Mais uma vez, Cora lançou outro livro da série Sins of the Fathers e como é de praxe, eu já li e vim trazer uma resenha bem sincera sobre essa história para vocês.

Nesse quarto volume da série, vamos conhecer a história de Amo, futuro capo da Famiglia, e Greta, a filha de Remo Falcone, capo da Camorra.

Anos após o acordo entre as famílias, o frágil elo que as une está se rompendo e a ameaça de uma guerra entre Las Vegas e Nova York está cada vez mais forte. Amo já tem vinte e três anos e está pronto para seguir os passos do pai, por isso o acompanha em uma viagem a Las Vegas para resolver uma questão a respeito das rotas de drogas da Famiglia no terreno da Camorra.

Mas chegando lá, a animosidade entre ele e Nevio fica mais evidente, resultando na troca de farpas e provocações. Para acalmá-los, ambos são expulsos da sala e Amo acaba vagando pela propriedade de Remo, até que vai parar no jardim, onde lá coloca os olhos pela primeira vez em Greta Falcone.

Greta sempre foi uma garota sensível e delicada, diferente de seu irmão Nevio, que assim como o pai, prospera na violência. Sempre muito protegida pela família, ela nunca saiu de Las Vegas e seu próprio entorno se resume na família, já que a própria é muito tímida e não confia em pessoas que não conhece. A dança sempre foi sua melhor amiga, e o balé para ela é como respirar. E é isso que chama a atenção de Amo quando a vê, já que Greta está dançando.

A partir daquele momento, uma conexão inexplicável surge entre os dois. Ele sabe que não pode tê-la, que está presentes a se casar. Mas como explicar os sentimentos que Greta despertou nele?

A sinopse de By Fate I Conquer entrega um romance proibido e muita tensão envolvendo as famílias das máfias. Eu estava com muita saudade de encontrar a Camorra e fiquei muito animada com a perspectiva dessa história, mas infelizmente, vários detalhes acabaram não sendo satisfatórios para mim, o que me fez terminar essa leitura com um grande sentimento de frustração.

O início tinha muito potencial e eu gostei da forma como os personagens estavam sendo apresentados. Amo com a sede por se tornar o próximo capo, Greta com sua personalidade mais delicada e tímida, e, ao mesmo tempo, curiosa, e até Nevio, o gêmeo de Greta, todo inconsequente e agressivo.

Mas o ponto que de fato me incomodou e fez tudo ir ladeira abaixo para mim, foi o romance entre Greta e Amo. O relacionamento deles é instalove e sem nenhum desenvolvimento. Amo coloca os olhos em Greta e após um encontro a mais, ele já decide que está apaixonado por ela, e que precisa tê-la para si. Em alguns momentos até mesmo pensa em desistir de ser capo, se isso for fazer com que ele e Greta aconteça. E eu achei essa relação completamente forçadíssima. As atitudes do Amo só pioraram, pois entregam um personagem completamente levado pela emoção, que se apaixona fácil, nada do homem que eu tinha idealizado para ser filho de Luca. Achei ele muito mole para um futuro capo, queria vê-lo mais como o pai, um homem mais frio, implacável… nisso, com certeza Nevio, ganha dele em personalidade. E juro, queria que o Luca tivesse dado uma surra nele em alguns momentos pra ele parar de ser tão inconsequente.

Já Greta para mim foi um ponto que me deixou indecisa. Eu gostei da personalidade dela, mas achei que em alguns momentos a autora não sustentou essa personalidade. Em uma hora ela era mais tímida, retraída e até trazia alguns sintomas do espectro autista, e noutras ela apresentava rompantes de violência, de ousadia… sei lá. Pra mim ficou confusa a construção da personagem e eu não me apeguei a ela como gostaria. Tanto que foi por isso que achei o encantamento do Amo com ela muito forçado, já que a personagem não entrega nenhum motivo especial para esse amor instantâneo, além de talvez, suas peculiaridades.

Outro personagem que me incomodou foi Nevio. Ele é uma cópia descarada e mais descontrolada de Remo, mas como não sou tão fã assim desse personagem, ver o mesmo molde para o filho não me agradou. Acabei achando ele muito agressivo, com uma violência despropositada em alguns momentos e muito egoísta, colocando uma pressão em cima da Greta com um papo sobre família que realmente me irritou.

Achei o palco de fundo até bem trabalhado e tinha uma tensão e um drama envolvendo a Camorra e a Famiglia que há muito tempo não víamos nesses livros, então fiquei feliz de ver todo esse impedimento para o casal ficar junto. Mas convenhamos que, o livro é muito grande e em alguns momentos ficou arrastado e cansativo, e até mesmo as cenas quentes, que poderiam ter sido o auge da história, não foram nada demais.

Como falei acima, eu terminei essa história com um sentimento de frustração. Acho que se o romance tivesse me convencido, eu com certeza teria gostado de todo o resto da história. Mas infelizmente Greta e Amo não tiraram o posto de Anna e Santino de melhor casal da série até o momento. Vamos esperar os próximos…

No mais, gostei de rever os Falcones e dinâmica familiar deles. A Cora até inseriu alguns outros personagens e tô bem animada para saber como será a história deles. Acho que esse livro será bem 8 ou 80, então espero que façam uma boa leitura.