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A força que nos atrai – Brittainy C. Cherry | Resenha

Graham e Lucy não foram feitos um para o outro. Mas é impossível resistir à atração que os une.
Graham Russel é um escritor atormentado, com o coração fechado para o mundo. Casado com Jane, um relacionamento sem amor, ele vê sua vida virar de cabeça para baixo quando Talon, sua filha, nasce prematura e corre risco de morte. Abandonado pela esposa, ele agora precisa abrir seu frio coração para o desafio de ser pai solteiro. A única pessoa que se oferece para ajudá-lo é Lucy, a irmã quase desconhecida de Jane. Apaixonada pela vida, falante e intensa, ela é o completo oposto de Graham. Os cuidados com a bebê acabam aproximando os dois, e Lucy aos poucos consegue derreter o gelo no coração de Graham. Juntos, eles descobrirão o amor, mas os fantasmas do passado podem pôr tudo a perder.

Romance | 308 páginas | Editora Record

A força que nos atrai é o último livro da série Elementos, que fecha com chave de ouro mais um ótimo trabalho da autora Brittainy C. Cherry, que insiste em nos surpreender e emocionar.
Graham Russel é um famoso escritor de terror que no momento está correndo para enviar seu manuscrito para a editora. Qualquer distração é um problema, por isso ele se orgulha de ter se casado com Jane, uma advogada tão parecida com ele, que entende que seu trabalho é muito importante e que não quer que lhe atrapalhem.
Jane e Graham se deram tão bem porque ambos são viciados em trabalho, frios, distantes e não gostam de conversar sobre seu passado, muito menos falar de seus sentimentos. Tudo muda quando Jane descobre que está grávida, algo que ela e Graham jamais quiseram em suas vidas. Agora com pouco menos de dois meses para o nascimento da filha, o pai de Graham, um famoso escritor de auto-ajuda falece, e ele tem mais essa preocupação para lidar.
Minha autoria
No meio do funeral, que mais parece um circo já que venderam até ingressos para quem quisesse ver o corpo do tão aclamado autor, Graham conhece Lucy, uma florista que ele contratou em meio a tantas para trazer flores ao cortejo fúnebre. Os dois acabam presos por fora do estádio onde está acontecendo o velório de seu pai, e enquanto não abrem a porta, que só destranca por dentro, os dois contam suas impressões sobre a vida.
Lucy é uma amante da vida. Ela abriu uma floricultura depois que Mari, uma de suas irmãs, venceu um câncer. Lucy sempre teve uma vida de instabilidade por causa do espírito livre da mãe, mas diferente de Lyric e Mari, ela sempre gostou dessa característica da mulher, já que também é parecida com ela. Por isso ela sempre está sorrindo, tem um jeitão de hippie e um mantra que sua mãe a ensinou e ela adora usar quando está nervosa.
Conhecer aquela mulher é quase um baque na vida escura e sem graça de Graham. Eles são completamente diferentes, ela não cala a boca nunca e faz ele sentir coisas estranhas, como vontade de falar sobre o pai, com o qual nunca teve uma boa relação. Assim que abrem a porta para eles conseguirem sair dali, Graham descobre que Lucy na verdade é a irmã de Jane, ou Lyric e que elas não tem uma boa relação.
Devido a esse encontro repentino e catastrófico, o casal acaba brigando o que força Jane a ter um parto antes do previsto, e assim nasce Talon, uma menininha pesando pouco mais de meio quilo, cheia de problemas mas que luta fortemente pela vida. Cansada de esperar uma melhora na vida da filha, Jane acaba fugindo, abandonando marido e filha. Sem saber como lidar com o súbito abandono da mulher que deveria estar ali com ele, Graham acaba pedindo ajuda a Lucy, a improvável e estranha irmã de sua esposa.
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Lucy acaba entrando na vida de Graham e de Talon como um sopro de ar quente. A moça tão apaixonada pela vida acaba se descobrindo apaixonada pela sobrinha, que ainda luta para sair do hospital. Enquanto isso, ela e Graham cada vez mais se aproximam, criando uma relação estranha porém necessária para que Talon consiga ter o conforto que merece. O tempo vai passando e os dois se veem mais envolvidos, mas ambos sabem que nunca poderiam ficar juntos, afinal, Graham é marido de sua irmã, certo? Será que esses dois conseguirão lidar com a atração que sentem e com todos os problemas envolvendo ela?
