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Simplesmente Blue – Amy Harmon | Resenha

Blue Echohawk não sabe quem ela é. A garota, que desconhece seu nome verdadeiro e sua data de nascimento, foi criada por um estranho e não frequentou a escola até os dez anos.
Aos dezenove, quando a maioria dos jovens vai à faculdade ou segue em frente com a vida, ela é apenas uma veterana no ensino médio.
Sem mãe, sem pai, sem fé e sem futuro, Blue é uma estudante difícil, para dizer o mínimo. Durona e sexy, ela é o oposto do jovem professor britânico que decide que está pronto para o desafio de levar a encrenqueira para debaixo de suas asas.
Simplesmente Blue narra a história de uma transformação e fala de uma amizade improvável em que a esperança promove a cura e a redenção se torna amor.

Blue Echohawk foi abandonada pela mãe quando tinha apenas 2 anos de idade. Ela foi criada então por um homem que acreditava ser seu pai até a morte precoce dele. Desde que descobriu a verdade, Blue anseia saber quem realmente ela é, entender sua história. 
Prestes a terminar o ensino médio, um novo professor de história promete tirar a paz de Blue. O jovem sr. Wilson é carismático e espirituoso, e insiste em enxergar coisas boas na garota que ela mesma não quer reconhecer. Com seu sotaque britânico ele acaba encantando a todos, exceto uma certa garota que está cansada de se iludir com as pessoas. Em capítulo alternados entre aulas de história e lembranças da infância da Blue, nós iremos conhecer esta personagem tão complexa e interessante. 

Entalhar exige que a gente olhe além do que é óbvio para enxergar o que é possível. 

Blue é aquele tipo de personagem cheio de camadas. Sua história de vida é difícil, muito complicada de entender e é por não ter certeza de quem realmente é, que ela acaba se escondendo por trás de tantos estereótipos que criou para si mesma. Blue é sarcástica, durona e batalhadora por fora, mas por dentro é somente uma garota insegura e necessitada de amor, mas principalmente respostas.
O que falar do sr. Wilson? Desde o primeiro momento que ele surgiu eu sabia que ele ia gostar dele. O fato dele não se deixar abalar pelas implicâncias e arrogâncias de Blue foi notável, além disso ele sempre acreditou no potencial dela, deu apoio e principalmente ofereceu sua amizade. A amizade desses dois é linda, mas cheia de percalços. Blue não é uma pessoa fácil de lidar e muitas vezes sua postura irrita Wilson, mas com muita paciência ele vai a conhecendo e retirando todas as suas barreiras.

Eu quero que você me ame. Preciso disso. Mas não quero precisar disso e tenho medo de precisar demais.

Assim como todos os livros da Amy, esse tem vários contos e referências a cultura nativo americana. Percebi que a autora sempre gosta de falar sobre a comunidade indígena de Utah desde Correndo descalça e aqui ela faz a mesma coisa. Amy escreve com propriedade e com uma delicadeza absurda. Eu me emocionei muito com sua narrativa e com as cenas, só teve uma em questão que eu achei que foi um tanto desnecessária, não sei porque a autora quis colocá-la ali mas ok.
O livro também traz descobertas e o final é bem emocionante. Eu fiquei com um pouco de raiva de algumas atitudes do Wilson no final, mas deu pra relevar. A Blue amadureceu muito na história, foi incrível vê-la sair da adolescência e se tornar uma verdadeira mulher, convicta de suas ações e sentimentos. Eu super indico essa obra pra quem quer se emocionar e conhecer personagens cativantes.

Simplesmente Blue | 336 páginas | Editora Verus | Nota: 4/5

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4 comments on “Simplesmente Blue – Amy Harmon | Resenha

  1. Ok. Povo de Utah tem nas Histórias as raízes do povo indígena. Depois vieram os Mórmons e povoaram todo o local. Não me lembro bem ao certo, mas é algo em torno disso. Então, a autora deve ter influências no mormonismo ou no histórico dos indígenas…

  2. Oii, como vai?
    Estou em uma fase onde personagens como Blue tem me irritado um pouco porém sei que é só um momento de revolva literária que logo vai passar rs
    Não é muito meu estilo de leitura mas eu daria uma chance, principalmente por conta do amadurecimento e desenvolvimento da personagem.

    Abraço,
    Parágrafo Cult

  3. Olá, Miriã.
    Eu já li dois livros da autora e nos dois me surpreendi com a qualidade da escrita dela. Ela não conta uma história apenas, mas faz com que a gente se importe com os personagens e suas vidas. Quero ler esse com certeza.

    Prefácio

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