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Vergonha – Brittainy C. Cherry | Resenha

Um amor inesperado que surge de forma inusitada e arrebata a vida de Grace Harris. Grace Harris está perdida e sozinha em sua casa em Atlanta depois que o homem que ela pensou que ficaria a seu lado pelo resto da vida traiu sua confiança, partiu seu coração e saiu de casa, deixando seu casamento em suspenso. Grace resolve, então, passar o verão com a família em Chester, sua cidade natal, para respirar, dar um tempo de tudo. Sua vida está uma bagunça e o que ela precisa no momento é de um pouco de gentileza e compaixão.

Por incrível que pareça, Grace encontra isso na pessoa mais improvável de todas: Jackson Emery, a ovelha negra da cidade. Conhecido como a erva daninha de Chester, ele é sinônimo de encrenca, e não faz nada para mudar essa imagem. Tendo perdido na infncia o que havia de mais valioso na vida, Jackson se tornou um homem amargurado e não dá a mínima para o que pensam dele. Os caminhos de Grace e Jackson acabam se cruzando de um jeito inusitado e a tristeza profunda que carregam atrai os dois como ímã. Ambos sabem que não foram feitos um para o outro, mas, como tudo vai acabar mesmo com o fim do verão, resolvem deixar rolar e se entregar a uma diversão passageira. 
Porém, o que Grace não imaginava é que seu coração, já destroçado, seria obrigado a aprender que certos relacionamentos são capazes de causar dores muito profundas, e que é sempre preciso fazer uma escolha.

Romance | 420 páginas | Editora Record 

Após a traição do marido que estremeu de vez seu casamento, Grace Harris resolve passar as férias de verão em Chester, na pequena cidade onde cresceu. Sua família ainda não sabe que ela e seu marido estão separados há algum tempo, mas logo não tardarão a saber já que as fofocas correm. O problema é que a família de Grace é considerada praticamente da realeza, já que os Harris são pastores da igreja local há gerações. Tudo o que eles fazem é observado e serve como exemplo, coisa que deixa a mãe de Grace obcecada com as aparências.
Se tem uma família que é a cara dos bons costumes na pequena Chester, é claro que tem os excluídos e Jackson Emery é um deles. Ele e seu pai são considerados párias e motivo de conversas e julgamentos por onde passam. Na verdade ele não está nem aí para o que dizem, e faz até alimentar ainda mais o falatório.
Duas pessoas de família e personalidades totalmente diferentes. Jackson é um homem agressivo e cínico, enquanto Grace é passiva e gentil. Eles acabam encontrando um no outro o que tanto procuram: compreensão e amor. Mas nem tudo é simples para esses dois e entre segredos e descobertas, precisarão decidir se realmente querem passar por tudo juntos ou separados.

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Sabe o que é você ler um livro de 400 páginas em apenas 6h? Esse é o nível do meu desespero com Vergonha. Eu tinha a obra aqui em casa mas ficava enrolando e enrolando, até que peguei antes e dormir e pronto, 5h da manhã eu finalizava a leitura. E só tenho uma coisa para dizer: I-N-C-R-Í-V-E-L. Eu já conheço bem intimamente as obras da Brittainy então não é como se ela me surpreendesse com sua genialidade, mas ela escreve suas histórias com tanta magnificência que dá um aperto terminá-las. E o que eu mais amo em sua narrativa além de toda a emoção e comoção que ela causa ao leitor, capaz de nos fazer chorarmos já na primeira página, é que ela aborda temas reais, duros, cruéis mas sempre trazendo a esperança de que tudo vai se resolver. Todas as obras da autora tem final feliz. É pouco crível se comparamos a nossa realidade de merda? Provavelmente, mas são de obras assim que precisamos! Obras que nos fazem acreditar no amor, na redenção, na bondade das pessoas, e mesmo sabendo que tudo vai terminar bem (porque essa é a maior característica da autora), o caminho até lá é muito árduo.

