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A Marquesa – Nahra Mestre | Resenha

Nos palcos da aristocracia inglesa do século XIX, Sarah Granville Anson descobre, ainda muito jovem, que foi prometida para o primo Thomas Hervey, futuro marquês de Bristol. Enquanto ela se prepara para ser a esposa perfeita, Thomas torna-se cada vez mais contrário a qualquer tipo de sentimento.Uma dama apaixonada, que faz de tudo para conquistar o amor do futuro marido, ainda que com artifícios inapropriados para a sociedade conservadora em que vive. Um cavalheiro marcado pelo passado, avesso ao amor, mas que se vê envolvido pelos encantos de Sarah a cada dia.Quando Thomas se der conta de que ela é o amor de sua vida, pode ser tarde demais.Um romance de época, que retrata uma mulher à frente de seu tempo e que levará o leitor (a) a uma deliciosa viagem pela Era Vitoriana. Você irá se apaixonar.

Romance | 255 páginas | Editora The Books 
Sarah Granville Anson fora prometida em casamento ao seu primo, Thomas Hervey, futuro marquês de Bristol, aos treze anos de idade. Resignada com seu destino, ela passou longos anos se preparando para ser a esposa perfeita, mesmo que nesse meio tempo Thomas tenha se mostrado um noivo muito negligente. 
Thomas por outro lado vê o casamento com a prima como um castigo. Ele não a ama e nem quer amá-la, mas sabe que casando com ela terá respaldo para seus planos futuros, já que Sarah é filha de um duque. 
Sarah é uma jovem espirituosa que gosta de política e anseia ajudar o marido quando ele fizer parte da Câmara dos Lordes, mesmo sabendo que por ser mulher ela nunca poderia fazer tal coisa.
Ela está disposta a tudo para seduzi-lo, até usar artifícios pouco indicados às damas da sociedade para isso. Ele só quer se livrar das garras do pai e tomar suas próprias decisões, mas até mesmo o mais sábio dos homens se rende aos encantos de uma jovem dama…
A Marquesa é o primeiro livro da trilogia Damas Perfeitas e vai focar em sua maioria na personagem Sarah, a futura marquesa de Bristol (assim esperamos). Sarah é bem diferente das personagens de época que estamos acostumados. Primeiro que ela é manipuladora, mas não de um jeito ruim. O caso é que ela consegue usar as situações a seu favor e assim conseguir o que quer. Achei essa característica bem interessante e gostei da autora ter desenvolvido isso nela.
Sarah também tem um exemplo um quanto tanto diferente sobre família já que sua mãe morrera quando ela era muito jovem e desde então ela vive com Lucy, amante de seu pai e governanta da casa, a quem trata como mãe. Apesar de ser totalmente proibido um romance entre criados e patrões (ao menos em público) foi impossível não torcer para o casal mais velho, que infelizmente ainda tinha que lutar contra os preconceitos da sociedade em que viviam.
A personagem também é ousada, inteligente e gosta de política, algo totalmente incomum para as mulheres daquela época. Obviamente Sarah é uma personagem à frente do seu tempo e traz modernidade e ideologias por onde passa.
Thomas pra mim nem fede nem cheira. Como a história é mais focada na protagonista, eu achei que o personagem foi meio que deixado de lado. Ele tem todas as características dos lordes aristocráticos que já conhecemos e portanto, não tem nada de especial.
A construção do casal me pareceu muito forçada. Vejamos: Sarah descobre aos 13 anos que irá se casar com o primo e desde então, ela colocou na cabeça que por ter que se casar com ele, ela precisa amá-lo, então ela simplesmente começa a pensar que o ama, mesmo sem conhecê-lo direito. Sem contar que esse “amor” parece uma obsessão de tão estranho que é desenvolvido.
Thomas, como todo personagem sem noção que é, demora anos-luz pra perceber isso e faz mancada atrás de mancada. A história vende que a personagem ama o marido e faz de tudo para ele amá-la de volta, mas pelas circunstâncias acredito que o amor entre eles foi nascendo depois do casamento e não antes como a sinopse faz parecer, até porque Sarah só acredita que o ama, mas não tem como amar alguém que você mal viu em cinco anos, né?
Outra coisa que me incomodou foi à superficialidade da narrativa. Pra um romance de época achei que a obra foi bem amadora. Teve vários assuntos que gostamos de ver nos romances como o empoderamento feminino, a questão do casamento por amor, a diferença das classes sociais, a preocupação com o trabalhador, mas foram tantos assuntos posto na história que nenhum deles foi tão bem desenvolvido deixando a trama bem aquém das expectativas.
Acho que para um romance de época eu esperava mais, e como estou acostumada a ler muitos deles, eu senti muito essa diferença. Deu certo para uns mas para mim infelizmente não rolou.
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