminho se cruzaria com o de Ethan Rogers, um homem extremamente sexy e arrogante, que cresceu com um único objetivo: destruir a família Baker.

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Livro cedido em parceria com o autor em troca de uma opinião sincera.

Violet Baker é uma herdeira que tem sua vida traçada quando seu pai praticamente a obriga se casar com seu melhor amigo, Thomas, em troca de salvar a empresa da família.
Mesmo não amando Thomas, ela sempre fez tudo para ganhar o amor e o carinho da família, e por isso aceita sem questionar. Só que no dia do casamento, Violet é sequestrada por Ethan, um homem frio e misterioso que está disposto a tudo em nome de sua vingança.
Esses primeiros dias de convivência dos dois é extremamente difícil. Ethan se mostra implacável e impetuoso, e Violet apesar de tentar mostrar-se forte, não consegue sentir nada além de medo e terror. Mas um acontecimento repentino fará que a vida dos dois se entrelace cada vez mais, deixando a prova seus sentimentos. Será que Ethan conseguirá levar adiante sua vingança?
Raptada tem uma premissa clichê mas consegue surpreender em alguns plots, porém pecando um pouco em sua execução. Já li um livro bem parecido com esse e as tramas seguem um ritmo bem parecido, apesar de que Raptada em suas primeiras páginas é um tanto lento, e mais para o final consegue se tornar mais ágil e surpreendente. 
Violet é uma personagem que aparentemente é sem graça e um pouco bobinha. Mas gradualmente vemos a sua garra nascer e a vontade de lutar surgir. Ansiosa pelo afeto dos pais, ela sempre fez tudo o que eles queriam, tornando-a uma mulher apática, só que essa situação a qual é imposta foge tão do normal que pela primeira vez a mulher consegue extenuar sua força interior e assim se desenvolver. Seu crescimento é latente, apesar de que em alguns momentos senti falta de um enfrentamento por parte dela com Ethan.
Ethan, pra mim, foi o grande problema desse livro. Claramente o personagem precisa de uma terapia. Eu não falo pela ideia do sequestro em si, que já é ruim o bastante, mas pela sua personalidade ser tão mutável ao longo das páginas. Ele explode por qualquer coisinha, reage com raiva e age por impulso, e juro que estava ao ponto de vê-lo partir para cima de Violet. O fato dele ser tão inconstante e tão louco em sua sede de vingança me fez não gostar do cara e muito menos ser empático com ele.
Isso também tem a ver com o ritmo da narrativa. As primeiras cem páginas é uma mesmice sem fim. O livro não tem nada de interessante, só mostrando a convivência entre os dois, que não é nada boa, e só! Não tem reviravoltas, plots sendo trabalhados, nem mesmo o porquê de Ethan ter feito o que fez. Simplesmente uma linha reta sem fim que estava me cansando. E o que me irritou, já que o objetivo dele era só tê-la sequestrado, sem mais nem menos, pra não fazer nada depois? Porém, aí é que a autora surpreende, porque do nada algo acontece que pode colocar todo o plano de Ethan a perder. Confesso que me surpreendi bastante e gostei do plot, que foi muito bem vindo, mas ainda não sei se a autora vai desenvolver mais no outro livro ou só deixar por isso mesmo.
E isso me leva a segunda parte do livro, que são as demais cenas que sucedem esse tal acontecimento. É aí que as coisas andam de verdade. Ethan precisa tomar decisões importantes, e agora não existe somente ele na equação, mas também Violet, que de uma prisioneira acaba por se tornar uma companheira. O envolvimento dos dois é gradual e lento, não acontece da noite para o dia. São toques sutis e percepções simples que fazem com que ambos acabem se atraindo um pelo outro. Apesar do que possa parecer, aqui não existe Síndrome de Estocolmo, ao menos não foi o que eu percebi, então deixemos em aberto…

Eu havia perdido a mulher que amava, e, dessa vez, era para sempre.

