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A princesa fugitiva – Julie Lopo | Resenha

Annora Bower guarda um grande segredo, se não fosse o fato de que seus lábios estavam selados sabia que muito provavelmente a essa hora estaria morta. Filha bastarda do rei de Larornna com uma inglesa, sua vida não foi fácil. A esposa de seu pai a odiava e havia a jurado de morte caso voltasse a aparecer em qualquer lugar perto dela ou de sua família. Sem alternativa, Annora foge para Londres, cidade natal de sua mãe. Por anos trabalhara como uma modista simples, até que sua fama cresceu após a Duquesa de Wentworth passar a usar seus vestidos. Com seu nome ficando famoso, seu medo cresce ao notar que talvez a esposa de seu pai descubra seu paradeiro.
Tobiah Burbidge não queria assumir o título do pai tão cedo, por ele continuaria sendo um libertino renomado. Mas a morte prematura do pai o obrigara a assumir o Ducado de Hinxtone, e a responsabilidade de cuidar da duquesa viúva, sua madrasta, alguém com quem ele possuía muitas diferenças. Determinada a manter o título e garantir seu conforto, a duquesa pretende obrigá-lo a se casar com sua filha do primeiro casamento. Na tentativa de fugir dos esquemas sórdidos de sua madrasta, ele acaba se vendo em uma confusão onde compromete uma jovem dama, uma simples modista.
Ela seria o motivo perfeito para não se preocupar com um casamento indesejado, o único problema é que a dama em questão não queria nada com ele.

Depois de algum tempo, o quinto volume (e tão aguardado) da série Damas da Sociedade foi lançado, e dessa vez conhecemos Annora Bower, a ilustre modista da Duquesa de Wentworth. Depois que Eleanor passou a comprar os vestidos em sua loja, a fama da costureira tem se alastrado por toda Londres. Mas apesar disso ajudá-la a pagar as contas no fim do mês, a atenção que vem ganhando é indesejada. Isso porque Annora é na verdade uma princesa, herdeira legítima de um rei (apesar de bastarda) e desde então vive fugindo da madrasta que tem a intenção de matá-la. Tudo para que sua filha seja nomeada a rainha. 
Quando Tobiah, o Duque de Hinxtone, acabe colocando Annora em uma situação complicada, ela não vê outra alternativa a não ser casar-se com ele ou fugir novamente. Resta saber se a garota terá coragem para arriscar ir atrás de seus sonhos e casar-se com o homem que realmente ama.
O que eu gosto nos livros da Julie Lopo são os enredos interessantíssimos que ela cria. Só a sinopse já nos vende uma boa história, atrelado a essas capas lindonas e pronto, já quero ler. Mas assim como comentei a respeito dos demais livros da série (você pode ler a resenha aqui), eu sinto que falta muito desenvolvimento em seus livros. O problema não é o enredo em si, mas a narrativa. Entenda, tem algumas cenas que a obra está sendo narrada no pretérito (o comum nos romances em terceira pessoa) e depois vem para o presente. Não é algo que me confunda, mas não casa com o conjunto da obra e me dá a impressão de amadorismo. 
Tudo é feito com superficialidade, até entendo já que estamos falando de contos, mas ainda assim acho que poderia ser melhor trabalhado. A questão é que as obras da Julie faltam refinamento, o tão enxergado nos romances de época e que a maioria dos livros nacionais infelizmente não tem. E eu nem consegui acreditar no casal porque o envolvimento deles acontece quase num piscar de olhos, e eu simplesmente não conseguia crer que algo ali já estava nascendo sendo que eles mal se conheciam ou tiveram muita interação.
De modo geral, eu gostei da ideia mas a forma como foi entregue não me satisfez. Eu acho que para uma leitura despretensiosa o livro entrega o que foi pedido, mas para quem quer realmente algo mais bem desenvolvido não é o que encontra.
As damas da sociedade #5 | 94 páginas | Publicação Independente | Nota: 3/5
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12 comments on “A princesa fugitiva – Julie Lopo | Resenha

  1. Eu não conheço a autora mas é uma pena que não tenha aquele apelo que normalmente os livros de época até exageram um pouco. Será que foi por ser apenas um conto? Porque normalmente em contos as coisas costumam ser um pouco mais corridas e superficiais. Gostei tanto da premissa então é triste que a autora não tenha caprichado um pouco mais.

    Abraço,
    Parágrafo Cult

  2. Olá, Miriã.
    Eu gostei dos primeiros livros exatamente por serem curtinhos. Mas pelo tamanho sempre fica uma coisa meio superficial mesmo. E isso de instalove já até decidi relevar porque é o que mais existe nos livros. Assim que de vou ler esse.

    Prefácio

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