Eu li esse livro em questão de horas e já na primeira página, eu me descobria chorando. A escrita da Brittainy continua tão maravilhosa e emocionante, que fica impossível a gente não se sentir emocionada e tocado pelo jeito como ela faz a história e tece a vida dos personagens. Ver Lucy e Mari em um primeiro momento, lutando contra o câncer, foi interessante e lindo de ver porque percebemos a conexão que essas duas tem uma com a outra e que constantemente é colocado à prova. 
Lucy não me fez sentir empatia logo de cara, eu confesso que não sou fã de hippies, então o jeito dela me incomodava um pouco, assim como Graham, que é tão ignorante e rude que foi difícil gostar dele. Você percebe que ambos não tem um grau de química entre eles, mas é ao longo da convivência que os dois tem em relação a Talon que a atração e o amor se inicia. Lucy começa a fazer parte da vida dos dois de uma forma lenta, mas firme e foi a partir daí que comecei a gostar de ambos e claro, torcer para eles como casal.
É notável que uma amizade vem primeiro. A relação deles como casal não acontece do nada, de repente eles começam a se amar depois de tanto se odiar, não. Primeiro eles se tornam amigos, Lucy até mesmo ajudando Graham a usar o Tinder, que por sinal foi uma das melhores cenas do livro, e somente depois se descobrindo interessada nele. Então pode confiar que a autora consegue desenvolver bem o casal, assim como a relação deles com Talon.
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Graham não estava preparado para ser pai. Ter em sua responsabilidade um ser humaninho tão pequeno e tão dependente dele assusta o cara, e ele se vê começando a mudar por causa dela também, não somente por Lucy. É fofo ver ele descobrindo as primeiras coisinhas a respeito de ser pai, e sim, apesar de Graham ser um ogro total em certos assuntos, ele é lindo visto com essa figura paterna.
Os personagens secundários aparecem e fazem a diferença na história, além de termos suas histórias desenvolvidas também. Apenas um comentário: eu chorei muito, e odiei alguns deles, porque na mesma medida que conseguiam acertar em suas escolhas, também faziam uma cagada daquelas.
O tema principal do livro é família. Vemos que Graham tem problemas com seu pai, problemas em confiar nas pessoas e deixar que elas entrem em seu coração. É por isso que sua relação com Jane era tão boa. Ela se limitava a apenas aquilo que ele queria mostrar, mas é Lucy que vai fazê-lo mudar e ver que a vida não é somente isso, assim como Talon, que começa a ser parte da nova família dele também.
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Lucy também tem seus problemas com Jane, e ao longo da narrativa percebemos o quanto Jane consegue ser uma cretina total, mas entendemos suas justificativas. O livro não aborda muito a relação dela com a irmã mais velha e sim com Mari, a irmã do meio e sua parceira na floricultura. Esse foi um dos livros que a autora não deu um final feliz para cada personagem. Em O Silêncio das Águas ela fecha direitinho a participação de todos os personagens, mas nesse livro ela deixou o final deles mais abertos, mostrando que a vida nem sempre é perfeitinha e não tem todos os pingos nos is como a gente quer.
A força que nos atrai começou estranho pra mim. Eu achei os personagens principais complexos demais, e algumas situações do livro me soavam bizarras, como a do funeral do pai de Graham, tipo, algo muito difícil de acontecer. Mas depois que fui compreendendo os personagens e me importando com eles, fui gostando da obra, me emocionando, chorando e torcendo pelo casal. Adorei essa história e acredito que ela fecha com chave de ouro a série Elementos, que por sinal é um dos melhores trabalhos da autora.
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8 comments on “A força que nos atrai – Brittainy C. Cherry | Resenha

  1. Oi, Adri
    Na verdade o estranho para mim foram as situações que a autora inventou, pareceu meio irreal fazer um funeral num estádio e vender ingressos sabe? Mas ainda assim acabei me apaixonando e chorando muito com a obra. Ela é linda!

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