Se não fosse o ritmo lento da obra e o imbecil do Ethan que é um otário boa parte da trama, eu teria amado essa obra. Isso não quer dizer que o personagem é intragável. Pelo contrário, senti que ele deu uma amenizada e conseguiu se desenvolver bastante ao longo da narrativa, mas isso somente depois que ele se envolveu com Violet, e eu acho que esse argumento comigo não colou muito porque foi um pouco difícil linkar o personagem do início com o do final. Mas boas notícias: a autora disse que no segundo livro focará mais no desenvolvimento dele e explicará certas coisas que ficaram em aberto, o que pode nos dar a chance de entendê-lo melhor e gostar dele, quem sabe?
O final é surpreendente, mas não sai do clichê do gênero, mesmo assim traz um frescor e tanto ao leitor que deseja continuar a obra. Não estava com expectativas no início por causa dos problemas que estava encontrando, mas depois que a leitura engrenou de vez fiquei ávida para saber o que ela vai aprontar nessa trama. 
Por fim, Raptada tem uma ideia boa mas acredito que a autora pesou a mão ao criar Ethan, que ao contrário do que se espera, não me fez apaixonar por ele. Pelo contrário, queria tacar ele numa terapia porque não aguentava esse homem! Mesmo assim a narrativa da autora é muito gostosa, leve e tem bastante potencial para futuras obras.

Raptada #1 | 339 páginas | Publicação Independente | Nota: 3,5/5

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27 comments on “Raptada – Geovana K. Santos | Resenha

  1. Oi Mi!
    Também já vi outras histórias parecidas com Raptada, especialmente no wattapad.
    Não tenho nada contra o clichê, ao contrário, curto muito mas clichê pelo clichê pra mim não rola.
    E personagens como Ethan me irritam e são ranço. Dá vontade de entrar na história e falar umas verdades.

  2. Que legal que o nome da personagem principal combina com a cor predominante na linda capa.
    Premissa clichê mesmo hahah logo que comecei a ler imaginei que ela se apaixonaria por ele e que ele não iria conseguir se vingar, pelo menos não usando-a. Me surpreendi quando você disse que a personalidade do Ethan era o grande problema (antes de ler a descrição), pois pra mim a Violet já era sem graça o suficiente. Eu não teria paciência para nenhum dos dois, sinceramente. Além de que ter que esperar 100 páginas para o livro fluir e ficar bom não é uma ideia que me agrada.

    Beijos,
    Amanda Almeida

  3. Oi, Mi!
    Se a gente fosse pensar no tanto de livros que seriam mais curtos se os personagens fizessem terapia, acho que a lista seria enorme haha.
    É uma pena que a autora não tenha construído bem o personagem, e a leitura se tornado mediana 🙁
    Acho que não leria, não só pelo tema central, mas porque odeio enrolação!

    Estante Bibliográfica

  4. Olá Miriã!
    Esse é um clássico livros de qualidade duvidosa que seguimos com a leitura na esperança de haver alguma melhora, né?
    Ethan só por essa resenha já me pareceu o tipo de personagem que nasceu cancelado, e por mais que a autora prometa desenvolver mais o personagem no próximo volume, essas mudanças bruscas de temperamento incomodam bastante.
    Por outro lado, pelo menos Ethan tem alguma personalidade, porque a Violet…A menina parece ser neutra demais, o que torna impossível se importar muito com o que acontece com a personagem nesse sequestro.
    Vamos ver o que vem na sequência né, quem sabe ainda há esperança rsrsrsrs.
    Beijos.

  5. Uau! Nessa época onde 365 Dni está tão em alta com toda a polêmica que o filme envolve, ler algo sobre sequestro, até meio que assusta. rs
    Ainda não conhecia o livro,mas há sempre essa romantização do sequestro e eu fico meio pé atrás com isso.
    Sabe, prefiro odiar o sequestrador e nisso, esse livro já me ganhou..rs
    Por isso, vai pra lista de desejados com certeza!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

  6. Miriã!
    Gosto dos romances clichês, porém não gosto quando tem vingança no meio, ainda mais quando o protagonista é tão instável e desequilibrado.
    Ainda assim, como comentou que tem umas partes boas, o final é surpreendente e aos poucos as coisas vão mudando, queem sabe futuramente posso fazer uma leitura.
    cheirinhos
    Rudy

  7. nossa li um livro parecido com esse envolvendo sequestro o mocinho é bipolar ,e sabemos como são essas pessoas ,tem pavio curto ,parece que a qualquer momento vai cometer uma bobagem .Mas creio que a autora vai dar uma explicação para o comportamento do ETHAN .
    Eu imagino os altos e baixos que voce passou durante a leitura .
    uma leitura assim deixa a gente meio apreensiva . parabens pela resenha !

