Danville, Kentucky, é uma cidade esquecida por Deus. Ainda mais para quem mora no alto das Montanhas Apalaches, assolada pela miséria e as poucas oportunidades de trabalho. É por isso que Tanleigh está se esforçando ao máximo para ganhar uma bolsa de estudos que a levará para longe dali.

Porém não é só ela que está desesperada pela chance de dar o fora e mudar de vida. Kyland perdeu tudo quando a mina de carvão que empregava boa parte da cidade explodiu, levando seu pai e irmão. Cansado da solidão, ele economiza cada centavo que pode para quando for embora, e para que isso aconteça, ele precisa ganhar a bolsa de estudos para tornar seu sonho possível.

O que fazer quando duas pessoas com o mesmo objetivo acabam se apaixonando, mesmo sabendo que somente uma irá conseguir o que tanto deseja?

Eu já li outras obras da Mia e já sei bem o que esperar das suas histórias, e mais uma vez ela não decepciona. Kyland é para quem deseja uma leitura sensível e tocante, que quer se emocionar com essa linda, mas também trágica, história de amor.

A vida de Tanleigh e Kyland é uma constante de desgraças. Não bastasse a realidade dura em que eles são inseridos, vivendo com o mínimo do mínimo, economizando cada centavo, escolhendo entre ou comer ou se aquecer, eles ainda passam por várias situações que minam cada vez mais a esperança que tem de viver uma vida melhor.

Mas em meio a tanta miséria e tristeza, um sentimento forte e puro nasce entre eles. Acompanhar esse romance acontecendo traz uma alegria genuína ao leitor, mas também aquela sensação de frio na barriga, pois sabemos que hora ou outra um deles precisará deixar a cidade em busca de seus sonhos. E aí nos resta saber quem vai e quem fica.

Eu amei a construção do livro, mas também sofri com a crueza que a autora traz durante a leitura. A Mia não mascara a realidade dos personagens, pelo contrário, ela os leva o mais baixo possível, fazendo os procurar comida no lixo, andar quilômetros para chegar a escola por não ter dinheiro para transporte, dormir no chão entre cobertas e lençóis por não ter uma cama… são tantos tapas que foram me deixando indignada e revoltada com a vida que esses dois levavam, e que refletem muito a jornada de tantos jovens e crianças por aí. Desolados e sem esperança de encontrar algo melhor, seja porque não recebem assistência, seja porque ninguém se importa.

Acho que o tema todo foi muito bem trabalhado e trouxe muitas reflexões para mim. É uma história que te toca, que fala com você e vai muito além do romance. Eu surtei com os plots no meio do caminho e torci muito para esse casal acontecer. O epílogo também foi fofo e não saiu da realidade da história, o que eu achei bem sacado da autora. Recomendo muito essa leitura, eu acho que vocês irão se emocionar!

Os signos do amor #1 | 342 páginas | Editora Charme

Pobres sujos. Caipiras. Jecas. Povo do morro.

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Tenleigh Falyn luta a cada dia para sobreviver em uma pequena cidade assolada pela pobreza, em uma região mineradora de carvão, onde ela vive com a irmã e a mãe, que sofre de uma doença mental. O que a mantém viva é seu sonho de ganhar a bolsa de estudos para a faculdade concedida a um só aluno pela carvoaria local e, com isso, escapar da dureza de sua vida.

Kyland Barrett também vive nas colinas e tem trabalhado incansavelmente ― quase passando fome, atravessando profunda solidão e lutando contra todas as probabilidades ― para ganhar a Tyton Coal Scholarship e ir embora da cidade que é repleta de tanta dor.

Ambos estão determinados a não se envolver com ninguém, mas um instante muda tudo. O que acontece quando só uma pessoa pode vencer? Quando uma só pessoa pode ir embora? E o que acontece com a que ficou para trás?

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Kyland é uma história de desespero e esperança, perda e sacrifício, dor e perdão; mas, no final das contas, uma história de amor profundo e infinito.