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O príncipe cruel – Holly Black | Resenha

Primeiro livro da mais nova série de Holly Black. Conheça a impressionante história de uma garota mortal que se vê presa em uma teia de intrigas reais.
Jude tinha 7 anos quando seus pais foram assassinados e foi forçada a viver no Reino das Fadas. Dez anos depois, tudo o que ela quer é ser como eles – lindos e imortais – e realmente pertencer ao Reino das Fadas, apesar de sua mortalidade. Mas muitos do povo das Fadas desprezam os humanos.
Especialmente o Príncipe Cardan, o filho mais jovem, mais bonito e mais cruel do Grande Rei. Para ganhar um lugar na Alta Corte, ela deve desafiá-lo… e enfrentar as consequências. Envolvida em intrigas e traições do palácio, Jude descobre sua própria capacidade para truques e derramamento de sangue.
Mas, com a ameaça de uma guerra civil e o Reino das Fadas por um fio, Jude precisará arriscar sua vida em uma perigosa aliança para salvar suas irmãs, e o próprio Reino. Com personagens únicos, reviravoltas inesperadas, e uma traição de tirar o fôlego, este livro vai deixar o leitor pedindo bis – querendo mergulhar de cabeça na continuação deste universo.

Desde que O príncipe cruel foi lançado aqui foram várias resenhas e comentários bons a respeito da obra que me fizeram ter muita vontade de conhecê-la. Aproveitei o embalo da minha última leitura (Um encontro de sombras) e peguei o livro pra ler e posso dizer que ainda não encontrei grande coisa, infelizmente.
Jude é uma humana que vive no Reino das Fadas com suas duas irmãs, Vivi e Taryn desde que seus pais foram assassinados por Madoc, o general que trabalha para o Grande Rei. Dez anos depois ela e sua irmã gêmea tentam se adaptar ao mundo dos feéricos tendo a mesma educação que eles, enquanto Vivi ainda se rebela com este destino. O problema é que os feéricos não gostam muito dos humanos e  acreditam que eles são seres inferiores devido a sua mortalidade, e por isso alguns deles gostam de humilhar e demonstrar o que pensam a Jude e sua irmã, incluindo o príncipe Cardan e sua trupe.
Enquanto Taryn tenta não chamar atenção para si revidando, Jude já é mais incontrolável e sempre se deixa levar pelas implicâncias, o que só aumenta o ódio de Cardan por ela, e vice-versa. O desejo da garota é se tornar cavaleira e trabalhar na Corte, mas ninguém acredita em seu potencial, principalmente por ser uma humana. Só que uma oferta de um dos príncipes para Jude parece ser tentadora demais, porém com um preço alto a se pagar. Será que ela irá resistir ou irá sucumbir a sua ambição?

Mesmo que por algum milagre eu seja melhor que eles, jamais serei um deles.

Se tem uma coisa que me deixou frustrada com a leitura desse livro foi que dois terços da história não acontecia nada. Jude é quem faz a narrativa e basicamente é ela mostrando como é sua vida no Reino das Fadas, o quanto ela se importa com o que os outros pensam dela, a sua vontade de se provar e as birras que ela tem com o Cardan, que parecem mais interações de dois adolescentes idiotas e sem o que fazer. É claro que o tal príncipe cruel leva sua fama muito a sério. Não é um simples bullying que vemos, mas sim tentativas de homicídio e humilhações públicas bem bizarras que ele faz com Jude. A partir disso dá pra entender o porquê dela sempre revidar, o que me fez gostar de sua garra e repudiar um pouco a atitude da sua irmã que só sabe baixar a cabeça e fazer o que pedem, o famoso pau mandado. 
É fato que cada personagem tem personalidades distintas e objetivos diferentes, e por isso eu não gostei de nenhum. Jude é muito volátil e é sempre levada pela ambição de se mostrar capaz de fazer algo grande. Isso faz com que ela tome várias atitudes e decisões ruins ao longo da trama, mas no final é notável ver o seu desenvolvimento. Taryn não conseguiu me envolver, assim como Madoc e outros personagens. Sem contar que Cardan é completamente intragável! Sei que ele é o possível interesse amoroso de Jude, mas caramba, que cara escroto! Além dele ser cruel e mau, ele me pareceu um príncipe mimado e emburrado boa parte do tempo. A única que dá pra salvar é a Vivi, que sonha em voltar a viver no mundo mortal e a única com a cabeça no lugar.

Ele é uma faísca e você é altamente inflamável.

Você pode tá pensando que nada de interessante acontece, mas se você cavar fundo e chegar nos 45min do segundo tempo, você vai ver que a Holly conseguiu entregar algo. Sinceramente não me surpreendi com nada. Não sei se estava esperando mais, mas pra mim foram plots razoáveis, que eu meio que já estava esperando. Nada daquilo que foi escrito conseguiu realmente me fisgar, e pra ser justa, eu só realmente me surpreendi com o último capítulo, onde temos uma cartada final que realmente me chamou atenção. Aí sim, meu povo! Isso me faz pensar que toda a trama irá realmente acontecer no segundo livro, que é quando as coisas vão ficar interessantes, e é por isso que apesar de todas as minhas incontáveis ressalvas eu vou continuar lendo, porque eu quero saber o que será feito dos personagens principais. Mas se caso eu não conseguir ler, ou acabar abandonando, não será como se eu estivesse perdendo muito.
Como comentei lá no início eu não entendi o porque que as pessoas amaram tanto esse livro. Não sei se é pelo enredo, já que estamos falando de feéricos que conseguem sempre encantar leitores de fantasia (e pra mim não causa nada demais), ou se porque realmente gostaram dos plots e da narrativa da Holly, mas eu juro que estava esperando explosões e UAUs, e não encontrei nada disso. Acho que senti a mesma frustração com ACOTAR, que pra mim foi vendido como algo fenomenal e se mostrou algo bem “ok, é só isso?”. Mas deixo aqui minha esperança para os próximos volumes que acredito eu que serão bem melhores, amém!

O povo do ar #1 | 322 páginas | Editora Galera Record | Nota: 3/5

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8 comments on “O príncipe cruel – Holly Black | Resenha

  1. Ok. É bom ver a sinceridade. Você podia ter floreado um pouco ou ter amaciado mais a carne, mas foi boa é e precisa no assunto e ainda manteve a classe e a boa educação. Admiro muito isso em uma pessoa blogueira nos dias de hoje. Muito obrigado

  2. Oi, Mi

    Eu sempre desconfiei da idolatria por essa história. Hahahah
    E pegando carona no que você disse eu digo mais, não entendo qual é o apelo que fantasia em geral tem com as pessoas. Tipo, eu tô lendo um livro e sei que aquela história é inventada, mas da para se identificar com muita coisa. Mas a fantasia ainda tem o agravante de ser tudo mentira. Não existe feéricos, meu Deus. E o povo surta real, é bizarro. Hahahahah
    Enfim… eu vou ler ACOTAR querendo gostar, mas estou indo bem cética. Já esse aí não terá vez. Não gostar de nenhum personagem é dose hein, mana. Guerreira! Hahahaha

    Beijos
    – Tami
    https://www.meuepilogo.com

  3. estou lendo o livro agora e gostei bastante da sua resenha, mas para mim até o momento da leitura está tudo ao contrário, Vivi que pra vc foi uma personagem mais interessante para mim é a mais desinteressante de todos. Em fim, só queria dizer que é muito legal ver que o mesmo livro pode gerar tantos pontos de vista diferentes entre os leitores.
    beijos.

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