Grace é um tanto quanto apagada no começo da história. É tão passiva em suas decisões, aliás, nas decisões que os outros tomam para ela que a cada vez que ela se libertava das amarras impostas, meu coração se enchia de orgulho. O desenvolvimento dela é gradual, é como ver um filho tomar suas próprias responsabilidades. Uma personagem sensível, que teve sua confiança e esperança estilhaçada por causa de um homem que não valia nem um piscar de olhos dela… e que homem nojento! Mais uma vez encontro personagens que me fizeram vontade de arrastar suas caras no asfalto porque o absurdo das coisas que o marido de Grace falava para ela não está no papel. Além de suas atitudes repudiáveis, que fizeram o brilho de uma mulher incrível diminuir, mas não completamente apagar. A forma como Grace vai lidando com a dor, se erguendo aos poucos, tendo mais cuidado e mandando o cara ir se fuder é inspiradora, meus amigos! Vocês teriam orgulho dela como eu tive se lessem essa história.

Jackson é aquele personagem intragável no começo, mas que contém muitas camadas que escondem o que realmente é. Um homem que não entende o que é o amor porque perdeu seu único exemplo logo cedo, o que guardou seus sonhos para cuidar do pai que desistiu de lutar, que acabou se distanciando de todos porque estava cansado de tentar mudar a impressão que elas tinham dele. Um homem falho, com inseguranças, mas cheio de amor para dar, cheio de carinho escondido dentro dele  e de suas palavras. Um homem que muda a medida que seu interesse por Grace cresce. A interação dos dois é explosiva, ou é 8 ou 80, mas quanto estão juntos são tão melhores do que separados que fica impossível não torcer para que tudo dê certo entre eles.

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A família é uma questão bastante abordada na trama, assim como a religião e as crenças que nós temos. Com diálogos sarcásticos, vemos Brittainy cutucar lá no fundo o papel da igreja em nossas vidas, que ás vezes tem um objetivo simples e direto, mas que por muitos outros são distorcidos por pessoas fanáticas e hipócritas. A mãe de Grace entra nesta questão. Vê-la maltratar a filha, jugá-la o tempo inteiro sem apoiá-la e ainda ficar do lado do ex-marido de Grace é tão triste e doloroso que me fez querer surrá-la em toda a leitura. Mas como é de se esperar da Brittainy, é claro que ela traria muito mais do que isso na trama. Confesso que eu fiquei com pena da mãe da Grace no final, não dá pra mudar aquilo em que acreditamos se em toda nossa vida fomos doutrinados do tipo, mas foi legal perceber seu arrependimento e sua vontade de mudar.

Vergonha é um livro lindo e muito intenso. São vários momentos que nos fazem querer chorar, a autora não para de mexer com nossas emoções em nenhum momento. Eu fiquei apaixonada e cativada por esse romance, e quando terminei a última página, eu chorei muito mas com uma sensação de alívio no peito, porque senti que as histórias românticas ainda conseguem me fazer suspirar de alguma forma. Simplesmente leiam e se deixem ser impactados por essa história.

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11 comments on “Vergonha – Brittainy C. Cherry | Resenha

  1. Com certeza, ler um livro de 400 páginas em 6 horas é prova de que ele é realmente muito bom. E concordo com você, livros com finais felizes nos trazem esperança. O final é previsível, mas o que nos faz gostar da história é o desenvolvimento dela até o "felizes para sempre". Amei sua resenha!
    Beijo, Blog Apenas Leite e Pimenta ♥ | Instagram – Vem interagir no Insta tbm!
    Ps. Respondi o questionário do seu TCC 😉

  2. Olá, Miriã.
    A Tamires meio que me obrigou a ler esse livro porque não gosto do gênero e a capa então nem se fala. Mas acabei amando a história. E como assim 6 horas? Você devorou ele hehe.

    Prefácio

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