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Princesa de papel – Erin Watt | Resenha

O primeiro livro da série The Royals, a nova sensação new adult dos EUA. Ella Harper é uma sobrevivente. Nunca conheceu o pai e passou a vida mudando de cidade em cidade com a mãe, uma mulher instável e problemática, acreditando que em algum momento as duas conseguiriam sair do sufoco. Mas agora a mãe morreu, e Ella está sozinha. É quando aparece Callum Royal, amigo do pai, que promete tirá-la da pobreza. A oferta parece tentadora: uma boa mesada, uma promessa de herança, uma nova vida na mansão dos Royal, onde passará a conviver com os cinco filhos de Callum. Ao chegar ao novo lar, Ella descobre que cada garoto Royal é mais atraente que o outro – e que todos a odeiam com todas as forças. Especialmente Reed, o mais sedutor, e também aquele capaz de baixar na escola o “decreto Royal” – basta uma palavra dele e a vida social da garota estará estilhaçada pelos próximos anos. Reed não a quer ali. Ele diz que ela não pertence ao mundo dos Royal. E ele pode estar certo. 

Jovem Adulto | 368 páginas | Editora Essência 

Sabe quando você termina uma leitura sem saber exatamente se gostou ou não dela? Princesa de Papel me fez sentir exatamente isso. Quero tentar expressar melhor tudo o que senti enquanto mergulhava na leitura, mas me desculpem se caso vocês não conseguirem entender muito o que vou falar.
Ella Harper está passando por maus bocados. Desde que perdeu a mãe para o câncer, o único parente vivo que conheceu, ela precisa se sustentar sozinha e economizar bastante para conseguir chegar viva a faculdade. É quando a visita inesperada de Callum Royal muda sua vida. Ele diz ser um amigo de seu falecido pai, e em promessa a ele, Callum se tornaria o tutor legal de Ella, ajudando-a a ter um futuro melhor e quem sabe uma herança também já que ambos são muito ricos. Tudo o que ela precisava era ficar na casa dos Royals até ir para a faculdade e conviver com os cinco filhos de Callum: Gideon, Reed, Easton, Swayer e Sebastian.
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Relutante, ela aceita mas nada será fácil. Callum não tem uma boa relação com seus filhos desde a morte de sua esposa, e eles já deixam claro que Ella não é bem vinda na casa. A vida social de Ella na escola é ditada por Reed, que comanda tudo o que acontece por lá, inclusive as ações das pessoas. Sofrendo bullying, humilhações, rejeição e pré-julgamentos antes mesmo de chegar, Ella terá que provar para todos que consegue suportar tudo, além de tentar desvendar os profundos segredos dessa família que por fora é perfeita, mas por dentro está totalmente desestruturada.

MINHA OPINIÃO
Devo falar que gostei muito da premissa e principalmente da personagem principal. Ella sofreu muito com as incontáveis mudanças de cidade que ela e a mãe tinham que fazer, viveu na pobreza por anos, teve que trabalhar em três empregos para tentar sustentar ela e sua mãe em seu leito de morte, e agora que conhece o luxo vindo da família Royal, ela não vai deixar que o dinheiro dite sua vida, muito menos sua forma de vivê-la. Se os irmãos Royals deixaram claro que vão fazer da vida de Ella um inferno, ela mostra que dois podem jogar esse jogo. 
Ella é uma das personagens mais fortes que já vi. Todo embate dela contra o bullying na escola era feito com a cabeça em pé, sem deixar se levar pelas ofensas das pessoas a sua volta. Uma menina forte, mas que ainda sim precisa muito de carinho, de alguém para cuidá-la.

Alguns adolescentes sonham em viajar pelo mundo, ter carros velozes, casas grandes. Eu? Eu quero ter meu apartamento, uma geladeira cheia de comida e um emprego estável que pague bem, de preferência tão empolgante quanto esperar cola secar.

Os irmão Royal me irritaram muito. São manipuladores e vingativos, e o fato de não terem dado uma chance sequer a Ella me incomodou. Quem são eles para julgar as decisões de uma pessoa que não tinha alternativa? Principalmente Reed e Easton e os irmãos gêmeos, Sebastian e Saywer. Reed é aquele que dita as regras, e todos os outros o seguem como cachorrinhos. Ficava chocada com as suposições que ele tinha da Ella, mesmo assim, é impossível não gostar dele. Oi? Pois é. O fato é que você gosta e os ama ao mesmo tempo. Cada um tem seus próprios segredos e medos, além disso a relação com o pai que vai de mau a pior. Ella chegou mudando tudo, inclusive as ações de Callum, que de frio e ausente se tornou uma pessoa mais presente, o que magoa profundamente os meninos.

Foto por Cachola Literária
Reed e Easton tem maior destaque, e eu gostei muito do Easton, porém como disse, as atitudes de ambos os personagens me irritaram muito. Um rolo vai nascendo entre Reed e Ella, porém, para conseguirem admitir gostarem um do outro, muitas barreiras precisam ser quebradas ainda. O livro também tem uma conotação sexual muito intensa, coisa que me incomodou. Vejamos, os irmãos gêmeos faziam sexo a toda hora, isso tendo apenas 16 anos. Claro que entendo que ambos são adolescentes enfrentando os hormônios da puberdade, mas isso não explica o fato deles serem jovens demais para fazer tal coisa. Até Callum mesmo faz algumas carícias em sua namorada na frente dos meninos, o que eu acho completamente inaceitável e um pouco irreal. Como que um pai pode não se preocupar em ser visto fazendo sexo por seus filhos? 
Estas foram as coisas que realmente me fizeram pensar sobre se eu havia gostado ou não da história. Por um lado gostei muito da personagem, por outro detestei os coadjuvantes por suas peculiaridades. Mesmo assim, o final foi de arrasar o coração e eu tive que sair correndo para ler o segundo da série, e como podem imaginar, já estou lendo o terceiro. O livro não é pesado mas é denso por ter uma carga emocional forte. Como disse, todos tem segredos obscuros, e mais surpresas são nos reservada nos próximos volumes.
Eu com certeza indico o livro para quem gosta de uma trama new-adult. É uma leitura gostosa e envolvente, que faz com que você queira devorar o livro até entender como essa trama irá acabar.
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18 comments on “Princesa de papel – Erin Watt | Resenha

  1. Oi, Rael. Geralmente os livros young e new adult contém personagens que passaram algum tipo de trauma quando mais novos, e o legal é que a Ella não fica se menosprezando por isso, nem se fazendo de coitada. Ela simplesmente quer viver diferente da realidade que ela vive agora. É muito interessante.

  2. Oi, Li! Eu fiquei com um pé atrás sobre a nota que daria, porque apesar de todos os problemas irritantes que enfrentei durante a leitura, eu realmente gostei do enredo. As fotos não são minhas, são da Cachola Literária, está linda não é?

  3. Oi, Diana. Os livros ainda não foram lançados no brasil mas tem eles traduzidos, então se você procurar bem você encontra alguns ótimos para ler. O livro é realmente bom, mesmo com as ressalvas eu gostei.

  4. Oi, Mel. Então você está no grupo das relações de amor e ódio também. Juro que senti muito mais raiva de Easton no segundo livro do que do Reed, mesmo assim ainda consigo gostar muito da série para querer lê-la.

  5. Oi, Leslie. Acho que foi justamente isso. Sabe aquelas situações que você simplesmente não concorda? Muitas dela acabei não gostando durante o livro, talvez seja pelo teor sexual excessivo, mesmo assim gostei bastante.

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