
Gild (Plated Prisoner #1) – Raven Kennedy
Auren é a mulher mais invejada no Sexto Reino de Orea. Ela é a favorita do Rei Midas. Sua preciosa. Tanto que ele a tocou no ouro e a prendeu em uma gaiola no Castelo Highbell para mostrar sua importância a todos.
Auren ama Midas. Ele a encontrou quando ela estava desesperada, e com seu olhar calmo, prometeu salvá-la e protegê-la. Mesmo que agora ele tenha outras selas, ela sabe que ele sempre a escolherá. A lealdade e a confiança está forjada entre eles.
Até que não está mais…
Para conseguir o apoio do exército do Quinto Reino em um ataque ao Quarto, Midas promete uma noite com Auren para o rei Fulke, um homem velho e desprezível. E é essa atitude que começa a colocar dúvidas no coração de Auren. Midas não poderia fazer algo assim com ela? Poderia? O que fazer quando o homem que ela ama é o mesmo que a faz ter medo?
Gild é o primeiro livro da série de fantasia Plaited Prisioner, que traz uma releitura do conto do Príncipe de Midas. Essa é uma fantasia adulta com elementos darks, e por isso é importante vocês se atentarem aos gatilhos. Apesar de não achar que esse primeiro volume foi tão dark assim, é uma história que traz cenas que podem ser desconfortáveis para algumas pessoas.
Dito isso, vamos falar do livro que meu Deus, me pegou completamente de surpresa! Quando falam de releitura eu já me animo, e se é dark fantasy, melhor ainda. Só que eu achei que Gild fosse uma história focada na relação conflituosa entre Midas e Auren, mas pelo contrário, a autora vai mais para o lado da fantasia, e deixa a parte do romance por trás.
Primeiro que o amor de Auren pelo Rei é completamente distorcido. Eles se conheceram quando ela tinha apenas quinze anos, e ele era sete anos mais velho. Auren sofreu muito quando jovem, foi vítima de tráfico sexual e quando achava que não teria chances de sobreviver em um mundo tão cruel, Midas surgiu em sua vida, disposto a salvá-la.
Só que isso a fez ser presa por dez anos em uma gaiola. O fato da protagonista não perceber o quanto isso é problemático já é um sinal. Fica claro que Midas é completamente manipulador e que se aproveitou da inocência de uma garota para prendê-la em sua teia.
É claro que ao longo da narrativa a própria Auren tece comentários mostrando que ela é ciente de sua situação. Que vive em um mundo comandado por homens, onde mulheres são usadas apenas pelo seu corpo. Mas até a protagonista perceber de vez que Midas não é o mocinho da história, acredito que levará mais alguns capítulos.
Achei Gild bem introdutório, mas já fiquei fascinada pelo universo que a autora criou, e acho que ela reserva boas surpresas pelo caminho. Se você acha que vai encontrar romance aqui, sinto em te dizer que não. Esse é o tipo de história que vai mostrar que o amor nem sempre é bom.
Já estou ansiosa para os próximos volumes e com certeza recomendo a vocês!