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A fúria e a aurora – Renée Ahdieh | Resenha

Personagem central da história, a jovem Sherazade se candidata ao posto de noiva de Khalid Ibn Al-Rashid, o rei de Khorasan, de 18 anos de idade, considerado um monstro pelos moradores da cidade por ele governada. Casando-se todos os dias com uma mulher diferente, o califa degola as eleitas a cada amanhecer. Depois de uma fila de garotas assassinadas no castelo, e inúmeras famílias desoladas, Sherazade perde uma de suas melhores amigas, Shiva, uma das vítimas fatais de Khalid. Em nome da forte amizade entre ambas, Sherazade planeja uma vingança para colocar fim às atrocidades do atual reinado.
Noite após noite, Sherazade seduz o rei, tecendo histórias que encantam e que garantem sua sobrevivência, embora saiba que cada aurora pode ser a sua última. De maneira inesperada, no entanto, passa a enxergar outras situações e realidades nas quais vive um rei com um coração atormentado. Apaixonada, a heroína da história entra em conflito ao encarar seu próprio arrebatamento como uma traição imperdoável à amiga.
Apesar de não ter perdido a coragem de fazer justiça, de tirar a vida de Khalid em honra às mulheres mortas, Sherazade empreende a missão de desvendar os segredos escondidos nos imensos corredores do palácio de mármore e pedra e em cenários mágicos em meio ao deserto.

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Ficção | 336 páginas | Editora Globo Alt | Skoob | Meu Skoob

A cada aurora que surge, uma esposa de Khalid Ibn Al-Rashid, o rei de Khorasan, morre. Ele as mata degoladas assim que o sol surge, dando a todas um destino frio e cruel. Ninguém sabe o porquê dele fazer isso, mas aos poucos, aqueles que moram em Khorasan vão criando mais ódio em seu coração ao ver tantas jovens inocentes morrerem sem motivo.

Sherazade será a próxima. Diferentemente das outras noivas que foram escolhidas por acaso, ela mesmo se candidata para ser esposa do califa, para vingar a morte de sua amiga Shiva, uma das esposas do homem terrível que a matou. Tudo o que Shazi tem em seu coração é ódio, mas para conseguir completar sua vingança, terá que sobreviver a cada aurora. E ela fará isso contando histórias a Khalid, incitando sua curiosidade, e parando-a nas partes mais importantes, assim ele teria que esperar outro dia para terminar de ouvir, e somente então matá-la.

Eu aprendi acima de tudo que nenhum indivíduo pode alcançar o topo de seu potencial sem o amor de outros. Não somos feitos para ficar sozinhos, Sherazade. Quanto mais uma pessoa afasta os outros, mais claro fica que ela precisa de amor mais que tudo.

Porém, há algo em Shazi que faz com que Khalid seja diferente com ela. Ele ainda não a matou e parece estar criando um carinho especial por ela. Mas Shazi está decidida a completar sua vingança, só assim poderá viver longe das terras de Khorasan ao lado de seu verdadeiro amor, Tariq, um amigo de infância. O que ela não esperava era que estes dias de convivência mostrariam um Khalid totalmente oposto do que ela imaginou, e aos poucos o desejo de vingança irá perdendo as forças. E agora, Shazi deverá seguir seu plano original e honrar a morte de Shiva ou entregar-se aos desejos do seu coração?

MINHA OPINIÃO
Fazia tempo que nenhuma história de fantasia me cativava tanto, ao ponto deu terminar de lê-la em dois dias. Mas depois que vi tantas resenhas positivas sobre a obra, e tendo gostado tanto da série A Maldição do Tigre, onde outra cultura é nos apresentada, eu decidi que precisava ler essa obra, e caramba, me arrependo muito de ter enrolado tanto.
Renée escreve de uma maneira que te prende do início ao fim, o leitor facilmente devora as palavras dela. Seu enredo é bastante descritivo então dá pra imaginar perfeitamente todos os lugares e adornos citados por Shazi no livro. O que eu mais gostei foi da história passar-se no deserto e claro, nos mostrar uma cultura totalmente diferente da nossa. Foi muito legal adentrar de cabeça em tudo o que Renée construiu.
Foto por Star Books
Shazi tem um empoderamento feminino muito grande aqui. Ela não é do tipo que abaixa a cabeça, e se duvidar, contesta todos a sua volta só pelo prazer de ver a cara de horror dos homens. Uma moça que de inocente não tem nada, tudo o que Shazi quer é matar Khalid, mas o mais importante antes disso é conseguir continuar viva até depois do amanhecer. Eu achei legal a autora pegar um gancho do livro 1001 Noites e colocá-lo aqui, mesmo que eu jamais tenha ouvido falar da história. Outra coisa que gostei também é justamente as histórias que Shazi conta ao longo do livro, histórias muito bem escritas e bem legais deram um charme a mais ao livro.
Desde o começo eu sabia que Khalid escondia um segredo por detrás das mortes, mas queria entender melhor como ele conseguiu chegar a tal coisa, e a autora conseguiu me prender direitinho até eu conseguir descobrir o que realmente aconteceu. Apesar de todas as reservas que Shazi tinha em relação a ele, era impossível não se apaixonar pelos atos de carinho que ele tinha com ela. Um amorzinho, gente! 
Foto por Diário da Suki
Outro personagem que gostei também foi Tariq, e mesmo estando presa em triângulo amoroso, que eu realmente não gosto, o envolvimento de Shazi com Khalid deixou todo o romance dela com seu melhor amigo em segundo plano. Sou TEAM Khalid, certeza!  Mas acredito que foi importante ter alguém que queria tirar Shazi do palácio de Khorasan e mostrar ao leitor a vida dela antes de tornar-se esposa do califa.

O livro também aborda o uso da magia, o que deixa a história mais fascinante ainda, fazendo o leitor imaginar tudo o que foi retratado. Quando cheguei ao final, senti que faltavam mais páginas, acho que não queria que a história acabasse, mas estou louca para ler o segundo volume, espero que seja tão bom quanto o primeiro. Para quem gosta de ficção e fantasia, A fúria e a aurora é o livro certo. Além de conhecer outras culturas, o leitor consegue visualizar perfeitamente tudo aquilo que a autora criou, com uma escrita leve e até mesmo simples.

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6 comments on “A fúria e a aurora – Renée Ahdieh | Resenha

  1. Hey, Mi!
    Esse livro é realmente um achado! Embora eu não suporte a menção, que dirá a existência, de triângulos amorosos, eu consegui me ver indecisa entre Khalid e Tariq! kk. Mas creio que nossa mocinha nada "inha" sabe bem quem ela quer, e é isso que importa.
    Eu concordo com você sobre a escrita da autora. Super leve, singela e descritiva. Eu consegui imaginar cada lugar citado na história, e o segredo de Khalid era algo que eu jamais imaginaria, embora eu tenha me esforçado muito durante a leitura para descobrir algo! haha. Preciso ler a sequência!
    Mil beijokas – Entre um Livro e Outro

  2. Oi! Eu detesto triângulos amorosos, mas amei o envolvimento desses tres, sem contar que eu já sabia do problema do Khalid por que me deram spoiler em uma resenha :/ mesmo assim, estou louca para ler o segundo volume!

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