  8. Olá,

    Depois do filme 365 dias, tudo o que eu mais quero é passar longe de um livro sobre mulheres sendo raptadas e tudo mais.
    Socorro, acho que peguei trauma por romantizarem um relacionamento abusivo! Então to correndo disso.

    Beijos

  9. Olá, Miriã.
    Eu achei a capa do livro linda, já a história não chamou muito a minha atenção. Eu já li alguns livros com esse enredo e o essencial é fazer com que o leitor se apaixone pelo cara junto com a garota se não perde o sentido a história. Por isso acho que não leria ele.

    Prefácio

  10. Olá! ♡
    Confesso que não senti muita vontade de fazer essa leitura, a premissa não me agradou, principalmente pela questão do sequestro.
    Não gosto de começos muitooo lentos, a leitura fica super arrastada e eu acabo perdendo o interesse na obra kkk.
    A capa é linda, mas a trama não me conquistou, nem os personagens. Acredito que não leria.
    Beijos! ♡

  11. Oi Miriã.
    Esse Ethan parece bem problemático, hein!? Não sei se leria por conta dessa instabilidade dele, acho que eu teria vários surtos, hahaha. Adorei a forma como você apontou as coisas boas e as ruins dessa história.

  12. Olá Miriã!
    Sinceramente, esperava que Violet se casasse com Thomas e que a amizade se tornasse algo mais, acho que seria um clichê bem mais interessante do que a trama original do livro. Não gostei muito pois, além de ser tudo muito extremo, no mínimo a gente precisa criar empatia pelos protagonistas mas pelo que você falou Ethan é bem difícil de engolir. Com essa atitude o personagem precisa de terapia e muito. Espero que no segundo volume a autora possa compensar o que faltou nesse primeiro livro.
    Beijos

  13. Oi, Mi

    Simplesmente não, não e não. O cara raptou ela, então já para por aí. Qualquer coisa depois disso, para mim, é anulada. Já não basta a raiva que eu estou sentindo daquela coisa horrorosa, podre e nojenta que é 365 DNI com aquela síndrome de Estocolmo toda errada. Não importa se é gradual ou não, pra mim tá errado e não chegarei perto. hahahaha E você ainda me confirma que o cara é um babaca, zero chances. hahaha

    Beijos
    – Tami
    https://www.meuepilogo.com

  14. Oiii ❤ Tramas que envolvem sequestro e que o sequestrador e a mocinha se apaixonam, não chamam minha atenção, mas achei ótimo que não envolve Síndrome de Estocolmo.
    Ethan parece um completo idiota mesmo, sequestrar alguém é algo horrível. Por tudo que você disse, ele precisa mesmo de terapia.
    É uma pena que a trama seja enrolada no início, mas bom saber que depois melhora.
    Beijos

  15. Olá! É aquele velho clichê, que mesmo a gente sabendo dos defeitos, queremos ler! Só pela sua resenha também já não simpatizei com o protagonista, torcendo para que a autora traga algumas justificativas e mudanças plausíveis. Mas acho que vou esperar pelo próximo para saber se darei ou não uma chance a leitura.

  16. Eu achei horroroso haha Como assim isso não é Síndrome de Estocolmo? Ele raptou ela, e aí…. vira um casal? Achei patético! Além disso, pelo jeito a narrativa é bem arrastada e com muita mesmisse. Pela capa achei que ia me interessar, mas diversos pontos na resenha me fez mudar completamente de ideia.

  17. Sinceramente esse não seria um livro que pegaria para ler, lendo o começo da resenha fiquei com a impressão que o relacionamento dos dois se tratava de uma Síndrome de Estocolmo, mas como você falou que não viu nada disso quem sou eu para descordar né haha
    Bom, espero que a autora consiga desenvolver melhor o personagem no outro livro e responda todas as dúvidas que ficou nesse.

  18. Oii,
    Até que me deixou curiosa, mas não vou querer ler não.
    Já tô com raiva desse Ethan. Essas histórias de sequestros que podem rolar algo entre a vítima e o sequestrador não me compra kk sou muito rancorosa com os vilões.
    Bjs

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