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No limite da ousadia – Katie McGarry | Resenha

Beth é uma garota durona e tatuada que precisa cuidar da mãe drogada. Quando ela assume um crime para salvar a mãe, seu tio, um rico esportista aposentado, consegue a guarda da sobrinha e a leva para começar uma vida nova na cidadezinha do interior em que ele mora. E assim Beth se vê morando com uma tia que não a quer e frequentando uma escola onde ninguém a compreende. Exceto um único cara, que não poderia ser mais diferente dela…
Ryan é o menino de ouro — um badalado jogador de beisebol, filho de um dos casais mais influentes da cidade. Ele e seus amigos gostam de fazer apostas envolvendo desafios que devem cumprir, e Ryan nunca perde. Por fora o atleta popular que todo mundo adora, ele está prestes a aprender que nem tudo é o que parece.
O que começa como uma aposta se torna uma atração irresistível que nem Beth nem Ryan haviam previsto. Sem se dar conta, o cara perfeito vai arriscar seus sonhos — e sua vida — pela garota que ama. E ela, que não deixa ninguém se aproximar, vai se desafiar a apostar todas as fichas nesse amor.
Com aparições de Noah, Echo e Isaiah, de No limite da atração, este livro conta a história de um amor que vai se construindo aos poucos, num jogo sedutor de vulnerabilidade e confiança.

Jovem adulto | 420 páginas | Editora Verus 

Elisabeth Risk é uma confusão ambulante. A garota de dezessete anos já tem um histórico gigante em problemas, além da família disfuncional que só piora a situação. A mãe alcoólatra e negligente é uma constante de preocupação para a menina, sem contar o namorado dela que vez ou outra quando cansa de bater na mãe, parte pra cima da filha.
Em uma dessas confusões, ela acaba sendo presa ao assumir a culpa pela mãe que está em condicional. Seu tio que resolve ressurgir das cinzas a libera da cadeia, mas acaba ficando com a guarda total de Beth, e exigindo que ela passe a morar com ele e tenha uma nova vida. 
Ryan é o menino de ouro do beisebol além de ser bom aluno, bom amigo e um bom filho. Mas a família perfeita que ele tem aos poucos está se acabando. O irmão mais velho, Mark, acabou indo embora de casa depois de ter dado uma revelação bombástica, que acarretou também no relacionamento conturbado entre os pais. Tudo o que mais o garoto quer é terminar o ensino médio e ir direto pra liga nacional de beisebol, enquanto isso, ele passa o último ano ao lado dos amigos criando e vencendo desafios.
Um dos desafios é conseguir o número da nova garota da escola: Beth Risk. Só que o jeito arredio e perturbado da menina mostra que a tarefa vai ser quase impossível. Enquanto mais os dois tem que conviver na escola, mais Ryan vai se encantando com Beth, porém há segredos obscuros demais que impedem os dois se entregarem. 
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No limite da ousadia é meu primeiro contato com a autora Katie McGarry e eu não me preocupei muito em ler a série na ordem, mas deixo aqui a dica para vocês. Eu tive vários sentimentos a respeito desse livro. É um jovem adulto pesado, que fala sobre temas como drogas, relacionamentos abusivos, violência doméstica, preconceito e tantos outros que algumas vezes me incomodava, outras me faziam seguir a leitura freneticamente.

Meu maior problema foi a Beth, ela é insuportável, uma garota que paga de durona demais, não aceita ajuda, cheia de não me toques, além de ser petulante, agressiva e mal-educada de um jeito que me fez querer dar um tapa nela. Já vi protagonistas ruins mas Beth conseguiu o posto daquelas que eu tenho o desprazer de conhecer. Ela tem uma visão deturpada do que deve ou não ser feito pela mãe. É claro que não dá pra um filho abandonar a mãe em uma situação péssima em qual a dela se encontrava, mas caramba, chega num momento que os sacrifícios que a garota faz por ela tem que ter um basta. A mãe dela é completamente sem noção, uma pessoa difícil de lidar e muito mais de sentir empatia. Eu detestei ela do início ao fim e tudo o que queria era que Beth fosse no mínimo egoísta pra seguir em frente sem ter que tentar resgar a mãe do buraco onde ela caiu.
Uma coisa é uma filha cuidar da mãe quando ela se encontra doente, instável e etc, mas uma mãe abusar da filha dessa forma para conseguir motivar seus vícios e frustrações, além de deixar o namorado bater na filha porque está lesada demais com drogas no corpo é muito pra mim. Simplesmente não deu!

Minha mãe faz sucesso com homens doentes. Eu não entendo. Nem preciso. Só preciso limpar a bagunça.

Fora isso, o tio dela que resolve dar o ar da sua graça para tentar ajudá-la, a garota falta matar o cara de tanto desprezo. Ela simplesmente não aceita as motivações dele e faz de tudo para destratar o cara, sendo que se não fosse por ele, ela ainda estaria presa. Eu até entendo que ele abandonou ela e tals, mas não justifica 100% as ações da garota. Beth foi uma pessoa muito difícil de engolir, mas a narrativa da autora é tão maravilhosa que eu não conseguia largar o livro.

