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Leitura de Verão – Emily Henry

Quando January era criança, ela viu seus pais resistirem ao primeiro diagnóstico de câncer de sua mãe. E quando ela ficou mais velha, eles conseguiram passar pelo segundo. Ver o apoio e o carinho de seus pais a fez acreditar que tudo poderia ficar bem e que ela não deveria se preocupar. É por isso que ela sempre amou Finais Felizes e eventualmente acabou se tornando escritora de romances.

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Até que seu pai morre repentinamente deixando um vazio imenso e fazendo-a duvidar sobre tudo o que ela acreditava,

Seu pai tinha uma amante e uma casa no lago aonde ia para se encontrar com ela. E agora ele deixou essa casa para January.

Um ano após essa descoberta, ela ainda não sabe como lidar com essa nova faceta do pai. O fato de não poder exigir respostas custa um preço, e quase falida, com um bloqueio criativo imenso e seu emocional em frangalhos, a casa no lago é a única opção de January no momento.

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Quando chega lá, as lembranças do pai assumem o comando. Como aquele homem que tanto admirava poderia ter feito tal coisa com sua mãe? Será que January o conhecia de verdade?

Para melhorar, ela descobre que seu novo vizinho é nada menos que Gus Everett, seu colega de faculdade com quem January vivia em uma competição. Agora ele é um renomado escritor de ficção sombria, e ao contrário dela, não deve estar com a conta bancária raspada.

Só que quanto mais os dias passam, mais ela e Gus se aproximam e eles acabam desenvolvendo uma espécie de amizade. Porém, o propósito de January estar ali é para conseguir escrever, mas sem conseguir colocar uma letra no papel, Gus acaba oferecendo um acordo: passar o verão escrevendo o gênero literário do outro. Ele tentaria escrever uma história com Final Feliz e ela aprenderia as facetas de um romance sombrio. Mas será que até o final do verão, eles conseguiriam entregar algo?

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Eu preferi esperar um pouco mais para ler Leitura de Verão porque eu não queria ser influenciada pelo hype, e acho que foi a melhor coisa que fiz porque tive o meu momento de absorver essa história e entendê-la de um jeito mais particular.

A primeira coisa que quero descartar é a escrita da autora. A Emily escreve com muita emoção e delicadeza. O livro é sobre perda, luto, amadurecimento, amor… e ela transmite a mensagem da história de uma forma limpa, sem pressa e cheia de emoção. Eu me lembrei muito dos romances da Jojo Moyes e da Beth O’Leary, então quem gosta dessas autoras, vai gostar da narrativa da Emily também.

January é uma personagem cheia de camadas. Ela perdeu tudo de si quando descobriu a traição de seu pai e não poder explicações a ele é muito doloroso. Ela sente amor, saudade e também raiva. E a autora externaliza muito bem os sentimentos da personagem. Você sente na pele toda a sua aflição, sua perda. E isso também contribui para seu amadurecimento. January era uma pessoa diferente antes da morte do pai, talvez mais feliz com a vida, a que acreditava em histórias de amor, mas quando ela o perde, tudo parece cinza e nebuloso, e agora ela precisa lidar com essa nova “January”.

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Gus também tem um destaque bem legal na história. O próprio personagem tem sua bagagem emocional, e a forma como ele foi desenvolvido também foi linda. Sua personalidade esconde muito do jogo, mas entendemos o que o faz ser assim a medida que vamos lendo a história. E, ao mesmo tempo que January se apaixona, nós também nos apaixonamos por ele porque o Gus é simplesmente incrível e merecia todo o amor do mundo.

Eu não sou muito fã de histórias com traição porque elas me incomodam e despertam gatilhos em mim, mas a relação do pai com a January foi tão necessária que é explicável o porquê que a autora quis fazer algo assim no enredo. Emily mostra que todos nós somos passíveis de erro e que mesmo que a vida possa parecer bela, também há momentos de feiura, e tá tudo bem. Ninguém é 100% vilão ou mocinho, e sendo seres humanos, é normal esperar que vamos tomar as piores decisões tentando acertar. Então mesmo não gostando do que o pai da January fez, eu entendi os motivos dele.

Eu achei toda a construção da história bem feita. Tudo teve seu tempo, um ritmo mais lento, mas que conversa com o leitor, sabe? Acho que sentia falta de encontrar um livro que fosse me deixar tão tocada, tão envolvida. Me diverti, chorei muito, me arrepiei em alguns momentos e tive a experiência completa aqui. Realmente amei e queria que mais pessoas conhecessem também. O hype é super merecido!

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