Agora vamos falar de Ryan, que é o melhor personagem da trama. Ele pode cair no clichê de ser o atleta com a família perfeita, que é controlado pelos pais e acaba se apaixonando pela garota conturbada, mas ele é tão maravilhoso e tão incrível que é impossível não gostar dele. O crescimento dele é bem notável na trama, mas é o senso de respeito com as mulheres que ele tem que me fez ficar encantada com ele. Diferente dos vários protagonistas de obras assim, em nenhum momento ele é babaca, nem quando ele aceita o desafio de ir atrás do número da Beth. Pelo contrário, ele é respeitoso com ela, entende seus limites, dá espaço, não força a barra e é completamente amoroso. Acho que a Beth não merecia ele, ele era bom demais pra ela e ela se achava superior demais pro Ryan, mas eu também entendo que ela merecia alguém constante na vida dela, uma pessoa que lhe desse forças e estivesse ao seu lado nos momentos difíceis, e ele é exatamente isso.

O relacionamento dos dois acontece de forma gradativa, e vai rolar muito bate boca ainda pra acontecer. Como falei, a Beth é insuportável e o Ryan tem uma paciência de santo pra aguentar ela, mesmo assim eu shippei o casal, vai entender. 

– Acabou, Beth. Eu não brinco com as pessoas com quem eu me importo.

Não gostei do Isaiah, o melhor amigo da Beth que é tão perturbado quanto ela. Tipo, ele tentava protegê-la da mãe dela e tals, algo que eu realmente entendia porque aquela lá só queria usá-la e etc, mas ao mesmo tempo ele oferecia drogas pra ela usar e ficar chapada com ele. Não consigo gostar de pessoas que querem te livrar de um caminho ruim mas estão te levando pra outro. Ele é protagonista do próximo livro e talvez eu entenda melhor sua personalidade.
A autora não minimiza a narrativa nos momentos mais importantes da obra. Então você tem que ter estômago pra aguentar as cenas de agressão, assim como o uso de drogas e todas as outras se quiser terminar esse livro, porque elas são cruéis mas são reais, e o livro é justamente um soco no leitor, porque mesmo que seja um livro adolescente, ele traz temas que incomodam e mexem com a gente. Eles tem dramas, são mesquinhos ás vezes mas sofrem tanto que fica difícil não simpatizar com suas histórias.
Apesar da Beth, da mãe dela, do namorado da mãe dela e todos os outros que me fizeram detestar algumas páginas do livro, eu gostei muito da obra e do desenvolvimento dela. A Katie tem uma ótima narrativa que te prende de um jeito que nem sei explicar. Eu quero ler mais livros da autora e tenho certeza que vou me emocionar com ela. Indico a obra pra quem gosta de livros com personagens adolescentes mas com conteúdo mais pesado.
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18 comments on “No limite da ousadia – Katie McGarry | Resenha

  1. Oi, Mi! Tudo bom?
    Eu li o primeiro livro dessa série e não curti taaaaanto, mas também não desgostei completamente. Também achei que a protagonista daquele foi mal desenvolvida, e é uma pena a autora escorregar nisso de novo :/
    Pelo menos o mocinho é bem escrito, ponto positivo pra trama!
    Gostei muito da resenha.

    Beijos,
    Denise Flaibam.
    http://www.queriaestarlendo.com.br

  2. Oi, Mi

    Tu falou, falou, falou… e ainda deu nota quatro? Você é muito boazinha! Hahahaha
    Eu acho que não iria suportar a Beth também, mas acho que sentiria empatia. O grande problema pelo que pude perceber é a mãe e o ambiente no qual ela é obrigada a viver… mas acho que também iria querer dar uns tapas nela! Hahahahahaha
    Gostei que teve um diferencialzinho da bad girl e do cara mais na dele… em terra de bad boy + virgem inocente isso é um frescor bem-vindo.
    Só não sei se leria o livro… acho que até leria, mas só se eu não tivesse nada mais pra ler sabe?

    Beijos
    – Tami
    https://www.meuepilogo.com

  3. Oi, Tami
    Eu até pensei em dar 3 mas o final é muito bom, bem escrito também. Eu gostei demais da narrativa da autora pra deixar uma nota ruim só por causa da protagonista kkk mas vi resenhas ótimas da obra, só eu que não curti a garota.

  4. Oi Mi
    Não li nenhum livro desta autora, No limite da atração até chegou a figurar na minha lista de desejados, mas acabei deixando para lá. Não gosto muito de adolescentes chatas, mesmo voce gostando do livro, a medida que fui lendo a resenha, fiquei bastante desanimada com a personagem principal. Mas se algum dia for ler, vou iniciar pelo primeiro da série

    abraços
    Gisela
    http://www.lerparadivertir.com

  5. Olá, Miriã.
    Eu te entendo na hora da nota. Já aconteceu comigo várias vezes, eu odeio muito alguma coisa na história e na hora da nota levo em consideração as coisas boas e a escrita do autor que pelo menos me fez sentir muito alguma coisa, enquanto tem livros que passa um mês e a gente nem lembra mais. Mas eu não leria ele. Não gosto do gênero e ia odiar também essa protagonista.

    Prefácio

  6. Oi, Mika!
    Eu tinha certeza que sua nota seria baixa depois de ter odiado a Beth hahaha Eu tenho problemas com protagonistas e quando não gosto de um dos dois, provavelmente a nota vai ser baixa. Porém, entendo a nota. A narrativa e a forma como o livro te prendeu vale muito mais do que a chatice da Beth, né? hahaha
    Eu tenho o primeiro livro dessa série, mas ainda não tive a oportunidade de ler. Vou mudar isso!
    Beijinhos,

    Galáxia dos Desejos

  7. Oi, Mari
    Acho que você pode acabar gostando. Eu não lerei o primeiro por pura preguiça, mas eu também não quis dar uma nota ruim porque mesmo odiando a Beth, em algumas coisas sentia dó dela e a entendia, mas fora isso, a narrativa da autora vale muito a pena.

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